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26 de janeiro de 2013

O ano nem bem começou e já sou vitíma de uma terrível injustiça feminina

Loira linda- Interrogações

Ano novo, injustiça velha. Estava aqui a vagar placidamente pela Internet quando me deparo com a foto daquela recatada e tímida mocinha- tão acanhada que chega a tapar seu rosto- que enfeita estas linhas. Interessei-me vivamente pelo anel que ela carrega em um dos dedos de sua mão direita. Olhava o anel atento e enlevado pensando na alegria de minha doce e pacata amada se lhe der um igual no dia de seu aniversário, que é em janeiro- eu sei que está  um pouco longe, mas como só tenho olhos, bolsos e pênis para minha paixão, passo o ano escolhendo presentes para agradá-la-, quando percebo Toy, meu fiel companheiro, partir em desabalada carreira rumo à sala arrastando sua caminha. Foi minha salvação: abaixe-me e senti o ferro de passar roupas passar triscando por minha orelha esquerda, depois mais uns objetos voadores que não consegui identificar se espatifaram na parede. Consegui me exilar no banheiro.  Lá fora continuavam os impropérios injustos de sempre: Safado!!! Galinha!!! Vagabundo!!! Indecente!!!...e outros menos nobres e desaconselháveis para dizer aqui.
Agora estou exilado na sala de meu próprio lar, conjuntamente com Toy, que não para de tremer.
Vejam vocês o tamanha da injustiça de que estou sendo vítima:  por querer agradar minha delicada e calma amada quase fui assassinado e expulso de meu próprio quarto. Ela adora anéis e queria comprar um igual ao que enlaça o dedo da moça. Exclusivamente por este nobre motivo estava vendo a maldita foto.
Mas eu a perdoo, meu amor  é tão grande que sublima tudo, até a mais injusta das injustiças.
Estou aqui me ajeitando no sofá e o Toy me olhando com aquele cínico olhar canino, como se estivesse rindo de minha triste desventura.
Minha salvação é que está ameaçando dar umas trovoadas, se der estou salvo, minha paixão morre de medo de trovões e só se sente segura quando está aninhada em meus braços. Me ajuda, São Pedro, por favor...

17 de janeiro de 2013

Sem ser teu dono

serei forte
sem ser
rude

serei delicado
sem ser
frágil

serei dedicado
sem ser
subserviente

serei fogo
sem te
queimar

serei teu
homem
sem ser
teu dono

e serás
sempre
minha
rosa
rubra
de paixão
Rosa da paixão
                                                                                                                                         

16 de janeiro de 2013

A Paixão

Paixão
A paixão
Nos devora
Apavora
Vai embora
Volta
Encosta
Enlaça
Entrelaça
Despedaça
Arregala
O coração
Arregaça
A alma

Não é calma
A paixão...

13 de janeiro de 2013

A flor dos amantes

Linda flor
           

A flor bela e vermelha
É paixão ensandecida
Que por breve que seja
Dura o suficiente para ser eterna
N'alma dos amantes

Torna-se imortal
Inda que morra
Pétalas frias esparramadas
Pelo gélido chão 

                                                                 

4 de janeiro de 2013

Dor não à toa rima com amor

Ah...vida!
Tão curta
Para tanta paixão
Que me faz perder o senso

É felicidade e sofrimento
E vice-versa
Ou versar um pobre verso
Para aplacar a dor
Do tamanho do universo

Dor não à toa rima com amor.


                                                                                   

2 de janeiro de 2013

Uma mãe como todas as outras


Uma mãe como todas as outras
Silvia Britto


Era miúda, magra, mestiça e caminhava como se o peso de 30 anos fossem um fardo gigante a ser carregado sobre os ombros.
Andava qual inseto, sem ser notada. Mas era assim que queria. De brilho, só os olhos tristes.
Mão solteira de filho único.O pai da criança, já abandonada no ventre infantil, depois de tirar-lhe a pureza e os sonhos, sumiu morro abaixo, negro do mundo. 
A família rejeitou-a. Culpava-lhe por ter acreditado no amor. Deveria, aos quatorze anos de idade, já conhecer as mazelas da vida. 
Pagou por crer na felicidade, por amar e por ser capaz de entregar-se à paixão.
De seu, apenas o filho, Percy(valdo), adolescente de lá seus 16 anos a quem criara com um trabalho duro.
Um trabalho que se encarregou de roubar-lhe os últimos traços do que restou de sua mocidade.
Dedicara-se a esse filho como se dependesse dele a sua razão de viver. 
Deu escola, meiguice e alimento para o corpo e para a alma. O filho era seu mundo.
Um dia, Percy aparece em casa com um amigo, de idade parecida, a quem pretendia ajudar com a Matemática.
Ficou tarde. O amigo poderia pernoitar até que o dia lhe desse segurança para voltar a sua casa?
Claro. Ela sabia dos perigos da noite escura.
Pelos meados da madrugada, pareceu-lhe escutar gemidos familiares vindos do quarto do filho. 
Pareceu-lhe  por um momento voltar no tempo, ao tempo em que ainda havia pureza em seu coração.
Pela fresta da porta, viu o filho a gemer de prazer enquanto recebia carinhos ousados do amigo.
Reagiu correndo a esconder-se embaixo das cobertas usadas, na cama doada pela patroa.
E chorou. Como há muito não chorava. 
Teve medo pelo preconceito que aguardava o filho. O mesmo que a desamparara anos atrás.
Chorou até ficar vazia, oca de sentimentos. Colocara-os todos para fora. Era hora de rearrumá-los.
O dia raiou, o amigo se foi, e com Percy, ela só ficou.
Olhou bem fundo nos olhos do filho e perguntou-lhe: "Você está feliz?"
Ele acabrunhou-se, abaixou os olhos antes de fitar os da mãe com toda coragem que possuía e respondeu entre corajoso e inocente: "Muito".
Ela o que ela queria ouvir. E sorriu, riu, gargalhou como há muito também não fazia. Estava finalmente liberta.
O titubeio tímido do filho mostrou-lhe que nem tudo estava perdido. Havia esperança. Dessa vez seria diferente. 
Ele teria a chance que dela fora roubada, de seguir acreditando, de tentar ser feliz.
E orgulhou-se de si mesma. Não falhara. Enfim libertara-se do peso da culpa da paixão.
O filho e ela estavam livres para lutar juntos contra o preconceito dos que invejam os que ousam sonhar...

                                                                       

16 de dezembro de 2012

"Nem me fale do Botafogo, meu amigo, não quero mais saber desse time safado!"

Pego o táxi. No painel um escudo do Botafogo. Cumprimento o motorista, peço para me levar à rodoviária de Niterói, e digo: "Sofredor que nem eu?"
Resposta: "Nem me fale do Botafogo, meu amigo, não quero mais saber desse time safado!"
E desandou a falar do Botafogo por todo o trajeto. Eu quieto. Ao chegarmos, pago e antes de descer, digo: "Rapaz, ainda bem que que você não quer mais saber do Botafogo, se quisesse ninguém ia te suportar."
Ele me olha, abre um largo sorriso e diz: "Paixão desgraçada, minha mulher diz a mesma coisa."
Saio e fico pensando nos homens e suas paixões...Ah, Botafogo! Paixão desgraçada...Gloriosa e sofrida paixão. Estrela tatuada no coração.

                                                                                    

1 de dezembro de 2012

O excesso é minha pele

Ah... A saudade
Que rasga-me o peito
E umedece-me os olhos
É a mesma que me dá vida

O excesso de sal eleva minha pressão
O excesso de saudade enleva meu coração

Tenho alma tatuada de saudade
De vida desvairada
Paixão ilimitada

Eu nunca fui pouco amor
Pouca paixão pouca dor

O excesso é minha pele
A saudade sua herança.


                                                                           

28 de novembro de 2012

Amar Rearrumar Reamar

Amar
Rearrumar
O coração
Mal cuidado
De desvairada paixão

Amar
Reamar
Alegrar
O coração
Enlevado
De paixão nova

Amar
Rearrumar
Reamar

Sofrer o que se foi
Agarrar o que chegou

Amar Rearrumar Reamar


                                                                      

27 de novembro de 2012

Querido Zé


Querido Zé,

Venho por meio desta, escancarar a minha profunda paixão pelo seu blog. Carái! Vai escrever bem assim lá em casa, ou melhor, aqui em casa. Emociono-me com seus comentários e impressões de vida. Chorei, ri e arrepiei-me em iguais proporções. Mentira... Ri mais do que qualquer coisa. Porém, de felicidade por encontrar alguém tão maluco quanto eu, tá ligado? 
Seus textos são de uma “belezice” simples e apaixonante. Obviamente, alguns deles merecem revisões mais trabalhosas, como os que falam do seu, do nosso, ao que me parece, maior problema: a paixão sequelada pelo Glorioso.
Mas o que se há de fazer? Ninguém é perfeito e temos que aceitar as vicissitudes da vida com fé e tentar melhorar ao longo da nossa estrada. Vicissitudes. Nem sei se apliquei bem essa linda palavra. Mas que ficou bonito ficou... Diga aê! 
Para finalizar, novamente, com minha habitual redundância e teimosia de palavras que parecem nunca querer calar-se, gostaria de ressaltar que você acaba de ser incluído em minha lista de supimpas. Fechando este já anunciado último parágrafo, tenho apenas mais duas pequenas coisas a acrescentar quanto às minhas ponderações: PQP e parabéns!
Silvia Britto


                                                                

29 de outubro de 2012

Pronomes Apaixonados

Eu, beija-flor.
Tu, a flor.
Ele, não.
Nós, amor.
Vós, paixão.
Eles, não.

                                                                                  

23 de outubro de 2012

E quando perco-me

E quando perco-me
Em devaneios tristes
De horas amorfas
Lembro-te-me...
Rediviva Paixão.

                                                                        

Que eu fique à paixão atento

eu desatento
colhi desalento
mas eis que o vento
trouxe-te até mim

Que eu fique à paixão atento

Que viva o vento!

                                                                     

                                                                                   


21 de outubro de 2012

Misture tudo com paixão

pegue uma flor
acrescente um amor
alguma saudade
um tanto de dor
misture tudo com paixão
e terás um poema.

                                                                                     

17 de outubro de 2012

Angústia de esperar-te

angústia de esperar-te
mesmo sabendo que vens
trazendo consigo
a paixão que me alucina
completa e arde.

                                                                

Para você


Para você. 
Silvia Britto

Nunca fui mulher de não saber o que dizer.
...
Mas são tantos sentimentos e emoções novos...
Perco-me nas letras.
Você não chegou;
Sempre esteve em minha vida.
Quando chorava triste, pensando estar só, era seu braço que me acalentava.
O coração apertado, sem aparente motivo, era saudade de você.
Você já habita minha vida há muito tempo, só que em segredo.
Quieto, sem estardalhaço, chegou-me como um fogo que sossega a alma.
Entreguei-me sem resistir... Como não fazê-lo?
Você sabe chegar e sair na hora certa.
E por isso mesmo, não quero que saia.
Trata-me com a liberdade de um posseiro ciumento.
Não entendeu? Nem eu! Nem quero...
Sinto-me como o pior dos vícios quando me abraça.
Entrego-me a esse abraço desassossegado sentindo-me a mais rara das drogas.
Ou joias... Sei lá...
Apaixono-me novamente a cada beijo, a cada cheiro, a cada frenesi de gozo.
Não quero saber mais aonde isso me levará.
A mim basta o presente, pois sei que no meu amanhã, você estará.
Não preciso mais procurar. Achei. 
Acho que certeza é isso: quando o coração para de buscar.
Minha paixão não precisa mais marcar compromisso.
Exagero?
É... Talvez seja...
Desapegar, destemperar, perder o controle, necessitar, não ter propósito...
Viu quantos verbos novos tive que aprender a conjugar?
Talvez por isso não tenha palavras...
Ou tenho? Nem sei!
Essa mensagem é para você.
Se não entendê-la, é só me chamar que a recitarei no seu ouvido.
Um beijo, vida.
Assinado: seu amor.

                                                                      

15 de outubro de 2012

Ausência de ti

Você veio
E foi-se...
Levando-me
Deixando aqui
Ausência de ti
No pedaço de mim
Que ficou. Só.


                                                                 

11 de outubro de 2012

Para minha eterna amante

Ah...a preguiça
Minha amante voltou
E de meu ser se apossou
Entrego-me com prazer
Aos seus desejos
De nada fazer

O que fazer?
Apenas satisfazer sua volúpia
De fazer...nada
Só espreguiçar e cochilar
Esperando minha amada se saciar
E depois me abandonar
E retornar coruscante
No eterno ir e vir de nossa preguiçosa paixão.

                                                                     


9 de outubro de 2012

A Chama Queima

viestes assim como quem tudo quer
um vendaval que inrrompeu em minha vida
penetrou meu coração e corrompeu minh'alma
que, achava-me, estava blindada em solidão tranquila
veio-me em sua morenice sensual e faceira trazer-me a paz intranquila
do desejo exacerbado refletido no azul de teus olhos

veio, viu, sentiu-me, envenenou-me de prazer e ficou
a chama queima...
ardemos irresolúveis na cama
o lençol embebido em cheiros de sexo
tremes  de desejo sob meu corpo
os olhos azuis derramam o excesso de gozo
lágrimas de prazer escorrem por teu rosto
explodo-me em ti
o mundo acabou...

http://www.artelista.com/obra/9284354629754775-elorigendelmundo.html
                                              

5 de outubro de 2012

Paz no Inferno


 Paz no Inferno
Silvia Britto

Meu coração finalmente encontrou a paz.
Não a paz dos contos de fadas que essa, além de não existir, é muito chata e monótona.
Quem quer saber de príncipes encantados engomadinhos, cavalos brancos, castelos encantados, que devem dar um trabalho enorme para limpar, e felicidade para sempre?
Felicidade demais cansa! De nada valeria se não fosse entremeada de tristezas e decepções para que pudéssemos valorizá-la.
Falo da paz do mundo real. Dos que ousam sonhar acordados.
Aquela paz que perturba, nos deixa inseguros, faz nosso coração bater desacelerado e nos faz tanto bem.
Não há nada que me traga mais paz do que acordar e ficar ansiosa, pensando se estarei sendo correspondida nas minhas loucuras.
Nada mais tranquilo do que os momentos que se seguem após o amor selvagem e sôfrego.
A paz do mundo real nos tira da acomodação e da mesmice.
Descobrimos que aquele papo de "não sou ciumento", "quero ser independente", "não gosto de andar na chuva", é tudo balela.
Papo de raposa sem acesso às uvas.
Bom mesmo é morrer de ciúmes. Ser posse e proteção.
Acabar-se de rir e chorar, tal qual sol e chuva.
E foi isso que eu encontrei. 
Graças à meninice da minha alma curiosa e ousada, e à cretinice dos amores bandidos.
Finalmente estou em paz no inferno da vida.
Amo você, meu contrabandista de gozos, cafetão da minha alma, boêmio da vida!
Obrigada por trazer paz e dasassossego à minha estrada, que agora é sua também.
Dê-me sua mão. 
Vamos caminhar.