3 de fevereiro de 2022

Esqueçamos o Brasil grande e pensemos no Brasil justo

 Utopia

Delfim Netto, então ministro da Fazenda da ditadura militar, explicando o motivo do Brasil estar crescendo tanto (período do "milagre econômico") e o povo continuar na merda, respondeu que "primeiro era preciso fazer o bolo crescer para depois distribuí-lo". Claro que o tal "milagre" não durou muito. Os de cima, como desde sempre, comeram todo o bolo, sobrando ao povo as migalhas e as contas a pagar da maior inflação de nossa história, que começou sua ascensão meteórica no governo Figueiredo- o últimos dos generais ditadores- e foi explodir de vez no governo Sarney.
Talvez, só talvez, se fizéssemos um bolo menor, mas partilhado entre todos, mesmo com pedaços desiguais, fossemos uma nação mais justa e menos violenta.
Esqueçamos o Brasil grande, o país do futuro que nunca chega, e pensemos no Brasil justo, do presente que podemos construir.
Sim, utopia, mas o que seria da vida sem os sonhos?

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