17 de fevereiro de 2020

O sentido das palavras muda para aplacar nossa consciência

Outro dia vi um comentarista esportivo, que virou "especialista" na nova linguagem da "modernidade líquida", como percebeu o sociólogo Zygmunt Bauman, dando uma pretensa "aula" sobre esquemas de jogo. Uns 20 esquemas durante o mesmo jogo, viu o tal "especialista. Eu, como sou apenas um genial, porém humildoso, burrinho sapiens, não consigo ver tantos esquemas em uma partida.
Só sei o seguinte: como antanho, ganha quem tem os melhores jogadores e o melhor técnico.
O resto é conversa fiada de "especialista" de porra nenhuma!
Mudam-se as palavras, em geral, para aplacar nossa consciência. Subemprego, por exemplo, virou empreendedorismo (chique, né?); surdo virou deficiente auditivo, embora se você chamar um surdo de deficiente auditivo ele não vá escutar porra nenhuma, exatamente do mesmo jeitinho de quando era só surdo; e por aí vai...
Mas gosto mesmo é de ser chamado de "contribuinte" pelo nosso Estado ladrão! Acho muito fofo ser roubado e ser intitulado carinhosamente de "contribuinte" pelo assaltante. Num é fofo?
E nem vou falar na plêiade de sinônimos para nossas empreendedoras sexuais, ex-putas, que não quero arrumar confusão com as milícias politicamente corretas.
Zatonio Lahud

O sentido das palavras muda para aplacar nossa consciência



Nenhum comentário:

Postar um comentário