2 de outubro de 2018

Vocação para o atraso

VOCAÇÃO PARA O ATRASO
André Luiz Davila
O Brasil caminha a passos largos em direção ao passado e a prova disso são os dois candidatos mais bem colocados na corrida presencial. Os dois representam um Brasil que não deu certo, mas que continua preso nas suas convicções. Um Brasil que estacionou nos séculos XIX e XX e é uma espécie Jano, cujos olhos que miram para frente estão vendados.
O Brasil desperdiça suas oportunidades e continua até hoje como grande exportador de matéria prima e commodities de uma forma geral. Temos uma indústria automobilística instalada no país e não temos uma indústria nacional, diferentemente da Coréia, China, Índia... O modelo da indústria já está mudando e nós apenas “montamos” carros.
Idem para produtos de tecnologia, onde Coréia e China despontam com indústrias sólidas e de Classe mundial. Mais uma vez a nossa economia fechada não desenvolveu tecnologia e continuamos nos minérios, no boi e na soja...
Se já havíamos perdido o “bonde da história”, hoje estamos a perder o “trem bala” da história. E, mesmo assim, tentam nos vender a utopia socialista de um lado e a barbárie do discurso nacionalista e truculento do outro. Engana-se quem imagina que a escolha é entre socialismo ou barbárie. O embate é entre a distopia, que desmoronou com o muro de Berlim e da URSS, e o niilismo, que se manifesta na descrença do eleitor com a prática da política, da democracia, da justiça e das demais instituições.
As forças que orbitam em torno das candidaturas dos dois melhores colocados são a cara do retrocesso: de um lado uma elite de funcionários públicos, burocratas, sindicalistas, intelectuais descolados da realidade do Brasil e do Mundo e coronéis da política tradicional. Do outro lado, grandes produtores rurais, lobistas da indústria de armas, pastores neopentecostais, falsos liberais, misóginos, homofóbicos, racistas e apoiadores da tortura, da ditadura e que revelam um profundo desprezo pela história e pelas minorias.
Vivemos um momento de transformações profundas no Mundo. A disrupção tecnológica irá, num primeiro momento, causar uma onda de desemprego em massa. O modelo educacional precisa ser modificado radicalmente e o investimento na educação básica precisa ser vista como política de Estado e não de governo. A expectativa de vida aumenta (no nosso país de dimensões continentais há uma grande variação por região e atividade) e a previdência necessita ser reformada, pois a conta realmente não irá fechar. O Brasil precisa abrir sua economia para o mundo, facilitar a vida do Cidadão, diminuir o tamanho e a fome do Estado, cortar na carne os privilégios dos três poderes (abrir a caixa preta do judiciário), recolocar a República em ordem e reequilibrar os três poderes, promover o empreendedorismo e destravar os processos que impedem a geração e circulação de riquezas. Além disso, precisa ter os olhos voltados para aqueles que já não acompanham tais mudanças, criando uma rede de proteção social para que injustiças não se perpetuem.
Os desafios são enormes e é triste ver que as opções que temos hoje são a distopia e o niilismo. 
André Luiz Davila é filósofo.
Blog do Barão- Brasil atrasado

1 de outubro de 2018

No fim de semana que passou fui jejuar no monte santo com o Cabo Daciolo e engordei 4 quilos

No fim de semana que passou fui jejuar no monte santo com o Cabo Daciolo. Engordei 4 quilos. Saco!

Blog do Barão- Cabo Daciolo

Terceira via pode virar via de fato entre lulistas e bolsomitos

A única possibilidade de uma terceira via nas eleições no 1º turno das eleições do próximo domingo (7), infelizmente, é a via de fato entre bolsomitos e lulistas. A radicalização do processo político brasileiro matou as candidaturas de Ciro Gomes, Marina Silva e Geraldo Alckmin. 
Ficamos reduzidos a escolher entre Jair Bolsonaro, um populista de direita, e o populismo de esquerda, representado pelo "poste do Lula", Fernando Haddad.
A semana vai ser tensa... 

A única possibilidade de uma terceira via nas eleições no 1º turno das eleições do próximo domingo (7), infelizmente, é a via de fato entre bolsomitos e lulistas. A radicalização do processo político brasileiro matou as candidaturas de Ciro Gomes, Marina Silva e Geraldo Alckmin.   Ficamos reduzidos a escolher entre Jair Bolsonaro, um populista de direita, e o populismo de esquerda, representado pelo "poste do Lula, Fernando Haddad.  A semana vai ser tensa...

25 de setembro de 2018

Resumo da bagaça: No Brasil todo mundo tem solução pra tudo, mas ninguém resolve nada

Resumo da bagaça:

No Brasil todo mundo tem solução pra tudo, mas ninguém resolve nada. Saco! 

Resumo da bagaça:  No Brasil todo mundo tem solução pra tudo, mas ninguém resolve nada




A Terra não é plana e nenhuma ideologia é plena

Eu até tento, mas não consigo pensar o mundo binariamente, reduzido, por exemplo, entre "esquerda" e "direita". Pior, a ter de escolher entre populismos que representam tais extremos. Uns prometem a salvação à direita, outros à esquerda. Só tem um problema: eu não quero ser "salvo" por essa gente. Nem por ninguém...
Prefiro o caos criativo da liberdade de experimentar vários "sapatos" -uns me apertam, outros se ajustam a meus pés, mais outros ficam largos, uns são belos, outros feios, outros mais ou menos, uns são pretos, outros marrons, outros brancos, alguns amarelos, etc.) do que reduzir meus pensamentos a "um lado". 
A Terra não é plana e nenhuma ideologia é plena... 

Blog do Barão- A Terra não é plana e nenhuma ideologia é plena