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26 de dezembro de 2023

Reminiscências

 Reminiscências

No dia do Natal fiquei recolhido em casa. Passei o dia com pessoas muito queridas que já faleceram mas continuam vivas em meu coração.
"Vieram" todas me abraçar. Meus pais, meus avós, a tia Simoni, além de alguns amigos muito queridos que perdi- Zeca Lizador, Tíziu, Ronaldo Oreiudo, Mascarenhas, Carioca, Flávio, Orestes e tantos outros.
Alguns meses antes de morrer, conversando sobre vida e morte com meu avô Djalma, a grande paixão da minha infância, ele me olhou, uma profunda tristeza envolvia seus olhos, e me disse:
- Meu neto, eu já posso morrer, meus amigos quase todos se foram e não tenho ninguém mais para conversar comigo.
Disse a ele que ia ao banheiro e realmente fui, mas chorar...
Todas as r

15 de maio de 2023

Os amigos de "botafoguismo" vieram

 Os amigos de "botafoguismo" vieram.


Dormi por volta da meia-noite. Logo após pegar no sono estavam comigo dois amigos muitos queridos que já se foram: Tiziu e Ronaldo Oreiudo. Além da profunda amizade, outra coisa nos une para todo o sempre: a paixão pelo Botafogo.

E passamos a noite felizes com o resgate do nosso amado Glorioso!

Depois de botar nosso "botafoguismo" em dia, nos abraçamos e eles se foram... Acordei com os olhos úmidos de felicidade por "reencontrar" meus irmãos de jornada e de camisa.



7 de janeiro de 2023

Estórias do velho Maracanã (I)

 Estórias do velho Maracanã

Todo jogo do Botafogo no Maracanã nas décadas de 70, 80 e parte de 90 do século passado, minha turma chegava no estádio primeiro que todo mundo. Íamos beber no bar do Chacrinha. Às vezes, quando subíamos pra arquibancada, a mesma já estava lotada. Ninguém queria dar lugar. O Tiziu, a felicidade em forma de gente, era o encarregado de levar a caixa de papelão cheia de copos de cerveja para molharmos a palavra durante o Jogo. Eu dizia pra ele: Tiziu, balança a a caixa! Ele dava uma sacudida e molhava todo mundo. Logo abria-se uma clareira em nosso entorno e a gente sentava.
Saudades do velho e bagunçado Maraca!
🤣😂😂🤣😂😅

7 de maio de 2020

Tiziu, o amigo que só ficou triste uma vez

Se há algo sagrado são os amigos! O prazer de estar junto deles é a única medida de valor que nos une. 

Certa feita, estava sentado só na praça do Ingá, em Niterói. Triste, muito triste estava, quando chega o Tiziu, querido amigo de ébrias jornadas, e companheiro inseparável de sofrimento na saga botafoguense de 21 anos sem título. Chegou, sentou-se ao meu lado e disse: 

- Está triste, né?

- Tô!-respondi, seco.

Acendeu um cigarro e ficou sentado ao meu lado, quieto, fumando calmamente. Passado alguns minutos, perguntei a ele: 

- Como é, não vai falar nada? Vai ficar aí sentado me olhando com essa cara de palhaço?!

- Ué, você não está triste?  Vim aqui ficar triste com você. E calou-se.

Passam-se uns minutos e, incisivo, ele diz: 

- Bem, agora chega de ficar triste! Vamos lá no papai Serafim (nosso boteco de estimação) beber um Nadir Figueiredo cheio de alegria! Traduzindo: Nadir Figueiredo é a marca do copo, alegria a "purinha", que ele tanto adorava. E fomos... Eu triste, ele em sua tristeza solidária, beber "alegria."

No meu aniversário, no dele e em qualquer vitória de nosso destrambelhado e querido Botafogo o porre era sagrado! Até que ele se foi, vítima de uma bala perdida- que, infelizmente, achou meu amigo em seu caminho insano.

Hoje, neste exato momento, vejo o Tiziu, a pele brilhando de tão pretinha (motivo do apelido), bebendo uma dose de "alegria", depois, abrindo seu vasto sorriso, me dizendo:

- Essa é por sua conta, meu irmãozinho! E as próximas também... E me abraçava, feliz! O Tiziu estava sempre feliz. Só quando, por solidariedade ao amigo, ficou triste comigo por uns minutos não o vi feliz.

Saudade, meu amigo. Você nem imagina quanta...


Meu amigo Tiziu







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5 de maio de 2019

Ser Botafogo é estar sempre entre a tragédia iminente e a glória sofrida


A noite passada sonhei com o Tiziu, amigo querido que faleceu há alguns anos vítima de uma bala perdida. Uma vez estávamos no velho Maracanã, já devidamente "fardados" (de porre), como dizia o Tiziu- que adorava um Nadir Figueiredo cheio de alegria (Nadir Figueredo era a marca do copo, a alegria era a cachaça), quando o Botafogo faz 2 x 0, não me lembro o adversário.
Depois de comemorarmos o gol Tiziu me abraça, agora em desespero, quase aos prantos, e diz: - "Agora fudeu, Zé, 2 x 0 é uma desgraça, eles vão empatar!"
Ser Botafogo é estar sempre entre o desespero da tragédia iminente e da glória sofrida. 
Saudade do meu amigo. 



7 de setembro de 2016

Eu só vim ficar triste com você


Sete de setembro é dia de seu aniversário, meu querido amigo. E todo ano sinto a sua ausência. Neste não sentirei. Sei que estará comigo vendo nosso destrambelhado e querido Botafogo sentado ao meu lado no Maracanã. Todo ano o Botafogo joga pra você em seu aniversário. E vence em meu saudoso coração. Partiste cedo demais meu alegre e doce amigo Tiziu, deixando-me uma saudade, uma falta eterna. Digo sempre que saudade é o tempo que não passa dentro da gente. Foram anos e anos compartilhando as dores e alegrias do nosso Botafogo e da vida. E assim, sem nenhum aviso, você se foi, mais uma vítima de uma bala  perdida que te achou bebendo um Nadir Figueiredo cheio de alegria (Nadir Figueiredo é a marca do copo onde o Tiziu bebia sua alegria- cachaça) em um boteco qualquer da vida.
Como esquecer, amigo velho, o dia em que eu estava sozinho e muito triste sentado na praça do Ingá. Você sentou-se ao meu lado sem dizer uma palavra e ali ficou, quietinho. Passado um tempinho, pergunto:
- O que está fazendo aqui?
- Nada... Eu só vim ficar triste com você.
E ficou ali, triste comigo. Passado mais um tempo, você me abraça e diz:
- Agora chega de ficar triste, vamos lá no Papai Serafim beber um Nadir Figueiredo cheio de alegria!
Ah, amigo, sinto muito sua falta. Mas amanhã, como todo ano, estaremos juntos no velho Maracanã. Você com sua alegria infinita, torcendo para o nosso Glorioso. E beberemos em um Nadir Figueiredo cheio de alegria para comemorar seu maior presente de aniversário: uma vitória de nosso amado  e atrapalhado Botafogo.
Depois, o de sempre: Saudade!... eterna e terna de ti, amigo querido.

Eu só vim ficar triste com você

11 de outubro de 2012

Saiba se você é um adepto do ultracrepidanismo


Bom, nós brasileiros somos ultracrepidanistas atávicos, ô povinho enxerido e metido a saber e entender de tudo! Reparem na quantidade de juristas que infestam o País com a transmissão do julgamento do mensalão, em cada boteco vários joaquinsbarbozas, de todos os matizes e procedências: afrosuecos, afroportugueses, afrochineses, afroafricanos, tem até um afrogay que virou jurista no boteco aqui da esquina. Enfim, uma gama sem fim de jurisconsultos formados com os cotovelos aboletados nos balcões dos bares da vida.
Eu, quando vivia na esbórnia, era tão ultracrepidanista que certa feita estava dando aula sobre a Teoria da Relatividade, criação de meu parceirinho de genialidade, o Tinho ( Einstein pra vocês que não tem intimidade com ele ), para o meu querido amigo Tiziu, um negão afrobotafoguense já falecido, às três da manhã no Chalé, um bar conhecido aqui de Niterói. Detalhe: eu não entendo xongas de física! Detalhe mais importante: O Tiziu entendeu tudinho!
Eu fui um gênio do ultracrepidanismo!