Como dizia Oto Glória, velho e sábio treinador brasileiro que levou Portugal à terceira colocação na Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra, quem melhor definiu o que é ser técnico de futebol foram nossos patrícios lusos: "Treinador quando vence é bestial, quando perde, uma besta!"
É o caso de Caio Júnior, que de besta quadrada virou um técnico bestial após nossa gloriosa vitória sobre o Corinthians.
Mas em uma coisa ele tem carradas de razão: precisamos acreditar mais no time, sermos menos trágicos, não à toa Nélson Rodrigues dizia que o Botafogo "é o mais calabrês dos clubes do futebol brasileiro e que o torcedor Alvinegro não abre mão do sagrado direito de pagar para sofrer." E isto foi escrito na década de sessenta do século passado, quando Botafogo e Santos dominavam o futebol brasileiro.
Mas gostei do discurso do Caio: firme, positivo, focando no título.
Se formos campeões será um gênio do Glorioso, se perder, mais uma besta que passou por lá.
A comparação entre o Caio Júnior e o Obama foi feita pelo presidente da Flapress, Renato Maurício Prado que, quando deixa seu obtuso urubuzismo de lado, escreve bem.