Mostrando postagens com marcador literatura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador literatura. Mostrar todas as postagens

13 de abril de 2023

Sobre a amizade- Machado de Assis

 "Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir. Porque amigo não se pede, não se compra e nem se vende. Amigo a gente sente!" 


____Machado de Assis

💓💓💓💗💗💗🙏🙏🙏💖💖💖💚💚💚

12 de novembro de 2022

Vamos morrer

Vamos morrer 

Pedro Mexia


Vamos morrer, mas somos sensatos,
e à noite, debaixo da cama,
deixamos, simétricos e exactos,
o medo e os sapatos.

Pedro de Magalhães Mexia Bigotte Chorão (1972) é um poeta, cronista e crítico literário português.


11 de setembro de 2021

Um texto brilhante de Mia Couto

 Mia Couto brilhante 

« Preocupa-nos que os nossos estudantes entrem para universidade com fraco desempenho acadêmico. Pois eu acho mais preocupante ainda que os nossos jovens cresçam sem referências morais. Estamos empenhados em assuntos como o empreendedorismo como se todos os nossos filhos estivessem destinados a serem empresários. Ocupamos em cursos de liderança como se a próxima geração fosse toda destinada a criar políticos e líderes. Não vejo muito interesse em preparar os nossos filhos em serem simplesmente boas pessoas, bons cidadãos do seu país, bons cidadãos do mundo.

Escrevi uma vez que a maior desgraça de um país pobre é que, em vez de produzir riqueza, vai produzindo ricos. Poderia hoje acrescentar que outro problema das nações pobres é que, em vez de produzirem conhecimento, produzem doutores (até eu agora já fui promovido..,) . Em vez de promover pesquisa, emitem diplomas. Outra desgraça de uma nação pobre é o modelo único de sucesso que vendem às novas gerações. E esse modelo está bem patente nos vídeo-clips que passam na nossa televisão: um jovem rico e de maus modos, rodeado de carros de luxo e de meninas fáceis, um jovem que pensa que é americano, um jovem que odeia os pobres porque eles lhes fazem lembrar a sua própria origem.
É preciso remar contra toda essa corrente. É preciso mostrar que vale a pena ser honesto. É preciso criar histórias em que o vencedor não é o mais poderoso. Histórias em que quem foi escolhido não foi o mais arrogante mas o mais tolerante, aquele que mais escuta os outros. »
Mia Couto (Antônio Emílio Leite Couto) é um escritor moçambicano, nascido em 5 de julho de 1955, na cidade de Beira. Trabalhou como jornalista durante quase 10 anos, porém ingressou na Faculdade de Biologia e, posteriormente, tornou-se professor universitário, profissão que concilia com a sua carreira de escritor.

15 de fevereiro de 2021

O libelo humanista escrito por John Donne de onde Ernest Hemingway retirou o título de sua obra-prima "Por Quem os Sinos Dobram"

Foi deste libelo humanista escrito pelo poeta inglês John Donne (1572-1931) que Ernest Hemingway retirou o título de sua obra-prima "Por Quem os Sinos Dobram".

Em tempos de pandemia e estupidez patrocinada pelo Estado, a literatura nos ajuda a sobreviver sem perdermos nossa humanidade.

Foi deste libelo humanista escrito pelo poeta inglês John Donne (1572-1931) que Ernest Hemingway retirou o título de sua obra-prima "Por Quem os Sinos Dobram".  Em tempos de pandemia e estupidez patrocinada pelo Estado, a literatura nos ajuda a sobreviver sem perdermos nossa humanidade.

23 de janeiro de 2019

A estrada da vida

Na estrada da vida viva o hoje, tente resolver primeiro as primeiras coisas, mande à merda quem não te faz bem, e siga seu caminho, tem sempre umas flores no acostamento para embelezar a viagem... 😘

Resultado de imagem para estrada da vida

23 de janeiro de 2018

A carinhosa carta que Vinícius de Moraes escreveu para seu grande amigo Tom Jobim

Deliciosa Carta de Vinicius de Moraes para Tom Jobim. Vale a leitura!
 "Caro Tonzinho, estou em Paris, num hotel com sacada sobre uma praça, que dá para toda solidão do mundo e diz:
Procura-se um amigo. Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimento, ter coração. Precisa saber falar e saber calar no momento certo. Sobretudo, saber ouvir.
Deve gostar de poesia, da madrugada, de pássaros, do sol, da lua, do canto dos ventos e do murmúrio das brisas. Deve sentir amor, um grande amor por alguém, ou sentir falta de não tê-lo. Deve amar o próximo e respeitar a dor alheia. Deve guardar segredo sem sacrifício.
Não precisa ser puro, nem totalmente impuro, porém, não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e sentir medo de perdê-lo. Se não for assim, deve perceber o grande vazio que isso deixa. Precisa ter qualidades humanas. Sua principal meta deve ser a de ser amigo. Deve sentir piedade pelas pessoas tristes e compreender a solidão.
Que ele goste de crianças e lastime as que não puderam nascer e as que não puderam viver. Que goste dos mesmos gostos. Que se emocione quando chamado de amigo. Que saiba conversar sobre coisas simples e de recordações da infância.
Precisa-se de um amigo para se contar o que se viu de belo e triste durante o dia; das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças d’água, de beira de estrada, do cheiro da chuva e de se deitar no capim orvalhado. Precisa-se de um amigo que diga que a vida vale a pena, não porque é bela, mas porque já se tem um amigo. Deve ter um ideal e medo de
perdê-lo. Deve ser Don Quixote sem contudo desprezar Sancho. Precisa-se de um amigo para se ter consciência de que ainda se vive. 

10 de dezembro de 2017

O Livro- Jorge Luís Borges

O Livro

Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o telescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação. 
Em «César e Cleópatra» de Shaw, quando se fala da biblioteca de Alexandria, diz-se que ela é a memória da humanidade. O livro é isso e também algo mais: a imaginação. Pois o que é o nosso passado senão uma série de sonhos? Que diferença pode haver entre recordar sonhos e recordar o passado? Tal é a função que o livro realiza. 
(...) Se lemos um livro antigo, é como se lêssemos todo o tempo que transcorreu até nós desde o dia em que ele foi escrito. Por isso convém manter o culto do livro. O livro pode estar cheio de coisas erradas, podemos não estar de acordo com as opiniões do autor, mas mesmo assim conserva alguma coisa de sagrado, algo de divino, não para ser objecto de respeito supersticioso, mas para que o abordemos com o desejo de encontrar felicidade, de encontrar sabedoria. 

Jorge Luís Borges, in 'Ensaio: O Livro' 
Argentina 
24 Ago 1899 // 14 Jul 1986 
Escritor/Poeta/Ensaísta

29 de setembro de 2016

Vírgula, acento e ponto



Escrevo. Ponto.
Porque necessito.
Porque sou esquisito.
Porque sou à toa!
Ou será por ser ateu, eu?
Escrevo...
Apenas por necessidade.
Sim, um pouco por vaidade.
Ah, escrevo. Ponto. E conto.

As letras misturam-se em minha mente demente.
Escrevo para organizá-las em pensamentos inteligíveis.
Ao expeli-las, as letras, desenlouqueço. Um pouco menos, ao menos.
Escrevo... É o que mal sei fazer. E que mal pode-me fazer?
Escrevo. Vírgula, acento e ponto. Pronto.

6 de fevereiro de 2016

A origem etimológica da palavra Carnaval

A origem etimológica  da palavra Carnaval

A palavra incontornável da semana, “carnaval”, tem a ver com carne? Claro que tem, mas as aparências enganam.
Em vez da carne humana que desfila pelas ruas em plena folia, desinibida e seminua, estamos falando da carne de animais – literalmente – comestíveis. E em vez de licença e permissividade, a palavra em sua origem traduzia o oposto: interdição, veto.
Interdição? Veto? Pois é: às vezes a história das palavras lembra o “Samba do crioulo doido” de Stanislaw Ponte Preta, mas no fim tudo se explica.
Ou quase tudo.
A palavra foi importada no século XVI do italiano carnevale, derivada, segundo a maioria dos filólogos, da expressão latina carnem levare, que significa suspender a carne, dar adeus a ela, afastar-se dela.
“Carnaval” referia-se inicialmente apenas à Terça-Feira Gorda, véspera da Quarta de Cinzas, quando começa a Quaresma, que uma tradição católica (um tanto esquecida hoje) mandava consagrar inteiramente ao jejum – a hora, portanto, de suspender o consumo de carne.
Sim, é óbvio que, por trás da aparente severidade, a ideia de excesso já acompanhava a palavra em seu nascimento: nas últimas horas antes da interdição da carne, abusava-se de seu consumo.
De toda forma, a etimologia de carnaval não é de todo pacífica. Entre outras teses, já gozou de prestígio popular a de que a palavra viria de carrus navalis, “carro naval”, uma espécie de precursor romano dos carros alegóricos das escolas de samba.
Seria uma origem divertida, mas não conheço nenhum filólogo sério lhe dê crédito hoje.
Sérgio Rodrigues 

Viram seus devassos?! Nada a ver com sexo, devassidão, luxúria e orgia...

13 de abril de 2015

Eduardo Galeano, "as veias abertas da América Latina" choram por ti

EDUARDO GALEANO (1940-2015)
Escritor e jornalista uruguaio morre aos 74 anos em Montevidéo. Sexta passada havia se internado em um hospital por complicações de um câncer pulmonar. Escreveu mais de quarenta livros, traduzidos em diversos idiomas.


.
Morreu um grande. Um homem que marcou uma geração. Um homem que, comungando-se ou não com seu pensamento, foi íntegro por inteiro. Lutou pela justiça, pela igualdade e pela paz entre os homens.
Eduardo Galeano, "as veias abertas da América Latina” choram por ti...
Sua amada América te pranteia.
Descanse em paz, grande alma. Grande homem.

7 de janeiro de 2015

A razão... A razão perdeu a razão. Foi violentada pela estupidez

A razão... A razão perdeu a razão. Foi violentada pela estupidez.

O mundo está louco, o mundo e todo mundo.
Voltamos à barbárie...
À violência estúpida da desesperança.
Dos néscios fanáticos que fazem do fanatismo religioso e ideológico, refúgios de sua obtusidade mental.
E estamos mais próximos que nunca em nossa desunião. A internet aproxima a barbárie e a inocula como vírus letal em mentes dementes, que querem certezas para viver. E as encontram na mentira do fanatismo, do ódio ao diferente, mormente se este for mais inteligente. A "igualdade" da estupidez, da ignorância, da burrice, grassa por toda parte.
Onde estão os "iluministas"? Onde estás Denis Diderot? Por onde andas d'Alembert? E tu, Rousseau? Voltaire, precisamos de ti mais que nunca... volta!
A razão... A razão perdeu a razão. Foi violentada pela estupidez.

P.S: Este texto foi escrito e publicado em 06/05/2014. Hoje ( 07/01/2015 ), um atentado praticado por fanáticos religiosos, tirou a vida de 12 pessoas que encontravam-se na redação da revista satírica francesa "Charlie Hebdo", supostamente como vingança pelo fato da revista publicar charges satirizando o profeta Maomé.
O obscurantismo ataca na terra do Iluminismo. Na verdade o que todo fanático procura, religioso ou político, é matar a liberdade. Não podemos deixar que vençam.

6 de outubro de 2014

Ler um bom livro é a maior das viagens que um ser humano pode fazer

Ler um bom livro é a maior das viagens que um ser humano pode fazer
Existem várias maneiras de ver o mundo, todas interessantes. Mas a melhor maneira de conhecer o mundo é ler. Ler um bom livro é a maior das viagens que um ser humano pode fazer.
Quem não leu Dom Quixote nunca viajou na infinita grandeza do espírito humano. Obrigado, Miguel de Cervantes, por ter me proporcionado a maior e mais bela viagem que já fiz na vida.


Dom Quixote de La Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano) é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616). O título e ortografia originais eram El ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha, com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615. A coroa espanhola patrocinou uma edição revisada em quatro volumes a cargo de Joaquín Ibarra. Iniciada em 1777 concluiu-se em 1780 com tiragem inicial de 1600 exemplares. Wikipédia

13 de setembro de 2014

A mais absoluta incerteza

A mais absoluta incerteza
Certeza, com certeza mesmo,
só duas tenho: que vou morrer;
e que o mundo é incerto...
De resto,
tenho a mais absoluta incerteza,
 que de nada tenho absoluta certeza,
só profícuas incertezas,
que nos levam à frente,
à procura do saber,
que é a maior ventura da humanidade!

5 de agosto de 2014

Fanatismos unidos em ignorância, estupidez e sangue

Fanatismos unidos em ignorância, estupidez e sangue


Significado de Fanatismo

s.m. Sentimento de cuidado excessivo que pode levar a intolerância religiosa: fanatismo religioso.
P.ext. Excesso de admiração (cega e veemente) demonstrada por algo ou por alguém (sistema, doutrina, partido político, religião, ídolos etc.)
(Etm. do francês: fanatisme)

Milhões foram assassinados! Milhões ainda serão assassinados! Tudo em nome de razões irracionais, permeadas de fanatismos- tanto os religiosos, quanto os políticos. Ou ambos, unidos em ignorância, estupidez e sangue...

18 de julho de 2014

Viva o grande João Ubaldo Ribeiro!

Viva o grande João Ubaldo Ribeiro!
E hoje o Brasil perdeu o grande romancista João Ubaldo Ribeiro, autor de algumas obras-primas do romance brasileiro, como Sargento Getúlio, O Sorriso do Lagarto e o grandioso Viva o Povo Brasileiro. Povo que com sua partida, João, despede-se de ti, dizendo saudoso: Viva o grande João Ubaldo Ribeiro!
Descanse em paz.

6 de maio de 2014

Vão "reescrever" a obra de Machado de Assis, que suicidou-se no túmulo ao saber da péssima nova


 No mundo de hoje até o que era certo ficou incerto, a Revolução das Antas vai dominando o mundo.
Agora me apareceu uma "professora" afirmando que vai reescrever a obra de Machado de Assis. Segundo ela para "facilitar" a leitura para os jovens de hoje.
Se ela fosse inglesa e resolvesse "reescrever" a obra de Shakespeare, muito provavelmente seria fuzilada. No mínimo passaria o resto de seus dias em um hospício. Aqui, além de dar uma estúpida machadada na obra de nosso maior romancista, ainda o fará com dinheiro público, através da Lei Rouanet.
Vontade de morrer. Aliás, já soube que  Machado suicidou-se em seu túmulo ao saber da péssima nova.


A sandice está na  Folha de São Paulo

17 de abril de 2014

A Gabriel García Márquez ( E foi naquele dia... )

Carybé
Foi por volta de 1970. Quatorze anos tinha eu. Sentado na porta da igreja de São José do Calçado. Eu, que já era solidão, fui conhecer Macondo. Cem Anos de Solidão. A obra-prima de Gabriel García Márquez. O gênio da literatura que hoje ( 17/04/2014 ) nos deixou. Foi encontrar a solidão eterna.
Chovia em Macondo. Chovia em Calçado quando conheci o coronel Aureliano Buendía. E foi naquele dia... “Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo”.

5 de abril de 2014

2 de abril de 2014

Temos uma vida e morte várias

Temos uma vida e morte várias
Temos uma vida e morte várias. Passamos a vida morrendo: de ódio, de amor, de raiva  de preguiça de dor, de alegria, de cansaço, de saudade...
Morre-se de tudo um pouco todo dia. Até de felicidade, morremos. Mas um dia a verdadeira morte chega e nos leva... E não morremos mais. De nada.

2 de março de 2014

A menina que roubava livros e distribuia sonhos

Liesel e Max, a menina e o judeu

Ontem fui ver o filme "A menina que roubava livros", baseado na obra de Markus Zusak e dirigido por Brian Percival. Um belo filme passado durante o regime nazista na Alemanha.
O filme é narrado pela morte, que, no fim, é ao que nos leva os totalirismos. Hitler e Stálin eram irmãos gêmeos. Em nome de suas verdades ideológicas, que no fundo são também religiosas, mataram milhões.
No filme um casal adota uma menina, filha de mãe comunista, e esconde um judeu, ambos perseguidos pelos nazistas.
A "banalidade do mal", como magistralmente definiu Hannah Arendt, está presente no dia a dia da rua Paraíso, onde se desenrola a trama, em que famílias normais, com pais e mães amorosos, se transformam em "monstros" ao seguir o totalitarismo nazista, que faz do "outro", qualquer outro, o inimigo não a ser vencido, mas a ser exterminado.
No fim, salvam-se a menina e o rapaz judeu. Uma ode à esperança e à liberdade, que sobreviveram em um porão de uma humilde casa alemã. Liberdade de ler, "livros roubados", como fazia a Liesel, e através das palavras, as mesmas que os nazistas usavam para matar, manter viva a chama de nossa humanidade. São poucos os que dizem "não, não me submeterei!". Mas estes são os essencias. São eles que mantém acesa a chama da liberdade.