10 de setembro de 2018

Os militares sempre participaram da vida política nacional

Os militares, gostando-se ou não, para o bem ou para o mal, sempre participaram da vida política brasileira. 
A República foi proclamada por um militar, o marechal Deodoro da Fonseca, que era monarquista convicto. Coisas da pátria de Macunaíma...
Luis Carlos Prestes, o maior líder que a esquerda brasileira já teve, era do exército; Carlos Lamarca, junto com Carlos Marighela, o principal comandante da oposição armada à ditadura, era mais um oriundo do exército, além de muitos outros. Isso à esquerda.
Aliás, a esquerda brasileira, antes de 1964, era uma força de respeito em nossas forças armadas. Para terem uma ideia, cerca de 7.500 militares e bombeiros foram presos, cassados e expurgados de suas respectivas corporações pelo Golpe de 1964.
Os dois candidatos à Presidência da República após a queda do ditador Getúlio Vargas, em 1945, Eurico Gaspar Dutra e Eduardo Gomes, também eram militares. Dutra, marechal do exército; Eduardo Gomes, brigadeiro da aeronáutica. Nas eleições de 1960 outro militar, o marechal Henrique Teixeira Lott, foi derrotado por Jânio Quadros.
Bolsonaro e outros milicos, que são candidatos a cargos diversos no pleito de 2018, não são, pois, nenhuma novidade na vida política brasileira.
Melhor, por pior que possa parecer a alguns, os militares participando de eleições democráticas e respeitando as instituições e a Constituição da Nação, que tramando conspiratas junto a políticos golpistas e sem voto para tomarem o poder pela força. 

Blog do Barão- Os militares sempre participaram da vida política nacional

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