18 de janeiro de 2022

A violência humana

 A violência humana

Os homens, desde sempre, usaram a exploração do trabalho alheio para satisfazer seus desejos de poder. Seja explorando seus semelhantes, seja escravizando outras espécies (cavalos, bois, elefantes, porcos, aves, etc.).
Grosso modo, foi assim que chegamos até aqui. E os oprimidos de ontem podem ser os opressores de hoje. O exemplo mais clássico é o dos cristãos. Perseguidos implacavelmente durante o Império Romano (milhares de cristãos viraram "almoço" de leões e tigres nas arenas espalhadas pelo Império), o cristianismo, apesar da violenta perseguição, expandiu-se e acabou por ser tornar a religião oficial de Roma. E tudo mudou... Os perseguidos de ontem passaram a ser os carrascos dos que não aceitavam a fé cristã. E outros milhares foram mortos, agora em nome da "cruz de Cristo", apenas por terem uma fé diferente, ou de não terem fé.
Maomé expandiu o Islã em tempo recorde na ponta da espada! E os muçulmanos, hoje tidos como "vítimas" do Ocidente cristão, praticavam a escravidão em África séculos antes dos europeus aparecerem por lá... E, em geral, os homens escravizados pelos árabes mulçumanos eram castrados. Sem anestesia, que fique bem claro!
Como bem o disse Edmund Wilson, autor de Rumo à Estação Finlândia, um grande livro, "a história da humanidade é a história de povos engolindo povos", e outras espécies, em sentido literal e figurado, completo eu.
Muito cuidado, pois, ao "escolher" quem são os injustiçados a serem defendidos. A sociedade mais democrática e justa será sempre aquela em que o Estado defenda o direito de todos os seus cidadãos à mais ampla liberdade de opinião e culto, proteja as minorias, e procure ser a mais igualitária possível em sua base. Quando mais igual for a "partida" rumo ao futuro, mais justa a sociedade há de ser.
Zatonio Lahud

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