Mostrando postagens com marcador poemas de Zatonio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poemas de Zatonio. Mostrar todas as postagens

17 de janeiro de 2017

Eu, Solidão

Andei. E não encontrei. Parei. Sentei. E fiquei olhando uma pequena formiga que carregava uma folha que deveria ter umas cem vezes o seu peso.
Eu não carrego peso nenhum. Só o de minha Solidão. Que é leve. Sempre foi excelente companheira. Solidária. Amiga. Presente, sempre. Onde vou ela me acompanha. Silenciosa. Sábia. Por vezes, irônica. Ri de minhas aventuras e desventuras. É alegre, a minha Solidão.
Quando estou só e triste, é ela quem me consola. Quieta comigo. Me afaga. Como que me protegendo das dores do mundo.
E assim vivemos em comunhão... Eu, Solidão.
Zatonio Lahud


 Eu, Solidão

14 de outubro de 2016

Perdão Rio Calçado

O rio da minha infância
O rio do meu coração
O rio onde aprendi a nadar
O rio que aprendi a amar
Está morrendo...

Não corre mais
Para lugar algum
Apenas rasteja

Humilhado e destruído
Pela ganância dos homens
Pela usura desenfreada

Não é mais um rio
O rio de minha infância
O Rio Calçado
É hoje
Apenas um fio
Do orgulhoso rio
Que corria imponente
Montanhas abaixo

Hoje eu chorei
Chorei por ti
Meu rio querido
Que está sendo assassinado
Sob impiedosa tortura
Pela estupidez nossa de cada dia

Perdão rio da minha infância
Perdão rio do meu coração
Perdão meu rio querido

E não os perdoe
Meu rio
Em busca do lucro
Eles sabem o que fazem
Ao assassina-lo lenta e cruelmente




9 de outubro de 2016

São José do Calçado (ES): em uma foto e um poema

A bela foto foto é obra de meu amigo Saint-Clair Mello e retrata a igreja matriz de São José do Calçado (ES), a cidade onde eu nasci, ao fundo a bela Pedra do Jaspe.
Obrigado pela bela foto meu amigo.
Abaixo um poema em homenagem à minha terra que obrei.

Às Montanhas de Calçado 
Zatonio Lahud

Saudade das montanhas de minha terra
De ver a lua nascer por detrás do Pontão
O sol a brilhar na Pedra do Jaspe
Em cada ladeira uma lembrança
De cada amigo um aperto no coração
Dos banhos de rio no poço do Chicão
Das tardes vadias no Bar do Crissaf
Das 'verdadeiras' mentiras do Lineu
Das animadas tardes de domingo
Futebol no campo do Americano
À noite a paquera na praça
Moças andando para um lado
Rapazes para o outro
E os olhares se encontravam

Mais tarde
Baile no Montanha Clube
E os olhares uniam-se
Na pista de dança

No bar, a farra comia solta
Eu, Juquita, Adézio e Pedro Mello
Ronaldo Oreiudo, Calinha e Jilozinho
Carlim Caçapa, Zé Augusto, Orlando Gostoso 
Saragaia, Ferrugem e Totó
E chega o Nem com seu pandeiro
Trazendo a tiracolo o Lineu
“Se ele não pagar nem eu!”
Dizemos todos
Às gargalhadas
E fazemos um brinde
Que sem o sabermos 
Era uma homenagem
À eternidade da amizade
À felicidade de ter tantos
Bons e queridos amigos

Um brinde!
Este agora sei:
Às montanhas de Calçado
Terra querida
Entalhadas para todo o sempre
Em meu coração. 

São José do Calçado (ES) Foto: Saint-Clair Mello


26 de setembro de 2016

De presente só o presente

Depressão é excesso de passado no coração,
saudade intermitente...
Ansiedade é excesso de futuro,
antecipação do porvir...
Que o "espírito do Universo",
neste poema em súplica,
me presenteie apenas com o presente.
Aqui, agora... vida!
Sem os tormentos que já passaram,
e sem sofrer pelos que ainda não vivi...

Depressão é excesso de passado no presente... Ansiedade é excesso de futuro, antecipação do porvir... Que o "espírito do Universo", neste poema em súplica, me presenteie apenas com o presente. Aqui, agora... vida!  Sem os tormentos que já passaram, e sem sofrer pelos que ainda não vivi...

29 de abril de 2016

O poder do prazer de ter poder

E o futuro do Brasil?
Que futuro?
Não, enche!
O futuro fica no futuro.
Queremos o poder agora, hoje.
Poder até não mais poder.
Esse é o futuro...
Mandar na Nação!
Esqueçam a revolução.
O poder do prazer de ter poder!
Eis a meta!
O resto é ilusão.
Ou desilusão...
O futuro é hoje...poder.

28 de abril de 2016

O Poema

Junte umas palavras,
adornadas por acentos,
vírgulas,
pontos,
reticências...
Depois misture tudo com amor,
um pouco de talento,
muito sentimento,
e pronto está,
o poema. 

Preciso de teu corpo

Poema de Zatonio Lahud- Preciso de teu corpo

Um dia estava sentado em um café de um shopping lendo um livro de poesias de Fernando Pessoa.
Um jovem, na mesa ao lado, com ar de desdém, me pergunta: "Para que serve a poesia?"
Devolvi a pergunta: "Pra que serve respirar?"
-Pra não morrer, ora!-respondeu ele
- A poesia também....- disse-lhe

6 de agosto de 2015

Poema da Solidão- Zatonio Lahud

Poema da Solidão- Zatonio Lahud
O poema é meu.A arte é de Vaineveridiana Machado, também um obra de arte: um belíssimo trabalho da mãe natureza, que juntou em uma só mulher inteligência, beleza, sensualidade...