8 de maio de 2014

O ódio de teu infinito céu



O ódio de teu infinito céu
Eu prefiro ser
Um reles poeta menor
Que um imenso profeta maior
A divulgar sandices
Que hão de produzir
Preconceitos e dores
Em seus incautos seguidores
Que clamam por salvadores
E encontram exploradores
De suas dores e desamores

Não quero me salvar
Vituperando ódios
Contra meus semelhantes
Impondo-lhes infaustos temores

Prefiro- vezes mil
Cometer um humilde verso

Que não sirva para nada
Mas não deixe homens exangues
De tanto derramar sangue
De ímpios incréus
Que jamais conhecerão
O ódio de teu infinito céu
Raivoso profeta
Que espalha mentiras ao léu!
 

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