21 de dezembro de 2022

Brasil e Argentina em finais de Copa

 Brasil e Argentina em finais de Copa

O drama e a tragédia iminente, fazem parte da alma do povo argentino. Em todas as três Copas que conquistaram as finais foram dramáticas, diria que insanas.
Em1978, a vitória (3 x 1) sobre a Holanda só veio na prorrogação (1 x 1 nos 90 minutos), após os holandeses chutarem uma bola na trave no fim do tempo normal. Em 1986, os hermanos, como contra a França no Catar, venciam a Alemanha com tranquilidade por 2 x 0. Levaram o primeiro gol aos74 minutos e o empate dos germânicos veio aos 83 minutos. Quando todos achavam que os comedores de chucrute iam virar o jogo, Diego Armando Maradona, aos 86 minutos, "achou" um passe que só os gênios acham (como Lionel Messi no 2º gol contra a França ontem), e deixou Jorge Burruchaga livre para fazer o gol da vitória dos portenhos.
Ontem (18), na decisão da Copa do Catar, Argentina x França proporcionaram ao mundo a mais dramática final de Copas de todos os tempos. E, como, o mais sofrido dos tangos, os hermanos levaram o tricampeonato mundial.
O Brasil não, sempre vencemos nossos adversários em finais com relativa facilidade (5 x 2 na Suécia em 1958; 3 x 1 na Tchecoslováquia em 1962, 4 x 1 na Itália em 1970; 2 x 0 na Alemanha em 2002). A exceção foi a final de 1994, contra a Itália, uma pelada dura de ver que terminou 0 x 0 após 120 minutos de jogo. Vencemos nos pênaltis, mas a seleção de 1994, apesar da vitória, nunca esteve no coração do nosso povo.
Então é isso: o Brasil, quase sempre, vence em ritmo de um alegre samba; os hermanos ao ritmo do mais dramático dos tangos. Vizinhos com almas diferentes, que se odeiam e se amam com a mesma intensidade.
E assim seguem aos duas maiores escolas do futebol mundial- e, longe das outras, as que mais grandes craques já deram ao mundo.

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