Ainda não digeri ver a figura de Márcio Thomaz Bastos sorridente e fagueiro acompanhando seu cliente, Carlinhos Cachoeira, em seu "depoimento calado" à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ( CPMI ) que foi formada no Congresso Nacional para apurar as ligações do contraventor com boa parte de nossa classe política- que se vendeu a ele. Márcio Thomaz Bastos comandou um achincalhe à Nação brasileira. Um ex-ministro da Justiça de um governo progressista tinha a obrigação, ética, ao menos, de não se prestar a um papel lamentável como o que cumpriu ao impedir que seu cliente esclarecesse ao País a podridão moral de boa parte de nossos governantes, que foram cooptados por seu grupo mafioso.
Segundo foi informado pela imprensa, e até agora não desmentido, para vender seu prestígio na defesa do contraventor- e, na verdade, proteger à canalha envolvida com ele-, recebeu R$ 15 milhões, uma fortuna ímpar.
De onde veio o dinheiro? Quem pagou? Carlinhos Cachoeira, segundo suas declarações de renda entregues à Receita Federal nos últimos anos, é um reles pobretão. Teria de estar sendo defendido por um defensor público, pois, de acordo com sua renda oficial, não pode pagar nem um advogado de porta de xadrez.
De onde veio tanto dinheiro? É dinheiro limpo? O Brasil tem o direito, e quer saber, a origem desta fortuna paga por um contraventor a um ex-ministro da Justiça.
Quem quiser saber mais sobre Márcio Thomaz Bastos leia esta outra postagem que fiz:
Márcio Thomaz Bastos: o advogado da impunidade nacional