Brasil: uma História feita de erros

A História do Brasil resume-se em estudarmos os erros do passado para repeti-los no presente e preparar os do futuro.

O ato de escrever (poema)

Estou deserto

Estou deserto

De futuro

Vagueio pela areia seca

Por caminhos incertos

À procura de um oásis

Que disseram-me

Chamar-se Esperança

É nele que encontrarei

O futuro de uma humanidade

Menos violenta e individualista

E mais justa e solidária

Mas estou perdido

Só vejo areia e miragens...

No futuro que vem vindo

Fim de ano

Época de nostalgia

De esperar o futuro

Sob o prisma do passado

E seus fantasmas

Que venha

De novo

O futuro

Trazendo consigo

Novas alegrias

Novas dores

Velhos amigos

E o renovado passado

Que se rejuvenesce

No futuro que vem vindo

Logo ali...

O presente passa e chega

Viver o presente

É essencial

E ilusório

Pois, na verdade

O presente não existe

É sempre uma junção

De um pouquinho de passado

Com um tiquinho de futuro

O presente passa e chega

Ao mesmo tempo

Viva-o...

E o Botafogo?

E o Botafogo?

Bem, o Botafogo vai mal...

Uma pasmaceira de dar dó, ou melhor, medo.

Estou ficando muito desconfiado que o  presidente recém-eleito do clube, Carlos Eduardo Pereira, não tinha nenhuma projeto para reerguer o clube.

Essa historinha de “a situação é pior que imaginávamos” não cola mais, todos os candidatos à Presidência do clube sabiam do caos que iriam encontrar.

Vou ficar quieto... Vão me acusar de pessimista, que a nova diretoria precisa de tempo para trabalhar.

O único problema é que quem está na UTI, caso do Botafogo, não dispõe de tempo disponível...

E tempo de preparar seus projetos todos tiveram antes das eleições.

Não falei nada, sou um otimista incorrigível. 
O futuro do Glorioso será glorioso! Hunf!

O ato de escrever,

O ato de escrever,

antes de tudo é antever devaneios.

O que escrevo é sempre passado.

Ainda que creia estar prevendo o futuro.

O escritor é um profeta da mente que mente belezas infinitas,

para homens finitos acreditarem na eternidade.

Este é o fim do ato de escrever.

Fim.

Sou ateu de ambos

Uns prometem me salvar

Urrando um futuro Paraíso celeste

Em meus ouvidos

Outros urram diatribes ideológicas

Prometendo-me um futuro Paraíso terrestre

Se neles votar e passarem a me governar

Deixem-me em paz

Não quero viver no Paraíso

Nem o celestial

Nem o governamental

Sou ateu de ambos...

Não sei de nada, não vi nada, mas estou em dúvida sobre o futuro do pretérito

Eu ando assim... Não sei de nada, não vi nada, mas estou em dúvida sobre o fato. Saco. 

E o Aécim tá dizendo que é o futuro... Só se virou verbo: futuro do pretérito. Saco.

Em pensamentos difusos

Por vezes sou confuso

Misturo tudo

Em pensamentos difusos

Que terminam sempre

Esbarroando-se em algum muro

E nunca chegam ao futuro

Que procuro... 

Pensava com meus botões

Quando jovem

Sempre que alguém morria

Pensava com meus botões

[ Quase todas as camisas tinham botões quando eu era jovem ]

Já vai tarde

Estava velho mesmo

Décadas passadas

[ O futuro vem do passado ]

Quando morre alguém

Penso- agora sem meus botões

[  Quase só uso camisas sem botões hoje ]

Morreu tão jovem

Estou velho... 

Que demore a me encontrar 

[ A morte ]

Mas quando achar meu Norte 

E vier me buscar

Que seja breve  e tranquila 

Como uma leve brisa.

“A mais indesejada das gentes” ( Manoel Bandeira )

E quando chega,

À sorrelfa,

“A mais indesejada das gentes”

Levando um futuro pela frente

Um Norte agora ausente

Triste fica

O coração da gente.

PS: Para Eduardo Campos ( 10/08/1965-13/10/2014 )

O futuro

É tão longe...

O futuro

Que quando chega

Já sou passado.

Aguarde o futuro

Dizem-me desde que criança fui:
Aguarde o futuro...
Aguardo desde sempre.
E ele sempre chega, trazendo em seu âmago dor, violência, desesperança.
E já sou uma velha criança esperando o futuro inevitável: a morte do que já está morto. Sem futuro.

De inúteis tempos

Vivemos tempos
A cada dia mais velozes
Para o passado
Para o futuro
Comprimimos tudo
No presente
A cada dia mais ausente

O passado se vai
Junto ao futuro que chega
Tudo em cliques...

Vivemos mais
De inúteis tempos
Passados/Presentes/Futuros
Não há mais muros

Nem tempos idos ou vindos
Breve o futuro será passado
Antes de ser futuro...
Não quero estar presente.

Não sou profeta nem do passado, quem dirá do futuro

O que têm em comum economistas, profetas religiosos, profetas ideológicos, ciganas e a besta que vos escreve estas bem traçadas linhas?
É simples, a turma acima sabe prever o futuro, acertam,hum!, digamos, duas em mil previsões e saem arrotando a genialidade de suas previsões ao mundo. 
A besta que vos escreve, como é burrinho, não ousa prever nem o passado, e sabem por quê? Não, né?! Eu vos explico:
Quantas interpretações diferentes da Bíblia, por exemplo, vós conheceis? Milhares, talvez milhões...
Pois é, se não concordamos nem quanto ao passado, imaginem quanto a algo que ainda não existe? Bom, tá certo, concordo, a morte é certa, sei lá!...e o Sarney?!

Saudade do passado, presente e futuro

Saudade,
do passado,
que não passa no coração da gente;
do presente,
de ti ao longe ausente;
do futuro,
que vejo batendo de frente
 em duro e frio muro.

O país do futuro, atrasado

Andam todos espantados com o vertiginoso crescimento da China. Centrados em nosso umbigo, nós ocidentais, achamos que o mundo foi criado pelo Império Romano, depois que adotou o Cristianismo como religião oficial. Besteira,a China, nos séculos XV e XVI, era, de longe, a maior potência do mundo. E até o século XVIII, Índia e China eram responsáveis por cerca de metade do PIB( Produto Interno Bruto) mundial. Paul Kennedy, em Ascensão e Queda das Grandes Potências, diz que os maiores impérios do período, além da China dos Ming, eram o" Império Otomano e seu rebento muçulmano na Índia, o Império Mongol, Moscóvia, o Japão Tokugawa e os vários estados da Europa centro-ocidental.No início do século XVI, não era de modo algum evidente que esta última região estava destinada a elevar-se acima das outras". Mais à frente diz:" Por mais grandiosos e organizados que alguns desses impérios orientais parecessem, em comparação com toda a Europa, todos eles sofriam, porém, as consequências de terem uma autoridade centralizada que insistia na uniformidade de crenças e práticas, não só na religião oficial do estado, como também em áreas como as atividades comerciais e o aperfeiçoamento de armas". Bingo!

Nós fomos colonizados por Portugal, que junto com a Espanha, era a maior potência europeia à época, mas ambos governados por estados absolutistas e burocráticos, com profunda ingerência da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana( e Cristo tanto pregou a humildade!). Somos herdeiros diretos do absolutismo e até hoje pagamos o preço desta herança: no excesso de burocracia, no Estado patrimonialista e autoritário, ou seja, ficamos na contramão da História e por isto, ainda hoje, em pleno século XXI precisamos de um Pai ou Mãe para nos guiar. Já passou da hora de ficarmos órfãos e aprendermos a nos virar sozinhos, sob pena de sermos, eternamente, o país do futuro, atrasado...

Liberdade é progresso

Como pode um jovem não ter futuro em seu olhar?

Todos os dias eu os vejo sentados na calçada.
Jovens, talvez quinze, dezesseis anos.
Sujos, aparência envelhecida. Pedem esmola.
Vítimas do crack. "Cracudos" me disseram com frieza.
Inúteis, na verdade, quis dizer meu informante. Indignos da vida.
Outro dia fiquei reparando os dois. Ansiosos. Desassossegados.
Nervos esfrangalhados pelo vício.
Um deles me olha. Olhar vago. Seco. Sem viço. Sem futuro...
Como pode um jovem não ter futuro em seus olhar?
Nem dor havia. Nada. Vazio...Sem futuro. Sentado na calçada.

O presente futuro do passado

gira gira gira
cada vez mais rápido
o mundo digital
o novo fica velho em questões de segundos
o presente é sempre rápido futuro
que em instantes vira ultrapassado passado
gira gira gira sem parar
o mundo digital
embolando passado presente e futuro
comprimidos em um verbo ainda inexistente
o  presente futuro do passado
gira gira gira
comprime comprime comprime
conecta conecta conecta