Fui passear pela solidão do domingo à noite. Ruas vazias. Uma tristeza anódina perpassa meu corpo. Até as árvores estão tristes. Soturnas. Uma bela rosa branca no jardim de uma casa derrama uma pétala. Chora solidão. Uma velhinha passa por mim. Bíblia na mão. Segue vagarosa e triste. Penso no quanto já terá sofrido esta mulher. Quando domingos, tristes, à noite, sofreu?
Sento-me, acendo um cigarro. A lua está linda, cheia. Invadida pela solidão do domingo, à noite. Toy, meu fiel companheiro, pula no banco, encosta-se em mim, acomoda sua cabecinha em minha perna e me olha. Triste olhar. Também ele sente a solidão do domingo, à noite.
Eu quero morrer em um domingo, à noite. Não há alegria na morte. É triste, como um domingo. À noite.
A foto é de Cláudio F Lima-Olhares
Sento-me, acendo um cigarro. A lua está linda, cheia. Invadida pela solidão do domingo, à noite. Toy, meu fiel companheiro, pula no banco, encosta-se em mim, acomoda sua cabecinha em minha perna e me olha. Triste olhar. Também ele sente a solidão do domingo, à noite.
Eu quero morrer em um domingo, à noite. Não há alegria na morte. É triste, como um domingo. À noite.
A foto é de Cláudio F Lima-Olhares
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