Havia uma
quadrilha organizada dentro da empresa para roubar à Petrobras? Claro que havia. Roubos
descomunais. Creio não se ter notícia, em qualquer lugar, de um funcionário de
3º escalão de uma empresa ter amealhado a bagatela de US$ 97 milhões ( cerca de
R$ 252 milhões ) roubando a empresa em que trabalha. É o caso de Pedro Barusco,
um dos réus da Operação Lava Jato desencadeada pela Polícia Federal na empresa.
Isso é uma
coisa, e os larápios têm de ser punidos exemplarmente; outra muito diferente, e
injusta, é generalizar a questão, afirmando que na Petrobras “só tem ladrão!”
Ora, a
Petrobras tem cerca de 86 mil funcionários e a imensa maioria deles são pessoas
honestas que trabalham na estatal por seu próprio esforço. Uma meia-dúzia de safados
não podem denegrir a honra de milhares de trabalhadores. Há que saber
separar-se o joio do trigo.
Tenho amigos
que trabalham na empresa, são pessoas corretíssimas e que também estão
revoltadíssimas com o que vinha ocorrendo na Petrobras.
Os ladrões
que lá encastelaram-se eram, todos eles!, apadrinhados de políticos e seus
partidos- aqui é origem do câncer, a extorsão na Petrobras é só uma metástase,
de muitas que ainda serão descobertas.
Mas é
preciso não misturar gente honesta com canalhas!
A
generalização só favorece aos segundos.