25 de fevereiro de 2011

Que sejam livres por nós



   A liberdade é a única coisa que os homens não desejam; e isso por nenhuma outra razão (julgo eu) senão a de que lhes basta desejá-la para a possuírem; como se recusassem conquistá-la por ela ser tão simples de obter.

Etienne de La Boétie foi um filósofo francês( 1530-1563), contemporâneo e amigo de Montaigne, foi um dos precursores dos movimentos anarquistas e da não-violência para se derrubarem ditaduras que oprimem seus povos, escreveu um dos mais belos libelos sobre a liberdade, Discurso Sobre a Servidão Voluntária, do qual extrai o trecho acima.
Sim, somos capazes de suportar ditaduras, governos ineficientes, injustiças e uma série de mazelas, apenas por não sermos conscientes de nossa liberdade, de a entregarmos na mão de outrem para que seja livre por nós.
Quando o governo Lula, em quem votei por duas vezes, começou a explorar  o Bolsa-Família como seu principal mote eleitoral, pensei cá comigo: eles deviam é pedir desculpas à nação, todos eles, por ser preciso distribuir esmolas a milhões de pessoas para que não morram de fome.
É assim, se entregamos nossa liberdade para que a governem por nós, os governantes vão comer o filé e distribuir nervos e pelancas para o povo. Vejam com brigam feito hienas, PT e PMDB, pela distribuição de cargos que deveriam ser exercidos por profissionais concursados, funcionários do Estado e não indicado por interesses particulares de um ou outro partido, de um ou outro Sarney; claro está que vão administrar(?) não olhando os interesses primeiros da nação, mas sim dos seus "patrões" que os assentaram nas belas sinecuras que pagamos subservientemente para os donos de nossa liberdade.
Somos adeptos do " é assim mesmo!"
Não, não é assim mesmo, só o é porque aceitamos que seja.

Quem quiser ler o ensaio todo vá em: Cultura Brasil

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