29 de outubro de 2013

A corrupção institucionalizada

A corrupção institucionalizada
Caminhão incendiado por vândalos Mário Ângelo / Sigmapress/Folhapress


Ontem um protesto contra o assassinato de um jovem de 17 anos, em uma abordagem da PM, terminou em violência e destruição em São Paulo.
O Estado brasileiro não cumpre suas funções constitucionais de proporcionar saúde e educação de qualidade ao seu povo, como está escrito na Constituição, mas cuida bem dos seus. São quase 25 mil dos chamados "cargos de confiança" que o governo federal dispõe para distribuir entre os seus; nos governos estaduais são cerca de 105 mil; nas prefeituras de todo o País são cerca de 640 mil; nos poderes Judiciário e Legislativo não sei quantos são, mas são milhares também. Isso, senhores, é corrupção institucionalizada. Aqui em Niterói, por exemplo, cada vereador pode nomear 25 de seus apaniguados como "aÇeÇores" e assim o é em todo o Brasil. Qualquer bostinha dispõe de carro oficial e motorista pagos por nós. Alguém sabe quantos carros oficiais existem no País e quanto custam aos cofres públicos? Aposto que ninguém sabe.
Funcionário público tem de ser de confiança é do povo, que é quem paga seus salários e não de quem os nomeia, em mais uma afronta à nossa Constituição, que diz que somos todos iguais perante à lei. Mas uns, os "amigos" dos poderosos, são mais iguais que os outros.
Falta-nos cidadania. O Estado brasileiro estimula a produção de veículos para transporte individual e investe migalhas em transporte público. Nossas grandes cidades não têm metrô, por exemplo. O de Buenos Aires, aqui do lado, tem mais de 100 anos.
Resumindo: temos Estado demais onde ele não é necessário e de menos onde ele é essencial.
O resto é discurso ideológico e Armazém de Secos & Molhados, como dizia Millôr Fernandes.
E tome porrada da PM para manter a ordem e o bem-estar de nossa obesa e perdulária burocracia.


A notícia sobre o protesto em São Paulo está no jornal O Globo

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