18 de dezembro de 2010

Nós precisamos do óbvio

Toquei em um assunto controverso ao fazer ironias com o radicalismo politicamente correto,  a ideia era esta mesmo. Como o assunto é amplo e embarca todo tipo de diferenças e preconceitos, vamos falar do mais sensível a nós brasileiros que é a questão do negro em nossa sociedade.

Vamos organizar um pouco a coisa e fazer como o esquartejador: por partes.

Temos um Ministério da Integração Racial que já começa com um absurdo etimológico,  não existem Raças, existe a Raça Humana, melhor seria não precisar ter-se um ministério para tal questão, tendo-o, que ao menos  fosse o Ministério da Integração Étnica. Etnia: População ou grupo social que apresenta relativa homogeneidade cultural e linguística, compartilhando história e origens comuns. ( Aurélio)

A escravidão não foi criada por " brancos" para escravizar " negros"; na História brancos escravizaram brancos; negros escravizaram negros; amarelos escravizaram amarelos, dito isso, claro está que as diversas etnias originárias de África, que foram vilmente utilizadas como escravos, e depois de " libertadas" abandonadas à própria sorte e na mais negra miséria- ou afro miséria, como diria o Totó-, merecem a atenção do Estado no intuito de diminuir às imensas diferenças em oportunidades de ascensão social a que foram relegadas.
Como fazer isso? Aqui a porca começa a torcer o rabo, eu, em minha modestíssima opinião, só vejo uma solução: a nossa Constituição diz( vou repetir pela milésima vez!) que educação de QUALIDADE é  OBRIGAÇÃO do Estado. Eis a saída: EDUCAÇÃO!!! Parece óbvio- e é!- mas quem disse que fazemos o óbvio?

Eu tenho cá meus radicalismos: ensino primário e secundário devia ser todo responsabilidade do governo federal, estatizaria todas as escolas particulares; aqui no Brasil não, vivemos preocupados com ensino superior e não damos a devida atenção ao principal; aliás, fazemos isso em tudo, veja o caso do Bolsa-Família, uma necessidade que deveria nos causar vergonha, afinal são milhões de brasileiros dependendo de esmola do Estado para poder sobreviver, um Estado que arrecada cerca de Hum Triilhão e Trezentos Bilhões de Reais em impostos ano e, segundo alguns estudos sérios, cerca de 30% desse valor se perde em corrupção, incúria administrativa e outras mazelas que nos assolam e não damos a devida atenção. Trinta por cento são cerca de 400 bilhões de Reais, o Bolsa-Família custa cerca de 13 Bilhões, ano.

Nós achamos que leis, decretos e portarias resolvem todos os problemas, não resolvem porcaria nenhuma, servem é para criar mais burocrocia, mais " cargos de confiança" para dar empregos a vagabundos apaniguados de políticos mais vagabundos ainda, desviando verbas onde elas são essenciais. A direita diz que temos Estado demais, a esquerda diz que temos de menos, eu, como sou burrinho, digo que é outra asneira: temos Estado demais onde não precisamos dele e de menos onde ele se faz essencial.

Como temos poucos ministérios o novo governo anda querendo criar mais alguns para acomodar aliados que ficaram sem tetas para mamar na Viúva, sugiro logo dois: o Ministério do Óbvio e o MDVRNPQOP, ah, não sabem o que é?  Vos digo: Ministério Do Vão Roubar na Puta Que Os Pariu!

A Norma Bengell vai receber a Bolsa-Ditadura, podia aproveitar  e devolver os milhões de Reais de dinheiro público que recebeu para filmar O Guarani e boa parte foi "desviado." À época ela disse que havia lutado contra a ditadura e não devia satisfação a ninguém. Tá certo, fazer discurso de esquerda dá  direito a roubar do Estado, né Zé Dirceu?

Juntem tudo que disse acima e vejam com nosso Estado é rico... o povo? Ora ...já tem Bolsa-Família!

O óbvio...por favor...só o óbvio...

O Paulo Maluf e o Tiririca foram diplomados deputados federais ontem:  o ladrão e o palhaço. A cara do Brasil!

As caras do Brasil
                                                    

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