Têm algumas coisas que emocionam a gente, não tem jeito. Ainda há pouco entro no Facebook e me deparo com uma foto de Dona Ida, completando 93 anos. Dona Ida é uma figura marcante lá de minha querida São José do Calçado, filha de família tradicional, era a telefonista da cidade quando eu era garoto- baixinho, pra ninguém ouvir: lá pelos inícios dos anos sessenta do século passado. Vocês não fazem ideia da luta que era dar um telefonema naquela época, levava-se horas para completar um interurbano e a pobre da Dona Ida tinha de ficar aos berros para ser ouvida do outro lado e completar a bendita ligação, sem falar nos braços, que deviam ficar doloridos de tanto rodar um raio de uma manivela que tinha no aparelho. Até hoje não sei pra que servia aquela geringonça.
Mas era engraçado, uma gritaria sem fim, e a cidade toda ouvia o que se falava. E quantas vezes atravessei o velho casarão em que morava, na companhia do Zé Antonio, meu xará e filho dela, que, infelizmente, já nos deixou, para pular o muro do campo do Americano e jogar bola lá. Tive uma infância feliz!
Parabéns Dona Ida! Um grande e saudoso beijo! |
| Dona Ida e sua filha Joana |
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