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20 de setembro de 2015

Saudade de minha infância


Sim. Acordei com saudade. Saudade de minha infância alegre e despreocupada nas ladeiras de São José Calçado. Saudade de amigos queridos que se foram a procurar seus caminhos pelas estradas do mundo. Saudade dos banhos de rio no Poço do Chicão- amigo véio. Saudade das tardes felizes passadas no Bar do Crissaf- como era divertido seus xingamentos exacerbados à nossa turma, fregueses e um pouco filhos dele, e ao Botafogo em defesa de seu amado - fazer o quê?!- Flamengo. Saudade dos bailes no Montanha Clube- onde os amigos se juntavam numa grande e barulhenta família. Saudade de sair de madrugada, gaiola na mão, para pegar coleirinho com o Rogério e o Cachola. Saudade do Botafoguinho (eu, Rogério, Homerinho, Cabo Nilo, Cachola, no gol: o Paulim do Bianor ou o Bastião do Carioca- doce figura e nosso técnico) que disputou "clássicos’'' inesquecíveis com o time do Tino, no campinho atrás da igreja. Saudade do biscoito de polvilho da dona Dulce. Saudade dos clássicos entre Americano e Motorista- a maior rivalidade do mundo. Saudade das divertidas mentiras do Lineu- doce figura. Saudade do Cabiúna, soltando a voz depois de tomar muitas achando ser o verdadeiro Nélson Gonçalves, pobre Nélson. No rádio Milton Nascimento começa a cantar, exatamente agora, quando estou escrevendo: “Há um menino/ há um moleque/ cada vez que a tristeza me alcança/ ele vem e me dá a mão…
E eu não consigo mais escrever.… Eu sou esse menino… Esse moleque… Essa saudade… Essa tristeza...

Saudade de minha infância

13 de junho de 2015

Morre Fernando Brandt: "Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar"

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Morreu Fernando Brandt, autor de algumas mais belas canções de nossa MPB, como a seminal Canção da América, um dos maiores hinos à amizade já escritos, imortalizada na voz de seu parceiro, o grande Milton Nascimento. Que descanse em paz.
"Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar".

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar