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4 de agosto de 2023
6 de junho de 2021
dos arrependimentos meus
dos arrependimentos meus
os mais doloridos
são sobre
as generosidades que não cometi
os abraços que soneguei
as risadas que engoli em seco
os beijos que errei
as saudades que me faltam
os bons amigos que não fiz
27 de maio de 2021
Pensamentos do Barão: Saudade do tempo em que capitão só mandava de tenente pra baixo
Pensamentos do Barão
Saudade do tempo em que capitão só mandava de tenente pra baixo...
27 de janeiro de 2021
Quando eu morrer- Maria do Rosário Pedreira
Quando eu morrer
Maria do Rosário Pedreira
Quando eu morrer, não digas a ninguém que foi por ti.
Cobre o meu corpo frio com um desses lençóis
que alagámos de beijos quando eram outras horas
nos relógios do mundo e não havia ainda quem soubesse
de nós; e leva-o depois para junto do mar, onde possa
ser apenas mais um poema - como esses que eu escrevia
assim que a madrugada se encostava aos vidros e eu
tinha medo de me deitar só com a tua sombra. Deixa
que nos meus braços pousem então as aves (que, como eu,
trazem entre as penas a saudades de um verão carregado
de paixões). E planta à minha volta uma fiada de rosas
brancas que chamem pelas abelhas, e um cordão de árvores
que perfurem a noite - porque a morte deve ser clara
como o sal na bainha das ondas, e a cegueira sempre
me assustou (e eu já ceguei de amor, mas não contes
a ninguém que foi por ti). Quando eu morrer, deixa-me
a ver o mar do alto de um rochedo e não chores, nem
toques com os teus lábios a minha boca fria. E promete-me
que rasgas os meus versos em pedaços tão pequenos
como pequenos foram sempre os meus ódios; e que depois
os lanças na solidão de um arquipélago e partes sem olhar
para trás nenhuma vez: se alguém os vir de longe brilhando
na poeira, cuidará que são flores que o vento despiu, estrelas
que se escaparam das trevas, pingos de luz, lágrimas de sol,
ou penas de um anjo que perdeu as asas por amor.
Maria do Rosário Pedreira (1959) é editora e escritora. Desempenha actualmente funções no grupo Leya, depois de ter passado pela editora QuidNovi, pela Temas & Debates e pela Gradiva.
7 de dezembro de 2020
17 de outubro de 2020
Tudo muda
Tudo muda...
A mulher muda
Muda...
O pássaro na muda
Muda...
O homem que
Muda de roupa
Muda...
Só não muda
A saudade
Que sinto de ti
Que fica
À paixão
Muda...
💔
5 de outubro de 2020
Entre vida e morte
Há vida!
Ainda...
Há morte!
Pra sempre...
Há saudades!
Muitas...
Entre vida e morte,
Somos acúmulos de saudosas perdas...
😢💔😓
25 de maio de 2020
18 de fevereiro de 2020
18 de dezembro de 2019
Roberto: um general de 22 estrelas, 2 luas e um satélite russo
Roberto era mecânico de automóvel, baiano, alto, magro, voz grave, sorriso farto e boêmio dos bons!
Depois que bebia umas Roberto se transformava num general com a modesta patente de 22 estrelas, 2 luas e um satélite...russo!!! Como gostava de frisar em alto e bom som. Doce figura, o General, como passou a ser chamado por todos.
Fez logo amizade comigo, meu irmão e chamava meus pais de "Papai Tonicão" e "Mamãe Carmem". Á época, lá pelo final dos anos 70 do século passado, Niterói era uma cidade tranquila, onde quase todos se conheciam.
Um dia nosso General abre uma conta bancária no antigo Banerj. O gerente, conhecido nosso, cai na besteira de dar um talão de cheques ao General. Foi uma festa nos botequins do Ingá, São Domingos e adjacências! Com sua gloriosa patente, General Roberto saiu distribuindo cheques em todos os botecos da área. Quando os cheques acabaram, volta nosso General todo imponente à agência para pegar outro talão. O gerente- de molecagem- ameaça mandar prendê-lo pois havia distribuído um monte de cheques voadores na praça. Nosso General não sabia que tinha que ter dinheiro no banco para passar os cheques, achava que podia pagar depois.
Foi um confusão daquelas! General protestou veementemente: -"Quem vai ter a ousadia de prender um General de 22 estrelas, 2 luas e um satélite...russo!!!- disparou em alto e bom som dentro da agência bancária. "Eu não sabia que tinha de ter dinheiro pra dar os cheques, quero telefonar pro meu papai Tonicão (meu pai) que ele manda pagar logo essa mixaria!"- terminou seu protesto nosso militar de altíssima patente.
O gerente, sabedor que meu pai adorava "seu filho militar", liga e meu pai o tranquiliza dizendo que cobriria o pequeno rombo do General, mas o proibindo de lhe dar outro talão.
General, altivo como sempre, vira-se para o gerente e diz: "Viu, bobão, quem tem pai rico não morre pagão!" E retirou-se, orgulhoso e com sua patente imaculada.
Um dia o General muda-se para Manaus. Passados uns dois anos seu irmão de sangue nos telefonou avisando de seu falecimento.
9 de outubro de 2019
3 de setembro de 2019
7 de junho de 2019
7 de maio de 2019
6 de maio de 2019
29 de agosto de 2018
Eu não sabia que solidão de filho doía tanto
Fui duas vezes ao quarto falar com ele.
Vazio...
Uma sensação de vazio...
Terei, bem sei, de me acostumar com a ausência de meu filho.
Eu sei...
Mas dói, a falta.
Sim, nos falamos todo dia ao telefone ou no Facebook.
E daí?
Ele não está aqui resmungando por causa de meu cigarro.
Emburrado com uma derrota de seu Fluminense- traição que só pai perdoa.
Toy, seu irmão que late, todo dia vai ao quarto do Léo sentir sua ausência.
E me olha, como se perguntasse: "Cadê meu irmãozinho?"
Eu não sabia que solidão de filho doía tanto... tanto... tanto...
PS: Publiquei este texto em 12/'11/2012, quando meu filho foi morar em Brasília. Em 2015 fui pra lá e voltamos a morar juntos. Hoje (29/08/2018), ele está indo para Berna, Suíça, onde vai ficar um ano fazendo mestrado. O Toy, o irmão que latia, morreu em 2103. Ah, e parei de fumar também em 2013.
Dizem que a gente cria os filhos para o mundo. Eu não, criei para mim, o mundo que o levou... Seja feliz em sua nova jornada, meu filho querido.
Vazio...
Uma sensação de vazio...
Terei, bem sei, de me acostumar com a ausência de meu filho.
Eu sei...
Mas dói, a falta.
Sim, nos falamos todo dia ao telefone ou no Facebook.
E daí?
Ele não está aqui resmungando por causa de meu cigarro.
Emburrado com uma derrota de seu Fluminense- traição que só pai perdoa.
Toy, seu irmão que late, todo dia vai ao quarto do Léo sentir sua ausência.
E me olha, como se perguntasse: "Cadê meu irmãozinho?"
Eu não sabia que solidão de filho doía tanto... tanto... tanto...
PS: Publiquei este texto em 12/'11/2012, quando meu filho foi morar em Brasília. Em 2015 fui pra lá e voltamos a morar juntos. Hoje (29/08/2018), ele está indo para Berna, Suíça, onde vai ficar um ano fazendo mestrado. O Toy, o irmão que latia, morreu em 2103. Ah, e parei de fumar também em 2013.
Dizem que a gente cria os filhos para o mundo. Eu não, criei para mim, o mundo que o levou... Seja feliz em sua nova jornada, meu filho querido.
27 de agosto de 2018
5 de junho de 2018
22 de maio de 2018
Nem saudade
E ao cabo,
bem ao norte,
nos espreita
a morte.
Com sorte,
será rápida
e indolor.
E virá
um beija-flor,
trazendo uma
delicada flor,
para celebrar
nossa eternidade.
Nossa morte
é tão completa,
que nada nos resta,
nem saudade...
bem ao norte,
nos espreita
a morte.
Com sorte,
será rápida
e indolor.
E virá
um beija-flor,
trazendo uma
delicada flor,
para celebrar
nossa eternidade.
Nossa morte
é tão completa,
que nada nos resta,
nem saudade...
6 de março de 2018
Saudade maior
Nada é para sempre...
Só a saudade que sinto de ti,
é eterna.
Saudade maior
que o infinito Universo,
embora caiba nestes
nostálgicos versos.
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