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29 de outubro de 2019

Bem te vi

Nem
Bem te vi
E me apaixonei
Por ti

Paixão mais forte
Que o canto estridente
Do bem-te-vi

Nem Bem te vi E me apaixonei Por ti  Paixão mais forte Que o canto estridente Do bem-te-vi  Zatonio Lahud


5 de agosto de 2015

Impressões de Brasília (I)

Impressões de Brasília (I)

Após mais de 40 anos morando em Niterói, mudei-me para Brasília, uma cidade pra lá de surpreendente. A principal diferença, para um recém-chegado, é o modo de falar do povo.
Até os bem-te-vis aqui de Brasília cantam com sotaque: os cariocas alardeiam um sonoro "bem-ti-vi"!; os daqui respondem com um charmoso "bem-té-vi"!

27 de junho de 2014

Excêntrico é o ânus dele

Excêntrico é o ânus dele
Eu, quanto não tenho com quem conversar, não me aperto, desconverso comigo mesmo. Traço um mal traçado verso. Erro, zango comigo. Brigo com minha mente. Me chamo de burro, incompetente. Vou pra janela. Tem um bem-te-vi cego aqui, é o meu confidente. Mas acho que o safado anda dando com a língua nos bicos e  fazendo fofoca sobre minha pessoa com a sabiá e o beija-flor, que andam voando de lado para mim.
Tem horas que desconverso tanto, sem nenhum nexo e muito menos complexo, que acho que sou maluco. O psiquiatra acha que não, diz que sou apenas excêntrico. Mandei ele tomar no rabo... Excêntrico é o ânus dele. Não acham?

19 de janeiro de 2014

O mundo aquieta-se humilde



O canarinho canta
E me encanta
O bem-te-vi canta
E me encanta
Tudo ao som 
Do Bolero de Ravel

Eu no meu canto
Estou encantado

De resto 
Tudo obsequioso silêncio
O mundo aquieta-se humilde
Em respeito à infinitude
De tão singelo e mágico 
Momento de terna eternidade

5 de setembro de 2013

Mal te vi bem-te-vi

Mal te vi bem-te-vi
mal te vi bem-te-vi,
você cantou e voou rumo ao infinito...

bem-te-vi mal te vi,
e deixaste-me só em minha finita janela

bem te verei de novo bem-te-vi,
e voarei contigo.

2 de março de 2013

A chuva me basta

A chuva, tão sumida, deu o ar de sua graça. Estou aqui e ao mesmo tempo olho pela janela a água escorrendo pela copa da bela árvore em frente. Divago, devagar, sem pressa, as lembranças retornam calmamente em minha mente.

Um bem-te-vi pousa no galho da árvore, no bico uma pequena borboleta em seus últimos espasmos de vida. Pronto, acabou, não existe mais a borboleta. Penso em Deus e não consigo entender seus desígnios. Nunca consegui. Só há vida através da morte. Inconsequências de Deus? Talvez, quem sabe?

O que sei é que a água da chuva escorre plácida e bela pela copa da árvore e minha mente está tranquila. Deus que fique com seus desígnios de morte. Não me importo; agora, aqui, a água da chuva caindo sobre a bela árvore, me basta.

16 de outubro de 2012

Infinitamente belo

O beija-flor beija a flor; acima o bem-te-vi, em voo certeiro pega a borboleta que voava bela e distraída; no galho da árvore um casal de rolinhas namora; mais abaixo o sebinho ajeita o ninho; na copa da árvore a sabiá canta incessantemente seu belo lamento- acho que são nostálgicas, as sabiás-, cantam amores perdidos em sua melodia triste e bela. No pé de carambola, ao lado, saíras e gaturamos, pulam de galho em galho, num balé  estonteante na beleza de suas cores brilhantes; sanhaços bicam- se entre si numa disputa frenética pela bela donzela, que altiva no galho parece se deliciar com a luta dos machos por seus favores- mulheres!-; micos passeiam distraídos pelos fios, em um vai e vem frenético; no muro da casa ao lado, bougainvílleas  vermelhas, amarelas e rosas, inundam a vida de alegria, uma delas abraça carinhosamente o fio e espalha sua flores até o meio da rua. A casa é um colégio infantil e a criançada brinca feliz no pátio, uma gritaria gostosa, que misturada ao canto dos pássaros produz uma linda e dissonante sinfonia. Na calçada passa uma bela morena, vestido de seda, mostrando e escondendo suas curvas bem feitas. Pouco mais à frente um casal de velhinhos caminha vagarosamente, mãos dadas com firmeza  que compensa a incerteza dos passos. Na janela eu escorro um par de lágrimas, celebrando momento tão singelo e belo. Infinitamente belo...






4 de setembro de 2012

Eu ouço o canto do bem-te-vi

ao longe do bem-te-vi
ouço o canto
e me lembro de ti
a quem nunca  mais vi
desde que me deixou
em meu triste canto

canta o bem-te-vi
eu desencanto
saudade de ti...

 Bem-te-vi, te quero bem! (aquarela sobre papel Saunders Waterford torchon  56 x 76 cm)