28 de julho de 2014

Polícia do Rio quer contratar médium para vigiar Bakunin, suspeito de organizar protestos na cidade

Polícia do Rio quer contratar médium para vigiar Bakunin, suspeito de organizar protestos na cidade

A diligente "puliça" carioca gravou um diálogo em que um dos grampeados, suspeito de participar das manifestaçoes que ocorreram na cidade, cita o nome do filósofo anarquista russo Mikhail Bakunin. Foi o que bastou para o Bakunin entrar no rol dos suspeitos de ser um dos líderes dos protestos realizados por diversos grupos radicais desde o ano passado.
Um dos investigadores, mais esperto, foi no genérico de Deus, o Google, e descobriu que Bakunin tinha falecido em 1876 e foi comunicar sua descoberta ao delegado.
- Chefe, "tamô" com um "pobrema"!
- Não é "probrema", seu jumento, é "poblema"!, e qual é o "poblema"?!
- O tal de Bakunin, que a gente achava que era um cidadão negão afrodescendente compositor da Portela, que se meteu com essa turma de baderneiros, na verdade é um russo que já deu baixa faz um tempinho, em 1876 para ser exato, posso descartar ele do rol dos cidadãos suspeitos?
- Claro que não, seu jumento asnático! Se o citaram ele tá envolvido! Faz o seguinte, contrata um médium, dos bão!, manda ele entrar em contato com o delegado Fleury, aquele da época da ditadura, que sabe lidar com essa corja de comunistas vermelhosos, e diz ao médium para pedir a ele para vigiar o Bakunin lá no Inferno. Se por acaso ele estiver envolvido, e deve de tá, pede a ele para dizer ao Fleury pra mandar esse  anarquista vermelhuço dos infernos pro quinto dos infernos! 
- Mas chefia, e a justificativa que vamos usar para liberar a verba pra pagar o médium?
- Ah, faz a requisição e diz que é uma verba emergencial para ação investigativa no Além... E anda logo com essa porra!
- É pra já chefia...

A notícia está na Revista Fórum- Filósofo russo já morto é citado como suspeito em inquérito no Rio de Janeiro

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