17 de janeiro de 2019

Flávio Bolsonaro começa a "lulalizar" governo de seu pai

Quando explodiu o "Mensalão do PT", Lula foi à televisão pedir desculpas ao povo brasileiro pelo ocorrido e dizer que foi traído; algum tempo depois afirmou que o caso era apenas "caixa 2", um crime supostamente menor; depois afirmou que o Mensalão não existiu e que ia provar sua assertiva quando saísse do governo (para quem vier encher o saco, eu tenho os links de todas as afirmações da alma muito viva mais honesta que este país já conheceu). Lula não provou o que afirmou, veio o "Petrolão", escândalo infinitamente maior que o "Mensalão", e ele acabou indo em cana.
Jair Bolsonaro foi eleito tendo como principal promessa de governo, o combate sem tréguas à corrupção. Aí surge a denúncia do Coaf contra alguns assessores de deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Dentre eles Fabrício Queiroz, que "trabalhava" para Flávio Bolsonaro, hoje senador, e filho de Jair Bolsonaro.
Aparecem uns depósitos, digamos, estranhos, na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro feitos pelo Fabrício. Bolsonaro afirma que se trata do pagamento de um empréstimo que fizera ao "amigo Fabrício". Sim, eles era amigos. Pouco depois, Flávio afirma que havia tido uma conversa com Fabrício e que as explicações dadas por ele sobre a movimentação financeira atípica, segundo o Coaf, eram plausíveis. Queiroz faltou a duas audiências no Ministério Público do Rio para dar suas "explicações plausíveis". Aí a coisa começou a ficar plausivelmente estranha. Em uma entrevista ao SBT Queiroz afirmou que a movimentação era por conta da compra e venda de carros. Uns "rolos" que fazia. Só não explicou por que só vendia e comprava carros nos dias subsequentes ao pagamento dos demais assessores lotados no gabinete de seu patrão. Estranho, não? Como ninguém acreditou na lorota, Fabrício apareceu acometido de um câncer e foi internado no Hospital Albert Einstein,em São Paulo, um dos mais caros do Brasil. Como um ex-motorista de um deputado estadual do Rio consegue ser internado em tempo recorde no hospital destinado a tratar a elite política e econômica do Brasil? Estranho, não?
Depois veio a público um vídeo do Fabrício todo animado dançando no quarto do hospital com sua mulher e filha, também funcionárias da Alerj.
Hoje (17/01), o STF concede uma liminar pedida exatamente por Flavio Bolsonaro, que afirmara que as explicações do Queiroz eram "plausíveis, impedindo que o Ministério Público do Rio continue a investigar seu laranja.
Confissão de culpa maior que essa, além de uma burrice política memorável, é impossível, venha o Flávio com as explicações que vier.
Ou Jair Bolsonaro vem a público dar uma satisfação realmente plausível sobre o ocorrido, ou seu governo já começa manchado pela proteção ao próprio filho, que até hoje deve à Nação a tal "explicação plausível" que o Fabrício lhe deu. Sim, Jair Bolsonaro tem tudo a ver com o caso. Queiroz era seu amigo, e sem o apoio do pai Flávio Bolsonaro não seria nada, assim como Dilma não existiria sem o Lula.
Estamos aguardando uma explicação cabível sobre o assunto, sob pena do governo Bolsonaro se "lulalizar" logo em seu início.  
A notícia sobre a liminar do Flávio está no UOL- Flávio Bolsonaro pede, e STF suspende investigação sobre Queiroz
Blog do Barão- Flavio Bolsonaro e Fabrício Queiroz
Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz

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