O "velho" Botafogo está de volta
Meu querido pai era Flamengo doente e tinha horror, ojeriza e raiva do Botafogo, assim como Zico, o maior ídolo deles (ou será o Zé Roberto Wright?). O motivo é simples: o Alvinegro tinha o melhor time do Brasil ao lado do Santos e o Fla, à época (início dos anos sessenta do século passado), era, digamos, um Bangu com torcida, que tomava surras homéricas do Botafogo de Garrincha. Nessa época não existia a Rede Globo, que só foi criada em 1965, para proteger o clube da beira da lagoa.
Depois, bom, depois, ainda tivemos o time de Gérson, Jairzinho, Roberto e Paulo César Caju e veio a decadência do Glorioso, que durou mais de 50 anos, com uns espasmos da grandeza perdida aqui e ali...
Sobrevivi para ver o Botafogo ser novamente odiado por seus adversários, e isso não tem preço. Grande clube que se preze tem de ser amado por seus torcedores, e só! O Botafogo, nos últimos 50 anos, virou um clube "bonzinho", que não fazia mal a ninguém (só a nós, alvinegros) e "simpático"
Foi preciso vir um gringo, com dinheiro e encrenqueiro, para o Botafogo voltar a fazer raiva em seus adversários. Obrigado, John Textor!
O chargista argentino Lorenzo Miguel Ramón Molas (1915-1994), criou os primeiros mascotes dos clubes do Rio na década de 40 do século passado, e escolheu o Pato Donald para representar o Botafogo, exatamente por ser um "penoso" treteiro, como é de nosso DNA alvinegro.
O novo sempre embute o velho e ninguém foge da própria história...
Zatonio Lahud
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