"NÃO SEI...SÓ SEI QUE FOI ASSIM!"
Moça donzela debruçada na janela,
se arruma, se apruma, pois lá no morro, na capela,
bate seis horas da Ave Maria.
Moço bonito e faceiro, a quem ela dedica
noites de lua cheia, apertando contra o peito o travesseiro,
já lá vem pelo passeio, cantarolando velha melodia.
Como sempre pára debaixo da janela,
sorri e lhe faz um gracejo.
Ela, como rubra rosa se recolhe um pouco, pudica encolhe o corpo,
para em seguida, de soslaio, exibir ofuscante feito raio, um tom de
abuso no pouco de um colo farto.
Tinha certeza de que um dia ele a levaria,
simbora rumo a cidade grande,
homem interessante, inteligente, viril,
cavalo branco pela pradaria.
Outro igual nunca se vira...
...nem o filho de Seu Nestor,
que pra casar prestava não, ficou velho sem namorar,
Ninguém entendia, até que um dia, sumiu...
Uai? Ocê não soube do Doutor?
Foi-se embora com um primo, feliz, pro exterior.
Mas foi? E como é que foi?
Não sei...só sei que foi assim!
Ôh cidadezinha essa de meu Deus!!
E lá vem moço bonito e faceiro mais uma vez...heheheeeeitaaa!

Que texto mais terno e fofo, a sua cara, Clarinha. Obrigado por tudo...Beijo!
ResponderExcluir