A verdadeira viagem é a que fazemos dentro de nós. Mia Couto No livro "O outro pé da sereia" |
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7 de outubro de 2015
Vou fazer a mais bela das viagens: vou viajar ao meu coração
17 de agosto de 2014
São José do Calçado, minha terra querida
São José do Calçado ( ES )- Foto: Branquinho Frias Dornela |
Como são lindas as montanhas de São José do Calçado ( ES ), a cidade onde nasci. Ao fundo na foto, a cidade, com suas ladeiras sinuosas- parecidas com as de Ouro Preto, só que incomparavelmente mais belas!
E a praça? Ah, a praça de Calçado... Só quem já brincou nela, como eu, pode falar de sua beleza e da sensação de liberdade que sentimos quando estamos nela. É indescritível.
Saí de Calçado aos 12 anos e nos 46 anos seguintes não houve um só dia que não sentisse saudade de minha terra ou de um amigo dos tantos que lá deixei.
Alberto Caeiro
- O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Alberto Caeiro ( Fernando Pessoa )
8 de junho de 2014
18 de janeiro de 2014
Uma sugestão aos líderes da "Revolução dos Shoppings"
A Praça Tiradentes, no Rio, devidamente gradeada |
As praças, ao menos as aqui de Niterói, Rio e Grande Rio, são todas cercadas por grades e fechadas à noite. Ora, "se a praça é do povo" e o mais democrático e sagrado dos espaços públicos, gradeá-las ( ainda que por motivos supostamente "justos" ), parece-me um contrassenso e uma medida pra lá de autoritária. Que tal uns rolezinhos para exigir que o poder público devolva o que deveria ser nosso 24 horas por dia?
Mas, como sou burrinho, deixo a palavra com alguns de nossos "çabios intelequituais" que divagam sobre a força revolucionária dos rolezinhos, que dura até que as portas de seus ambientes revolucionários sejam arriadas e os shoppings reacionários devidamente fechados.
8 de novembro de 2013
E minha praça me abraçava
A praça de São José do Calçado ( ES ), onde nasci( Foto: Samarone Araújo ) |
Fui criado brincando livre em minha praça amada. Acordava, abria a janela e minha praça me abraçava. Fui um moleque feliz brincando em minha linda praça. Foi através dela, quando nos separaram, que aprendi que a liberdade não tem preço. A primeira brincadeira, o primeiro tombo, o primeiro beijo, o primeiro amor, os primeiros infinitos sonhos... Todos em minha praça amada. Imponente, delicada, linda.
16 de julho de 2013
Sou a mais feliz solidão
A praça de São José do Calçado ( ES )- Foto: Samarone Araújo |
Fria, madrugada. Chuva. Solidão. Saudade. Liberdade...
24 de março de 2013
Minha praça de infinita saudade
São José do Calçado- " A minha praça" |
Ah, como é linda a minha praça amada!
Fecho os olhos e vejo o Juquita, o Rogério, eu e o Cachola, todos livres, correndo atrás da bola.
Um dia vim-me embora e nunca mais fui livre.
Me engaiolaram feito o pássaro,que voava infinito em minha amada praça.
Mas ela continua lá, sem o Juquita, eu, o Rogério e o Cachola.
O pássaro preso na gaiola- minha tristeza de vir embora.
Eu quereria, se puder, correr, uma última vez, livre como o vento, na vastidão de minha praça amada.
Depois, deitar-me em um banco e deixar a morte me levar. Livre...
Como só o fui em minha praça de infinita saudade.
1 de outubro de 2011
A praça da minha liberdade
Olho a foto
e só vejo saudade.
Da bola que atrás corria.
Da pipa que feliz voava.
Da baleba que com Cachola,
Homerinho e o Rogério jogava.
Eu acordava, abria a janela
e via minha praça.
Eu dormia, fechava a janela
e lá estava minha praça.
Um dia, aos doze anos,
me arrancaram de minha praça.
Vos confesso, fiz muita pirraça.
Saudade de minha liberdade,
que ficou perdida sob algum banco
da praça, minha.
Eu volto para buscá-la, um dia,
é lá que ela está, triste, como eu,
a me esperar.
6 de dezembro de 2010
Não tenho pátria amada, tenho praça amada
a praça imensa e bela
praça de minha liberdade
onde vivia sem pressa
brincávamos com tranquilidade
não havia maldade
na praça de minha infância
pelada pique baleba
era tudo gritaria alegria amizade
a mais lúdica das orgias
mas temos de crescer e ir ao mundo
ver a tal da responsabilidade chegar
e a liberdade se acabar
longe da praça de calçado
onde nasci vivi brinquei
livre...livre...livre...livre...livre...
longe de ti nunca mais fui livre
praça querida
praça da minha infância
praça da minha alegria
praça da minha liberdade
não tenho pátria amada
tenho praça amada
eu choro saudade de ti
onde deixei a maior das liberdades
a da inocência...
era livre como palavras
sem vírgula acento e ponto
apenas palavras soltas
achadas no infinito
sem verso sem rima sem rumo
livres como não sou mais
praça da minha vida
praça de minha liberdade
onde vivia sem pressa
brincávamos com tranquilidade
não havia maldade
na praça de minha infância
pelada pique baleba
era tudo gritaria alegria amizade
a mais lúdica das orgias
mas temos de crescer e ir ao mundo
ver a tal da responsabilidade chegar
e a liberdade se acabar
longe da praça de calçado
onde nasci vivi brinquei
livre...livre...livre...livre...livre...
longe de ti nunca mais fui livre
praça querida
praça da minha infância
praça da minha alegria
praça da minha liberdade
não tenho pátria amada
tenho praça amada
eu choro saudade de ti
onde deixei a maior das liberdades
a da inocência...
era livre como palavras
sem vírgula acento e ponto
apenas palavras soltas
achadas no infinito
sem verso sem rima sem rumo
livres como não sou mais
praça da minha vida
A praça de minha vida( São José do Calçado) |
16 de novembro de 2010
Pelas solidões do mundo
Correr, correr, correr
sem pressa
pela imensidão
da praça
de minha infância.
Ah...o tempo...
Levou-me
de minha praça
querida, dos amigos
de toda vida.
E fui-me
a navegar pelas
solidões do mundo.
Vaguei ermas dores
tristes amores,namorei
belas flores...perdidas
na vastidão do nada.
Bebi bares sem fim,
deite-me em mulheres
perdidas de solidão
minha.
Doí-me tanto
e em tal pranto
que recolhí-me
no casulo do desencanto.
E aqui do meu casulo canto
um dia...reencontrei
o prazer do amor.
Resta-me esperar
que não seja só dor
mais, meu reencontro
com a esperança.
sem pressa
pela imensidão
da praça
de minha infância.
Ah...o tempo...
Levou-me
de minha praça
querida, dos amigos
de toda vida.
E fui-me
a navegar pelas
solidões do mundo.
Vaguei ermas dores
tristes amores,namorei
belas flores...perdidas
na vastidão do nada.
Bebi bares sem fim,
deite-me em mulheres
perdidas de solidão
minha.
Doí-me tanto
e em tal pranto
que recolhí-me
no casulo do desencanto.
E aqui do meu casulo canto
um dia...reencontrei
o prazer do amor.
Resta-me esperar
que não seja só dor
mais, meu reencontro
com a esperança.
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