15 de setembro de 2021

Sobre o processo que condenou Lula

 Editorial do Barão

Tiraram a liberdade de um homem por 1580 dias. Algum tempo depois, o homem foi libertado por ter sido "julgado no lugar errado", segundo a principal Corte de Justiça da Nação, que antes havia corroborado a condenação do homem. Onze ministros, supostamente com alto saber jurídico, não perceberam um erro tão crasso que até um rábula perceberia.
Agora, o sujeito que foi a principal testemunha de acusação para que o homem fosse condenado faz uma carta, do próprio punho, afirmando que mentiu em seu depoimento e retira todas as acusações que fez contra o homem que perdeu 1580 dias do bem mais precioso que um ser humano possui: sua liberdade!
Para completar a trágica farsa: o juiz que condenou o homem, pouco tempo depois foi ser Ministro da Justiça do principal adversário político do condenado.
A vítima dos fatos acima foi Luís Inácio Lula da Silva, gostando-se ou não dele, a principal liderança política surgida no Brasil desde a morte de Getúlio Vargas, em 1954.
Antes que venham encher meu nobre saco, se a vítima das barbaridades acima tivesse sido o sociopata Jair Messias Bolsonaro, eu escreveria o mesmo.
Para encerrar: se fizeram isso com o Lula imaginem o que sofrem os cerca de 300 mil brasileiros presos, a imensa maioria formada por pobres e negros, sem julgamento ou mesmo o devido processo legal jogados como lixo em nossas fétidas masmorras!
Não, ninguém foi punido, nem vai ser, pelos absurdos acima narrados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário