28 de abril de 2014

Daniel Alves, com um gesto, desmoraliza ato racista na Espanha

Daniel Alves, com um gesto, desmoraliza ato racista na Espanha

O último refúgio do oprimido é a ironia, e nenhum tirano, por mais violento que seja, escapa a ela. O tirano pode evitar uma fotografia, não pode impedir uma caricatura. A mordaça aumenta a mordacidade. 
Millôr Fernandes

Um torcedor racista do Villareal, atirou uma banana em campo no jogo em que sua equipe enfrentou o Barcelona no fim-de-semana passado. Seu intuito, claro- ou melhor, obscuro e lamentável no caso-, era promover uma ofensa racista contra os jogadores de descendência negra em campo.
Daniel Alves, um dos brasileiros que atuam pelo Barcelona, nem se incomodou, foi lá, pegou a banana, a comeu e continuou jogando.
Isto é ser superior sem ser arrogante. É desmoralizar o autor de uma ofensa sem dizer uma palavra, apenas com um gesto. E, o mais importante, sem  fazer-se  de coitadinho, de vítima de uma “sociedade racista e preconceituosa”.
Ironia e humor, às vezes, são excelentes antídotos contra todo o tipo de preconceitos. Não à toa o povo judeu, perseguido e espezinhado durante séculos, é mestre em se auto-ironizar e rir de si mesmo.
Parabéns ao Daniel Alves pelo belo gesto, que mostrou ao racista o que antes de tudo ele é: uma figura ridícula e patética.
Creio que, infelizmente, o racismo não vai desaparecer dos estádios, mas as bananas vão.
Ah, eu também adoro banana!

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