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16 de novembro de 2012

Recolham os Cadáveres

discutimos pelos outros
matamos por poderes insanos que a homens pérfidos outorgamos
entregamos nossas vidas às mãos de tiranos,
que prometem nos salvar do mundo
nos cobrirão de glórias se os seguirmos servis
profetas,
os arautos da aurora de nossa liberdade mouca
e marchamos por eles que nos fazem livres de nossos fantasmas
anunciadores do paraíso? 
vendem fé,
compram a liberdade
que vendemos com a certeza inaudita de estarmos livres
ser livre é açoitar a alma
melhor crer,
ajoelhar perante deuses
crer na liberdade dos proxenetas da verdade iluminada
recolham os cadáveres,
cavem covas rasas para enterrar a imundície dos que ousam não serem livres
dos que ousam negar,
a alvorada!
morte aos fanáticos que não creem no paraíso
aos questionadores niilistas...
reduzam-nos ao nada de seu ceticismo infame
sejam livres,
matem-nos!
por sua sanidade
por nós,
que os guiamos.

                                                                           



31 de outubro de 2012

Vade Retro Homo Sapiens

Eu já vi saci pererê
E mula sem cabeça
Com estrela na testa
Já até corri de lobisomem

Mas tenho medo mesmo
É do tal bicho-homem
Que é pior que qualquer assombração

Mata para roubar
Rouba para enriquecer
E vende su'alma por poder

Inventa deuses
Para o perdoar
E suas ignominias justificar

Vade Retro Homo Sapiens!



                                                                               



30 de outubro de 2012

Revivendo a vida

Revivendo a vida
Silvia Britto


Ser mãe é a oportunidade ímpar que a vida nos dá de revivê-la.
O minuto exato em que nos tornamos mãe confunde-se com o instante preciso em que nascemos de novo.
Ao som do primeiro choro e à primeira visão do nosso fruto, sentimos uma alegria imensurável. 
Com ela, atingimos a plena sensação de renascimento.
Normalmente não nos contemos ante tal emoção. Choramos.
Nesse momento, fundimo-nos àquela pequena criatura.
Tornamo-nos um só ser.
E a vida recomeça naquele momento mágico. 

Somos, mais uma vez, bebês.
Reaprendemos a enxergar o mundo através daqueles pequenos olhos.
Conseguimos adivinhar-lhes os desejos. 
Inferimos seus sentimentos e vontades pelo timbre de seus choros.
É fome. É sono. É dor. É dengo...
Cada sorriso nos faz sorrir junto e fazem
De repente, estamos reaprendendo a falar. Falando errado com eles. Repetindo seus sons.
Rimos das coisas mais óbvias.  Das situações mais simples. Do pum do palhaço.
Redescobrimos o mundo e lembramos que o céu é azul. Que o fogo queima. Que o cachorro faz au-au.
Recomeçamos a freqüentar  festas coloridas, cheias de bolas e brigadeiros. 
Quando percebemos, estamos lá no meio do salão, dançando e pulando ao som de Ilariê.
Respondemos bem alto, com toda força de nossos pulmões, qual é o nosso time, quando o mágico pergunta.
Damos vida a animais de massinha, sentamos no chão, tomamos picolé, contamos histórias, corremos no parque.

E eles vão para a escola. 
Ficamos os dois com o coração apertado e inseguros.
Quando tiram notas boas, ficamos prosas. 
Quando brigam, queremos defendê-los.
Quando dizem que são lindos, ficamos orgulhosas.
É uma sensação extremamente narcísica. 
Tomamos os elogios como se fossem pessoais.
Daí eles crescem. E nós também! 
Chega a hora de nos encantarmos com a primeira paixão. 
De nos emocionarmos com o primeiro beijo. 
De chorarmos juntos com a primeira decepção amorosa.
Dos conselhos. Dos consolos. Dos avisos.
Dos  "eu te avisei". Dos "é porque é". Dos "tá de castigo".
Das brigas necessárias para a independência.
Da luta que travam para conquistar sua individualidade.
Castigos dados também nos machucam a alma.
Doem em nós. Apesar de eles não acreditarem!

E assim vamos, vida afora com a constante sensação de déjà-vu.

Até que, finalmente, eles nos deixam.
A sensação agora é de vazio. 
O mesmo que sentimos quando saímos de casa.
Só que dessa vez estamos do outro lado. 
O vazio agora não vem mais acompanhado de excitação.
Vem acompanhado de saudade.
É como se um pedaço nos fosse arrancado.
E, como lá no começo, novamente choramos. 

Entretanto, nunca mais estaremos sós. 
Ser mãe é para sempre.
Sei que a separação física acontecerá.
Ela já ganha forma.
Ainda tenho alguma estrada a percorrer antes que esse momento me chegue.
Prossigo acostumando-me com a idéia. A vida não para. 
Mas se tudo seguir seu curso, mais uma vez renascerei.
E com esse novo renascimento aprenderei uma nova e linda palavra: vovó!
E novamente chorarei.


Primavera de 2011

                                                 
               


27 de outubro de 2012

O Horror

O resultado da guerra- autor desconhecido
 O horror...o terror...a incúria...a covardia...a desumanidade...o sangue...escorre inocente...na pérfida alma de homens indecentes. O horror...de falsos heróis assassinos condecorados por produzirem dor...órfãos...e viúvas...que horror!
                                                                  

26 de outubro de 2012

Infinito-me em ti

Universo
Unir o verso
Reunir o adverso
Poema incompleto
De metafísica complexa

Único verso
Poema reverso
De alma revestida
De infinita dor

Ondes estás
Ó início
Que não teve
Ó fim
Que não terás

O meio é o que procuro
No infinito escuro
Unir o verso obscuro
À eternidade que se esvai

Me dê um beijo
Amor
Poupe-me de mim
Proteja-me
De meus devaneios

Em teu colo
Acho-me
No verso perco-me

Infinito-me em ti
E o universo
Cabe na linha de um verso.

                                                                                 


8 de outubro de 2012

Autoajuda sem galinhagem

Fico rindo de nossa hipocrisia, mulheres vivem à procura de homem certinho; homens vivem à procura de uma mulher certinha pra casar. A verdade: nem mulheres gostam de homens certinhos; nem homens gostam de mulheres certinhas...Pronto, falei!

O Botafogo, se fosse político, ia ser eliminado sempre no primeiro-turno das eleições. 

O segredo é a alma da fofoca.

Eu ando com tanta preguiça que meu vizinho baiano me chamou de preguiçoso. 

Haja paciência para ler frases de autoajuda. 

Ser feliz o tempo todo é uma chatice, de vez em quando bom mesmo é uma bela confusão.

Autoajuda para torcedores do Botafogo: assistam o filme À Espera De Um Milagre, com Tom Hanks. Vão gostar...

Quem diz que tudo na vida passa não sabe o que é torcer para o Botafogo. 

Não guarde ódio em seu coração, encha quem o provocou de porrada e vai ficar aliviado.

O verdadeiro amor não enche teu saco. O resto é galinhagem de autoajuda.

Se alguém te prejudicar foda com a vida dele e depois o perdoe, afinal o perdão é o mais nobre dos ressentimentos.


                                                                     


5 de outubro de 2012

Paz no Inferno


 Paz no Inferno
Silvia Britto

Meu coração finalmente encontrou a paz.
Não a paz dos contos de fadas que essa, além de não existir, é muito chata e monótona.
Quem quer saber de príncipes encantados engomadinhos, cavalos brancos, castelos encantados, que devem dar um trabalho enorme para limpar, e felicidade para sempre?
Felicidade demais cansa! De nada valeria se não fosse entremeada de tristezas e decepções para que pudéssemos valorizá-la.
Falo da paz do mundo real. Dos que ousam sonhar acordados.
Aquela paz que perturba, nos deixa inseguros, faz nosso coração bater desacelerado e nos faz tanto bem.
Não há nada que me traga mais paz do que acordar e ficar ansiosa, pensando se estarei sendo correspondida nas minhas loucuras.
Nada mais tranquilo do que os momentos que se seguem após o amor selvagem e sôfrego.
A paz do mundo real nos tira da acomodação e da mesmice.
Descobrimos que aquele papo de "não sou ciumento", "quero ser independente", "não gosto de andar na chuva", é tudo balela.
Papo de raposa sem acesso às uvas.
Bom mesmo é morrer de ciúmes. Ser posse e proteção.
Acabar-se de rir e chorar, tal qual sol e chuva.
E foi isso que eu encontrei. 
Graças à meninice da minha alma curiosa e ousada, e à cretinice dos amores bandidos.
Finalmente estou em paz no inferno da vida.
Amo você, meu contrabandista de gozos, cafetão da minha alma, boêmio da vida!
Obrigada por trazer paz e dasassossego à minha estrada, que agora é sua também.
Dê-me sua mão. 
Vamos caminhar.

                                                                 

                                                          

3 de outubro de 2012

Infinito nós

o sono...veio...
e foi...te velar
mandei-o tomar conta
de teu adormecer
levando-me até ti
sem que percebas
mas quando acordar
sentirás minha presença
e vais perceber que somos uno
que o longe não existe
que estou entranhado em tua alma
enraizado em seu coração
e estás em mim
vício incandescente
que me faz ferver
do anoitecer ao alvorecer
você...você...você
eu...eu...eu...
você...eu...nós...
nós...desatado...nós
infinito nós...eu...você
eternamente...

                                                   

1 de outubro de 2012

O Botafogo é um clube de alma feminina

O Botafogo é um clube de alma feminina, está tudo indo às mil maravilhas, quando de repente, assim...do nada, empaca. Saco!

                                      

20 de setembro de 2012

A chuva cai

 a chuva cai espessa
sobre meus cabelos
escorre sobre meu corpo
lavando dores
carregando desamores
limpando minh'alma
para que entres

abraçar-te-ei no meio do nada.
a chuva se mistura  à saliva
de nosso beijo
e vai-feliz, agora.

                                                                  

10 de setembro de 2012

BALAIO DA GATA: "Desconexa"


Só essa semana, já era a terceira vez que se atrasava. Mas a culpa não era dela. Aliás, era ali naquele momento que aproveitava para expiar suas culpas, se despir de tudo aquilo que a incomodava. Tirava a roupa e ficava com a alma nua. Não tinha o menor problema em ficar sozinha com ela mesma. Se davam muito bem...
Nas terças e quintas, usava seu shampoo sem sal. Só terças e quintas. Tinha lido numa dessas revistas femininas em algum consultório médico, que shampoo com sal todos os dias danificava os cabelos. "Sempre o sal é o vilão!", pensou aborrecida...logo ela que precisava tanto de sal para sobreviver.
Aquele dia, quarta, era dia do sabonete esfoliante. Adorava a sensação daqueles grãozinhos arranhando a sua pele...incomodava tanto que até agradava...sempre o paradoxo rondando seus dias.
Olhou para aquela pinta sexy no seio direito e achou que ela poderia ser mais "sexy" se não tivesse que vigiá-la. Não entendia porque as coisas que lhe davam um certo prazer, sempre vinham acompanhadas de alguma ressalva, como se fossem aquelas letrinhas miúdas que ninguém lê no rodapé dos contratos perfeitos.
Pra terminar, se olhou no espelho e sentiu saudade do tempo em que o único cosmético que usava no rosto era a urgência em "ser feliz para sempre". Agora, usava aquele hidratante que fazia questão de mostrar em letras enormes no rótulo, a sua faixa etária. 
Alguém bateu na porta. Avisou que ela estava atrasada. Ela colocou de novo os pés no chão,  apagou a luz, abriu a porta e se conectou de novo com o mundo, de corpo e alma lavados... (Clara Gurgel)

20 de agosto de 2012

Sou rabugento mesmo e não gosto de governos

Nossos políticos estão tão desmoralizados que os entregadores de santinho deles nos abordam envergonhadamente para oferecer a propaganda. Não sei se já perceberam?

No Brasil vender o corpo é crime, mas vender a alma é elogiável, é só ver os acordos espúrios que nossos políticos fazem.

No Brasil é assim: tudo é mais caro, como acesso à internet e telefones- e, como que por consequência, tudo funciona pior. Estamos à beira de um apagão na telefonia pois as operadoras só pensam em agregar clientes sem melhorar os serviços e aumentar seus lucros,  o governo, de sua parte, faz vista grossa, pois, ao mesmo tempo, aumenta a arrecadação dos impostos. Cidadania que é bom...ah...isso é coisa de reacionário!

Homens verdadeiramente dignos não se metem em política pois não precisam mandar em seus semelhantes para satisfazerem seus egos.


                                                                                                     


29 de julho de 2012

As palavras sumiram de mim

parece-me que as palavras sumiram de mim
ou esconderam-se em recôndito canto de minh'alma
não as acho mais...
eu que tanto as amo
as que aqui escrevo não saem de mim

será que se exauriram de minha orgia mental
que mistura política, paixão, sexo, futebol
e se foram?

estou inerte...sem palavras...
preciso que voltem-me palavras minhas.


                                                        
                                                                 

14 de julho de 2012

Ouça o silêncio de sua alma

ouça o silêncio de sua alma
é nele que encontrará o caminho
o seu caminho- a sua verdade

converse com ele
e ouça-o
ele é seu melhor amigo e conselheiro

sim
às vezes nos açoita com suas verdades
e fugimos dele
mas
silenciosamente ele volta a nos fustigar

só tornando-se amigo de seu silêncio
companheiro de viagem pela vida
terás paz...

                                                               

27 de junho de 2012

Botafogo: técnico quer demitir torcida e contratar uma japonesa


O atual técnico do Botafogo, Oswaldo Oliveira, quer demitir a torcida do Botafogo e sugeriu à diretoria do clube que contrate uma nova, formada por japoneses que, como sabemos, têm olhinhos fechados e irão aplaudir as vergonhosas derrotas que ele e seus comandados andam nos proporcionando. Assim seu imenso ego, acho que maior que de seu antecessor, Caio Júnior, estará protegido de críticas dos injustos e chatos torcedores alvinegros atuais.
Esta gente não conhece a História do Botafogo, nós sempre fomos assim: turrões, brigões, chorões, iracíveis e chatos em defesa do Glorioso, se não suportam critícas e pressão, técnico e jogadores, que sumam de General Severiano, vão trabalhar em outro lugar! Aliás, a grande maioria, nos estaria fazendo um grandíssimo favor!
Bando de covardes incompetentes e egocêntricos!
E alguém, peloamordedeus!, diga ao Oswaldinho para parar de usar roupas justinhas, coladas ao corpo na beira do gramado, isso é coisa de tricolor! Nos poupe ao menos disso...porra!

Quem quiser saber um pouco da alma botafoguense leia aqui Botafogo: a decadência de um gigante


                                                                                     

21 de junho de 2012

BALAIO DA GATA: "Doce Saber"


Não vejo seu rosto mas conheço suas mãos que tantas vezes me couberam menina manhosa sem sorvete de casquinha.
Ainda que eu não veja seu rosto, sinto o calor do seu abraço generoso mais reconfortante que chocolate quente feito pela mãe da gente, em dias de chuva e frio.
Sei dizer exatamente que tamanho tem o seu coração barulhento recheado de relíquias, amores e saudade, no melhor estilo Rococó.
Vejo teu corpo que nunca está por perto apesar de você estar sempre presente, mesmo que eu não veja o teu rosto.
Lá longe, entre frestas, enxergo ainda seu cérebro, amante do bom sexo, cheio de pensamentos complexos mas, nunca, nada sem nexo.
E por fim, enxergo a sua alma clara, que só quem é CLARAvidente pode ver...NÃO PRECISO ver seu rosto. Tenho certeza  de que é você  e  que está chegando...      (Clara Gurgel)




14 de junho de 2012

Eu vejo borboletas

Transformar palavras em sentimentos
Vomitar dores
Desopilar amores idos
Desobstruir o ego cêntrico
Desentender o mundo
Alvejar( ?) a alma


O poeta não é um fingidor
É mais esfinge
Que tinge palavras
Para esconder sua dor
Na solidão d'alma partida
Em excesso de sentir

Eu vejo borboletas
Pousadas em minh'alma
São lindas e suaves
Mas tristes

Borboletas são belas
Mas voam em suavidade
Desajeitada e triste.

                                                                         




7 de maio de 2012

Uma cena impagável ontem no Engenhão

PC Guimarães e Ricardo Baresi
Após o chocolate que levamos do Flu ontem no Engenhão ( que vamos devolver com juros e correção monetária no próximo domingo ), vínhamos caminhando cabisbaixos, eu, o Marcelo e  Saint-Clair, com os rabos devidamentre entre às pernas, quando me deparo com um cidadão encostado na entrada de uma Vila, cigarro na boca, a lata de cerveja repousando no parapeito do muro, olhar perdido no infinito. Era meu querido amigo, o  jornalista Ricardo Baresi, do site Vestiário Alvinegro. Ao vê-lo naquele estado de penúria Alvinegra, gritei para ele:
- Tá parecendo um mendigo, meu amigo!
Ele, que não tinha me visto, quando me vê, abre os braços e grita, apoplético:
- "Eu estou aqui porque não fui na entrevista coletiva do treinador de seu time! Se fosse ia passar mal de tão desconsolado que estou!"
Começamos a rir, dei-lhe um abraço carinhoso e disse:
-Calma, Ricardo, domingo que vem tem mais!
Conversamos um pouco, ele se acalmou, quando saímos vira-se o Saint-Clair e diz:
- Isto é que é um jornalista isento em prol do Botafogo!
E rimos mais de nossa desventura e da "imparcialidade" descaradamente botafoguense do Baresi.
A alma Alvinegra é gloriosamente tragicômica!


Quem quiser se associar ao site do Ricardo, que tem tudo, mas tudo mesmo, sobre o Botafogo, vá ao Vestiário Alvinegro

23 de abril de 2012

Luxúria

Te espero, mulher
Quero-te aqui
Em sofreguidão
Desnudando-se, lentamente
O corpo esbelto, curvas
Alucinação de desejo

Serei livre, em meu ensejo
Que tanto esperei, ter-te
Cobrir-te, odor e luxúria
Exalas em cada poro, meus

Desvencilha-te de roupas
 E pudores, quero-te Prostituta
De teus desejos, nossos

Ferve-te, a alma inconsútil
Copulando paixão, nós
Caminhe em direção ao prazer, eu
O corpo nu, venha
O infinito te espera, a entrega
O orgasmo que assoma, treme
Goza nossa eternidade, agora...


13 de março de 2012

O rei está sempre nu

quando jovem eu queria mudar o mundo
a vida me ensinou que quem tinha de mudar era eu
todo dia um pouco
e continuo um poço de defeitos
mas descobri um jeito de me aceitar
rir-me...d'eu...do mundo...
e jamais perder a capacidade de me indignar
ainda que rindo
principalmente dos poderosos
e as ridículas exéquias de seus patéticos poderes
rir a mais não  poder
eis o meu antipoder
o rei está sempre nu
ainda não perceberam?
ele vende seu corpo
sua alma
sua dignidade
por um cargo
por uma sinecura
e eu vou vivendo
e rindo-me...

que siga-me um tolo
um louco
um mendigo
um bêbado
 um profeta
e um poeta

nós mudaremos o mundo
rindo-me...nós...deles!