16 de junho de 2012

E-mail, é-seu, é-dela, é-dele, é-nosso

Totó, depois de um tempo sumido, me liga, antes da cinco da manhã, lá de São José do Calçado, a cobrar e dando esporro, como sempre:
- Toinha, seu viadão gay! Eu agora vou virar interneteiro, estou aprendendo a fuçar nessa joça e quero que me dê seu é-seu que vou passar uma carta do meu é-meu pro seu é-seu. Não vou mais precisar usar o é-dela da Dolores, nem o é-dele do Edson. Eu agora sou um ser completo, tenho é-meu!
- Aristisdes não dá pra ligar mais tarde? E eu não tenho é-seu, tenho e-mail, porra!
- Vai à merda! Eu ligo a hora que quiser, o celular é meu, o é-meu é meu e você não manda em mim! E o é-seu só é seu quando eu falo com você, quando você fala dele é é-meu, se fosse meu e seu seria é-nosso. Você é muito burrinho, precisa aprender um pouco de português com os meus amados mestres, a Dolores e o Edson Boca Larga. Mas não diz que falei o apelido dele, você é muito fofoqueiro, escreve tudo naquela porqueira de seu blog! Rapaz, outro dia fui numa reunião da Academia Calçadense de Letras e fiquei de boca aberta, que belezura! O meu mestre Edson parecia até o papa de tão chique naquelas roupas importantes, e a minha mestra Dolores parecia uma papa, fiquei muito orgulhoso deles. Mas você e o Jilozinho não podem entrar lá, são tão safados que tá sujeito a começarem a peidar no meio do povo!
Me  manda a porcaria do seu é-seu, hoje ainda! Fui...
Eu mereço...Eu mereço...


                                                                          

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