13 de janeiro de 2023

Torcida do Flamengo ofende Pelé

 Torcida do Flamengo ofende Pelé

Boa parte dos torcedores do Flamengo presentes no Maracanã no jogo Flamengo x Audax, realizado ontem(12) no Maracanã, cantaram uma musiquinha ofendendo Pelé e ovacionando Zico, como se pudesse haver comparação entre os dois craques. A baixaria aconteceu durante o minuto de silêncio em homenagem ao Rei.
Não estranhei o fato por um motivo simples: fui frequentador assíduo do Maracanã por quase 50 anos, não só em jogos do Botafogo, e percebi as mudanças no perfil dos torcedores que frequentavam o Maraca. Na verdade, em um processo que culminou na transformação do icônico "templo do futebol" em uma dessas arenas modernosas, presencie a expulsão do povão do Estádio Mário Filho. E este fato afetou principalmente a torcida do Flamengo, que era uma torcida alegre e irreverente, mesmo no período que tomavam sovas homéricas do meu Botafogo..
A imensa maioria do público flamenguista que frequenta o estádio hoje é formada por brancos da classe média pra cima, que podem pagar os altíssimos preços que o clube cobra em seus jogos.
Atenção, chatos de plantão, não estou me referindo a todos os torcedores do Rubro-Negro, até porque meu querido pai torcia por eles, além de muitos amigos queridos que tenho. A falta de gosto também é um direito humano- uma sacaneada neles é de lei! Sigamos... Atualmente a torcida rubro-negra que PODE ($$$) frequentar o Maracanã, em sua maior parte, pra resumir, é formada por essa gente preconceituosa, agressiva e tosca que forma a base de apoio de Jair Bolsonaro. Aliás, a atual diretoria do clube reflete bem o que digo.
O time do povo expulsou seu povo do Maracanã!

A luta pela liberdade é diária

 Editorial do Barão

Com afirmou há quase um século o poeta e dramaturgo alemão Bertold Brecht (1898-1956), a cadela do fascismo está sempre no cio.
Vivemos um momento histórico no Brasil. Pela primeira vez em nossa longa História de insurreições e golpes de Estado, um governo democraticamente eleito enfrenta uma rebelião, liderada nas sombras pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, o líder máximo do fascismo nacional, usando única e exclusivamente os rigores da lei. Prendendo, inclusive, cabeças do movimento.
Não pensem vocês que vencemos os fascistas. Triunfamos em uma grande batalha, mas a cadela do fascismo continua no cio e não podemos deixar que seus filhotes continuem a nascer.
A luta pela liberdade é diária!

12 de janeiro de 2023

Os generais trapalhões de Bolsonaro

 Quando o presente explica o passado

Analisando a profunda capacidade intelectual dos três mais conhecidos generais bolsonaristas (Hamilton Mourão, Alberto Heleno e Eduardo Pazuello) vocês vão entender o motivo do Brasil ter levado cinco longo anos para vencer a Guerra do Paraguai, a única da qual fomos protagonistas. Ah, o Paraguai, à época, contava com uma população por volta, se tanto, de 500 mil habitantes.
Mourão, Heleno e Pazuello não fariam feio em uma versão moderna dos Trapalhões. O quarto integrante do novo grupo vocês escolhem.

Terra plana e Sol quadrado juntos

 


11 de janeiro de 2023

Tá na hora do Jair já ir para a Papuda

 Tá na hora do Jair

É o quê? Já ir em cana

Arruma a suas malas

Dá no pé e vá-se pra Papuda

pro Jair já tem uma cela

E uma cama...
Zatonio Lahud

Perderam de novo, seus manés!

 Editorial do Barão

E, lá atrás, muitos bolsonaristas me acusavam de ser radical por opor-me ao mito fascista deles. Uns me bloquearam nas redes sociais; outros, mais próximos- graças aos céus!- pararam de falar comigo.
Não erraram, sempre fui um intransigente defensor do Estado Democrático de Direito, coisa que os fascistas abominam. A rebelião "bolsofascista" ocorrida em Brasília no domingo passado (08) desnudou de uma vez por todas Jair Bolsonaro e o violento autoritarismo fascista que ele representa. Atacaram exatamente os Três Poderes da República, pilares de nossa democracia. E, ao destruírem obras de arte pertencentes ao povo brasileiro, mostraram que a ignorância e a estupidez são intrínsecas ao DNA do fascismo.
Perderam de novo, seus manés!!!

10 de janeiro de 2023

Estórias do velho Maracanã (II)

 Estórias do velho Maracanã (II)

Na histórica final de 1989, em que o Botafogo derrotou o time da beira da lagoa e sagrou-se campeão depois de 21 anos de calvário, saiu uma caravana de amigos de São José do Calçado-ES, a cidade onde nasci. Eram uns 10 os componentes da Fogo de Fogo, que foram todos hospedar-se no Hotel do Tonicão, a casa de meu pai em Niterói. O comandante-em-chefe da troupe de pingunços alvinegros era o Ferrugem, o mais velho dentre nós. À época, o Ferrugem cultivava com zelo uma pança que mais parecia um barril de chopp de 60 litros. Na verdade, era mesmo. Outra característica do Ferrugem é ter a língua 'plesa'. Não pronuncia o B e o F o meu querido amigo. Botafogo, por exemplo, em 'ferrugês' clássico, vira Otaogo.
Quando o árbitro apitou o final da partida, presenciei a maior sessão de descarrego da qual já participei na vida. A arquibancada alvinegra virou uma apoteótica loucura. Quando nossa torcida começa a cantar o hino do clube, olho para o lado e deparo-me com uma das mais hilárias cenas que vi na vida. O Ferrugem de joelhos, a vistosa pança arrastando no chão, vertendo um rio de lágrimas amarelas e espumantes, efeito do excesso de cerveja, creio eu, mãos espalmadas rumo ao céu, e urrando a plenos pulmões:
Otaogo, Otaogo
Campeão desde 1910...
Sentei e tive uma crise de risos que curou meu porre!
A comemoração começou na quarta à noite, após o fim do jogo, e só foi acabar no domingo.
Mas nós, "otaoguenses", merecíamos uma festa assim. Foi muito sofrimento!