6 de agosto de 2012

Não quero ser salvo

Eu, que já fui rijo como carvalho
Machuquei-me tanto
Que choro saudades
Como gotas de orvalho

Fiz da vida um grande aventura
Colhi algumas venturas
Outras tantas desventuras

Mas não tenho medo de sofrer
Tenho pânico do não viver
Prefiro a solidão
A seguir néscias manadas
De homens e seus deuses
De reduzir minha mente a ideologias
De profetas que virão me salvar

Não preciso de ditadores
Para me ditar dores
Me dito as minhas

Não quero ser salvo
Não creio em vossos paraísos
Não preciso de vossas iníquas verdades

Vade retro...

Guernica- Pablo Picasso
                                                   



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