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5 de janeiro de 2013

Jilozinho prepara sua candidatura a presidente e vai lançar a Bolsa Goró

Jilozinho me ligou de São José do Calçado, antes do alvorecer da manhã, para me comunicar que pretende se candidatar à Presidência da República em 2014. Me passou, inclusive, algumas de suas promessas de campanha:
- Jarrão, seu viadão gay, tá tudo bem?
- Estava, Jilozinho, até você me acordar em plena madrugada!
- Ah, você desde que parou de beber e enviadou anda muito reclamão! Estou ligando por um motivo nobre: resolvi que vou ser candidato a presidente em 2014. E vou arrebentar! Já tenho até algumas ideias para a campanha.
- Hummmmm...E quais são?
- Bem, primeiro vou lançar a Bolsa Goró, você, como ex-boêmio, sabe que beber é caro, ainda mais depois da quinta ou sexta dose, quando enricamos e pagamos pra todo mundo. Com a Bolsa Goró vou evitar que o orçamento familiar de nossos pinguços seja afetado. A Bolsa Goró será o orçamento do bar, para evitar desperdício do do lar. Rimou, viu? E, se vencer, como 2014 será o Ano da Copa, 2015, o da minha posse, será o Ano do Copo!
- Sei...
- E tem mais, vou fazer o I Encontro Mundial dos Boêmios, a Olimpíada dos Pinguços. Todo tipo de prova: para bebedores de cachaça. cerveja, vodca, uísque, etc. Para os que misturam tudo vai ter o triatlo, cada atleta escolhe três tipos de bebidas, o  que beber mais é o vencedor. Ah, e vou criar a Licença Ressaca, o trabalhador terá direito a um dia em casa, depois de beber, para curar sua ressaca. Vou ser eleito no primeiro turno, Jarrão, vai ver só...
- Jilozinho, vai te catar! Eu vou dormir...E, desta vez, desliguei o telefone na cara dele.

                                                                                        

30 de dezembro de 2012

"Feliz Ânus-Novo!"

Jilozinho me ligou de São José do Calçado, Totó quer matá-lo:

- Jarrão, seu viadão gay, tudo bem!?
- Tudo, indo, Jilozinho, e você?
- Eu tô bem, quem não tá é o Totó, e quer me matar!
- O que foi dessa vez?
- Ah, ele tá com as "morroidas" pra fora, vai ter de operar a rabiola ano que vem.
Sei...Mas por que quer te matar?
- É que ele me pediu pra não contar a ninguém que tá com o rabo estropiado...Sacumé, né, o bestão tem vergonha! Aí, ontem, a gente estava na festa de fim-de-ano na casa da Dolores e cada um tem de dizer o que deseja aos amigos para o ano seguinte.
-Sei, e o que aconteceu?
- Na minha vez eu disse: " Para o meu querido amigo e irmão, Totó, que está com o cu avariado por uma baita duma "morroida" eu desejo um Feliz Ânus-Novo! Rapaz, o homem virou um saci de quatro pernas, mas eu, que não sô besta, corri e fiquei atrás da Dolores...Ela ele respeita, mas disse que vai se vingar...Ha! Ha! Ha! Ha! Ha!"
- Sacanagem, Jilozinho...Das boas...Hi! Hi! Hi! Hi!

                                                                            

28 de dezembro de 2012

Exclusivo: descobri porque o Paulo Coelho é bruxo

Depois de muio analisar, descobri porque o Paulo Coelho é bruxo: o homem é mais feio que bater em mãe! Quase tão feio quanto o Zé Serra- mas, reconheço, menos antipático. Como diria o Crissaf, grande e ignorante filósofo de São José do Calçado, "o homem é uma verdadeira isca de pegar Capeta, de tão feiarrão!"
Melhor não usar a palavra feio, pode não estar de acordo com a Gramática Normativa do Politicamente Correto, é mais elegante dizer "cidadão desprovido de belezura" ou "cidadão parcimoniosamente belo". O feio fica mais bonito, né não!?

Dão Caricaturas
                                                                    

26 de dezembro de 2012

"Qualquer uma serve, água não dá reação"

Com o calor que anda fazendo me lembrei de um carnaval dos tantos que passei em minha querida São José do Calçado. Fazia um calor infernal. Depois de um porre homérico, eu e Jilozinho acordamos com uma ressaca de humilhar a tsunami do Japão. E mais secos que o deserto do Atacama, no Chile, considerado pelos especialistas o mais seco e quente do mundo. Minha boca estava colada, tamanha a secura. Era por volta de meio-dia, e estávamos hospedados na República dos Raggi, onde a pinguçada calçadense se reunia nos festejos de momo. Corremos até a geladeira...nada...não havia uma gota d'água. Os pinguços que acordaram mais cedo haviam acabado com todo o estoque. Desesperados, rumamos até o Bar do Conrado, entramos esbaforidos e o Jilozinho foi logo pedindo:
- Conrado, duas garrafas d'água mineral, bem geladas!
-Com gás ou sem gás?- pergunta Conrado.
Jilozinho, nervoso, responde em alto e bom som:
- Qualquer uma, porra! Essa merda, com gás ou sem gás, não dá reação!
Bebemos umas três garrafas, cada um, para equilibrar o metabolismo e reiniciar os "trabalhos".

                                                                            

25 de dezembro de 2012

Confusão na ceia de Natal: peru mole x peru duro

A ceia de Natal na casa do Totó lá em São José do Calçado, acabou em confusão, tudo por causa do peru. Jilozinho me ligou, rachando de rir, para me informar do acontecido:

- Jarrão, seu viadão gay! Feliz Natal!
- Feliz Natal, Jilozinho! Tá tudo bem por aí?
- Tá nada, deu a maior confusão  na casa do Totó ontem à noite por causa do peru de Natal, tô rachando de tanto rir...Curei até meu porre.
- O que foi que aconteceu?
- Rapaz, o Totó fez um peru que ficou duro igual a um pau, aí a Maria Gargarejo, que anda tiririca da vida com ele, disse: " Aristides, o peru que deveria ficar duro, que é o seu, ultimamente vive mole, e o que deveria ficar mole e macio, o da ceia, está duro igual a um pau, você deu Viagra a ele? Se deu, deu errado, quem anda precisando de "levanta defunto" é o seu!"
- Jarrão, foi um tumulto dos "bão"! O Totó partiu pra cima dela, ela pegou o peru e mandou na cara dele...Com muito custo conseguimos separar os dois, mas o Totó expulsou todo mundo e deu a festa por encerrada. Tô rindo até agora! Vou lá saber como estão as coisas , depois te ligo de novo pra contar o resto do furdunço. Fui...

                                                                                      

9 de dezembro de 2012

"Tá pensando que sou bobo, eu conheço Itaperuna"

Zé Luzia era um neguinho afrodescendente, humilde, simpático e prestativo, que foi adotado pela família Raggi. De São José do Calçado. Com a morte de seu Aristides Raggi e sua esposa, o Zé ficou encarregado de tomar conta do grande casarão da família, já que os filhos moravam todos fora.
Luis Raggi, professor da Universidade Federal de Viçosa, e grande figura, toda vez que ia a Calçado pegava o Zé e o levava até a venda do João Salim, na cidade vizinha de Bom Jesus do Itabapoana, para renovar seu guarda-roupa. Não era fácil. Luzia experimentava uma calça. No corpo, se a calça ficasse muita larga ou apertada, e não tivesse outras de tamanhos diferentes, mas nosso bom Zé gostasse da cor, danou-se! Embirrava que queria aquela. João Salim ainda tentava argumentar: -"Mas Zé, essa calça tá muito larga, dá dois de você dentro dela, não tá vendo?" Luzia olhava com ar de desdém e respondia: -"Cê tá pensando qu'ieu sô bobo, Jão, conheço Tapiruna, tá!?"
E, sob as risadas do Luis, Zé escolhia suas roupas pela cor que mais o agradasse, jamais pelo tamanho. Tinha personalidade e conhecia Itaperuna. A maior cidade que seus doces e humildes olhos já haviam visto.

Foto de um carnaval em Calçado, onde o casarão dos Raggi virava a República dos Pinguços. O de chapéu e sem camisa, sou eu.
                                                                                     

2 de dezembro de 2012

O que é um amigo?

O que é um amigo?
Tudo...
É a única escolha que fazemos
Sem segundas intenções
Irmãos não escolhemos
Mulheres por sentimentos vários

Amigos
Por cumplicidade d'alma

Por um sorriso
Por um abraço
Por nada...
Por tudo...

Somos amigos
E caminhamos juntos
Ainda que a distância nos separe
O coração nos une.



São José do Calçado, eu ( o gordinho fofo e gostoso) com alguns amigos de infância
                                                                           

29 de novembro de 2012

Um deve, eu herdo a dívida e sou safado

Totó acaba de me ligar lá de São José do Calçado. Segurem aí:
- Toinha, seu viadão gay, tudo bem?
- Tudo, Aristides, e você?
- Não te interessa, a vida é minha e não te devo satisfação dela...Só a Deus, pois como sabe meu ser é demente ao Senhor. E você é um safado!
- Bem, se você ligou a cobrar para me dar esculhambação, vou desligar, tá!?
-Vai porra nenhuma! Você é meu amigo e não seria doido de desligar o telefone na minha cara... Se fizer uma lasqueira dessa, eu vou aí e te mato vivo!
- E tá ligando pra quê?
- Pra te cobrar os cinquentinha que o Jilozinho me deve há mais de um ano e não me paga.
- Porra, Totó! De novo com essa estória? Eu já disse que pagava mas você não quis receber, lembra?
- Safado! Não quis receber porque você só quer mandar os cinquenta, quando me deve cem. Como você é burrinho vou explicar de novo: o Jilozinho me deve cinquentinha, como está descolocado não pode me pagar- eu, pra não ficar no prejuízo, transferi a dívida dele com meu ser para o seu safado ser, tá certo?
- Tá, né?
- Mas o seu safado ser é tão amigo de meu ser quanto do mais safado ser do Jilozinho, não é verdade?
- É!
- Então, se você vai dar os cinquentinha ao inchado ser do Jilozinho para quitar a dívida dele com meu ser, você tem de mandar o mesmo valor pro meu ser. É a fisionomia perante à lei! Ou manda os cem ou é safado! Eu até falei isso com os meus mestres, que sabem muito mais que você, a Dolores e o Edson, e eles disseram que eu tenho escarradas  de razão.
Manda logo meus cem, seu botafoguista safado!
Eu mereço...


                                                                                     

27 de novembro de 2012

"Preso eu tô, mas só vô de automóvel"

São José do Calçado ( ES ), é uma cidade montanhosa, repleta de ladeiras, como Ouro Preto, só que infinitamente mais bonita! Foi lá que veio ao mundo este lindo, gostoso, inteligente, genial e humildoso Barão de General Severiano.
Como em toda cidade pequena deste vasto Brasil, Calçado também tem suas figuras folclóricas. Chico Crescêncio, um negão afrodescendente de seus metro e noventa, era uma delas.
Um dia, o Chico tomou umas canas além da conta e arrumou uma confusão no boteco. Logo convocaram o Miranda, soldado respeitado por todos, um mulatão também afrodescendente e com fama de bravo. Miranda chega ao local do furdunço e vai logo dizendo ao Crescêncio: "Chico cê tá preso!" Chico olhou para o Miranda, pensou na distância entre o boteco e a delegacia- cerca de 1 Km morro acima. A delegacia fica no lugar mais alto do município e o boteco se localizava na parte mais baixa-, deitou-se no chão, encolheu-se todo e disse ao Miranda: "Seu Miranda, preso eu tô, mas só vou de automóvel!" Depois da gargalhada geral, um bom cristão levou o Chico até a delegacia. Mas não acabou...
Ao acordar, na manhã seguinte, Miranda ordenou, como punição, que o Chico varresse a delegacia. Serviço terminado, Miranda diz: "Pronto, seu safado, tá liberado, mas vê se não me arruma mais confusão!" Humildemente, Chico Crescêncio diz: "Seu Miranda, posso te pedir um favô?" O que é ?- indaga Miranda. "Será que num dá pro senhor me liberá depois do armoço!?"
E lá ficou nosso herói, esperando a boa boia da pensão do Chico Mendonça.


                                                               

26 de novembro de 2012

Grande promoção: Black Friday de dentaduras


Entonces!? Lá em São José do Calçado ( ES ), onde nasceu o mais inteligente, gostoso, bonito e humildoso homem que já habitou este planeta, euzinho aqui, os políticos recorriam a várias formas de comprar o voto de seus eleitores: uns davam sapato, mas só um pé, o outro só se fosse eleito; outros notas de dinheiro, mas pela metade, a outra parte só se fossem eleitos; o mesmo ocorria com as dentaduras, o eleitor ficava com a dentição de baixo e só levava a de cima se o canalha de seu candidato se elegesse.
Ah, e os defuntos cumpriam religiosamente seu sagrado direito democrático de eleger seus representantes. Todos votavam, sempre no candidato da situação. Defuntada reacionária!

22 de novembro de 2012

"Seu viadão gay burrinho!"

- Toinha, seu viadão gay, tudo bem?
- Tudo, Aristides, e aí em Calçado?
- Aqui a viadagem de sempre: o Jilozinho me aporrinhando, ninguém na rua à noite, o meu mestre Edson debochando de todo mundo lá na Loja Paris... Como é "debochento" o meu amado mestre! Mas sabe muito mais que você, seu blogueirinho de merda! E é torcedor do Mengão, ele e minha mestra Dolores! Não são botafoguistas safados feito você e o Jilozinho! Se bem que ando meio desconfiado da Dolores, os netos são botafoguistas e ela anda querendo virar a folha. Mas não deixo, se fizer isso fico de mal com ela...E nunca mais uso o é-dela dela!
- O que é é-dela?
-Burrinho! Eu já te expliquei, mas vou explicar de novo: eu não tenho é-meu, essas cartas de correio que em vez de botar no correio a gente bota na internet, mas a Dolores tem. Mas não é meu é dela, se fosse meu seria é-meu, como é dela é é-dela! Vê se se aprende, seu viadão gay burrinho! E quer saber, não quero mais conversa com você! Vai à merda! Viadão gay!
E desligou o telefone na minha cara. Eu mereço...

São José do Calçado ( ES ), onde nasci e terra do Totó e do Jilozinho
                                                                                       

15 de novembro de 2012

Jilozinho revoltado com ministro Joaquim Barbosa

Jilozinho me ligou de São José do Calçado, está revoltadíssimo com o ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF), Joaquim Barbosa.
- Jarrão, tô puto da vida com o Joaquim Barbosa!
- Qual o motivo de tanto ódio no coração, meu amigo?
- Ah, esse negão afrodescendente tá querendo me foder!
-Como assim?
- Cê num viu ele mandando o povo devolver o passaporte!?
- Vi, e o que tem isso a ver com você?
- Tem que o Pereira do seu Honório me deu três litros de uísque "Passaporte"! Trouxe de Macaé pra mim e não tenho nota fiscal dos bichos! Deve ser muamba que o Pereira arrumou por lá e não vou entregar de jeito  maneira! Tô bebendo tudo desde ontem, se quiserem entrego as garrafas vazias! Isso é ditadura, Jarrão! Tive de aumentar a dosimetria de minhas beiçadas para esvaziar   logo as garrafas! Acabei perdendo o domínio do fato e vomitei o precioso líquido todo! Dei uma golfada que lembrei do Juquita nos bons tempos, lembra? Nunca vi ninguém vomitar com tanta força e "catigoria"! Mas ainda tem uma garrafa cheia aqui, vou lamber tudo hoje na casa da Dolores, lá tem aqueles copos metidos a besta, "bão" pra beber "Passaporte".  Aproveito e atazano ela um pouquinho, tem muito tempo que não apareço lá...E o negão afrodescendente que se foda, do meu precioso "Passaporte" ele não vai ver nem o cheiro!
O Jilozinho tá certo, não tá!?

                                                                                         

                                                                                                

13 de novembro de 2012

Do fato ao domínio do fato: um corno bíblico

Totó me ligou alta madrugada de São José do Calçado, a cobrar e com problemas em seu relacionamento com Maria gargarejo. Aos fatos:
- Toinha, seu "viadão" gay!
- Porra, Totó, não são nem cinco da matina, não dava pra ligar mais tarde?
- Não, o telefone é meu e eu ligo a hora que quiser e vê se cala a boca e "ouva" caladinho o que vou dizer. Estou com problemas com a Maria Gargarejo e preciso desabafar...
- Tá bem, desembucha!?
- Quem desembucha é seu cu! Ignorante! Eu estou reflexo com umas coisas que andam acontecendo por aqui. Tô desconfiado que a Gargarejo arrumou outro e se conseguir o domínio do fato vou arrebentar as fuças dela, não tem lei da d. Penha do Oswaldo que vai me segurar! Vai sair catiripapo pra todo lado!
-Calma, Aristides, violência não resolve nada...
- Calma o caralho! A Maria anda de trololó com um pastor crente que apareceu por aqui e vai duas vezes na casa dele tomar aula particular de Bíblia! Segundo a teoria do domínio do fato que vi a ministrada do STF falando na televisão, suspeito que o fato é que não tenho o domínio do fato e de fato acho que tô usando chapéu de touro!
- Ha! Ha! Ha! Ha! Ha!
- Tá rindo de quê, seu "viadão" gay? Não tô achando graça nenhuma, o Jilozinho agora passa o dia mangando de mim, me olha e lá vem com aquele mummmmmmmmmmmm...Tô avisando, se o domínio do fato que virei corno for verdade o pau vai cantar! Pode ajeitar um "adevogado" pro seu amigo e pede a ele pra arrumar logo um corpus christi preservativo que se a Maria botou chifres bíblicos em minha cachola o trem vai ficar feio por aqui! Bem, vou desligar, que fico nervoso ao falar disso e quando meu sistemático "nervosial" se enerva fico com caganeira. Vou cagar...

                                                                                     

10 de novembro de 2012

Lagartense x Parentes, a mais épica das partidas que não ocorreu

No intuito de sacanear o Fluminense um grupo de torcedores postou a súmula do jogo entre o Flor e o Lagartense, quando os alegres e saltitantes tricolores disputaram a terceira-divisão do Campeonato Brasileiro e, em mágicas que só acontecem em nossas plagas, vencem o campeonato e passam direto para a primeira-divisão, deixando a segundona a ver navios.
Mas o que me chamou a atenção na inesquecível vitória da poderosa equipe do Lagartense foi a escalação, recheada de apelidos os mais engraçados, relembrando uma época lúdica do futebol brasileiro. É simplesmente genial: Galo Cego de goleiro é um achado e o Zaroio, armando o time pelo meio devia ser fantástico, olhava para um lado, metia a bola do outro, para a finalização implacável do Pé de Foice.
Fiquei imaginando uma contenda ( como se dizia à época ) entre o poderoso esquadrão do Lagartense e o time dos Parentes, uma equipe formada em Lajé do Muriaé, pequena cidade do norte fluminense, próxima às divisas com Minas e Espírito Santo. O técnico e ponta-direita da equipe, Durvalino, assim escalava seu time de parentes e agregados: Jucão, Fincão e Pontão, Cresci, Ganso e Ferrugem, Eu ( ele, Durvalino ), Mirto da Tia Candinha, Chico Meu Irmão, Cumpadi Mendim e Tião Lá de Casa. Seria a mais épica das partidas!
E não poderia deixar de recordar o grande meio-campo de meu glorioso Americano Atlético Clube, o mais querido de São José do Calçado ( ES ), onde nasci: Franco, Lé e Tão. Bons tempos...

8 de novembro de 2012

Eu vi um circo

Eu vi um circo. Por fora apenas. Sua lona colorida. Havia esquecido que ainda existem circos.E a imagem me remeteu à minha infância. Quando o circo chegava era dia de festa em São José do Calçado. A criançada em polvorosa. O palhaço, com suas pernas de pau, saía pelas ruas. A molecada atrás. E gritava, o palhaço:
- "Hoje tem espetáculo!?"
- Tem sim senhor!!!- respondíamos a plenos pulmões.
- " E o palhaço o que que é !?"
- É ladrão de "muié!"
E subíamos e descíamos as ladeiras de Calçado. A meninada. Depois o palhaço organizava uma fila e fazia uma cruz com carvão em nossa testa. Quem chegasse na hora da sessão com a cruz intacta, entrava de graça. Confusão certa na hora do banho. Ah, como é simples a felicidade. Ah, como é difícil ser simples...
Vou ficando mais velho e cada vez mais nítidas são as memórias de minha feliz infância. Suspeito que seja defesa contra a morte- cada vez mais próxima com o tempo indo...
" Hoje tem espetáculo!?" Tem sim, senhora...Saudade.

                                                                             

3 de novembro de 2012

Oviagra, o ovo melhor que o Viagra

Jilozinho, depois de um tempo sumido, me ligou de São José do Calçado, está iniciando um novo empreendimento, começou a criar galinhas poedeiras. Vamos aos fatos:
- Jarrão, seu viadão gay!
- Fala, Jilozinho, tudo bem?
- Se você calar essa bocarra eu falo! Tá tudo joinha, tô te ligando pra avisar que estou criando uma coisa que a gente gosta muito.
- O que é?
- Galinhas! Mas não são as da espécie humana, as que mais gostamos, é das com penas mesmo, inventei uma fórmula  que misturo na ração das bichas que o ovo delas funciona melhor que Viagra, vou mandar uma dúzia de meu Oviagra pro cê experimentar. E é natural, não tem quimioterapia nenhuma, pode comer à vontade, tanto o Oviagra quanto as galinhas depois, não tem efeito colesterol!
- Sei, mas me explica uma coisa, como você descobriu essa fórmula mágica?
- Bão...Bem...Foi sorte, tomei um porre de cachaça com catuaba e como tira gosto tinha uma sopa de tutano de boi temperada com pimenta malagueta, cheguei em casa e fui no quintal desopilar a serpentina e vomitei tudo, as galinhas comeram minha porqueira, no dia seguinte botaram seus ovos, fiz um omelete e mandei pra dentro, que tava com o bucho vazio...Rapaz! O bicho pegou! Pegou não, levantou! Ficou duro de brilhar! Fui pra cima da Ritinha Boca de Seda e quase matei a desgraçada de tanto metê! Deixei a bichinha escadeirada! Jarrão, eu parecia um cavalo inteiro, só faltei relinchar em cima da Ritinha! Depois que passou o efeito, no outro dia, fiquei pensando no que tinha me deixado daquele jeito e conclui que só podia  ter sido a mistura da sopa de tutano com a cachaça com catuaba. Fiz uma misturada dos produtos e dei às galinhas novamente, aí chamei o Totó,  que tá mais brocha que jumento castrado, fiz outro omelete e dei a ele pra comer: o homem endoidou! Aí vi que o troço funcionava de verdade, se levantou o defunto do Totó levanta qualquer coisa, mas pra confirmar tô mandando o oviagra pro cê também, se funcionar em você...é milagrenta a minha invenção! Hahaha! Vou dar uma beiçada...Tchau!
Eu mereço...Eu mereço...

                                                                                         

23 de outubro de 2012

A Xuxa original era de São José do Calçado e se chamava Chucha

Vocês não sabem, mas a primeira Xuxa, não foi a loura global; nada disso, a original era de São José do Calçado ( ES ), terra natal deste genial, lindo, gostoso e humildoso escriba, e não era loura, era morena e era Chucha e não Xuxa. A loura global se apropriou do nome e trocou o CH por X para evitar qualquer acusação de plágio.
Era artista também a nossa Chucha, só que de outro tipo: praticava a nobre e sagrada missão de iniciar os jovens calçadenses na arte do sexo. Com mulheres, é claro, pois todos, ou quase todos, já haviam passado pelas ancas fartas da égua Itabirinha, como já expliquei em crônica anterior. Um pequeno adendo: quando do falecimento de Itabirinha houve comoção na cidade; ao ponto de um vereador apresentar um projeto com o nobre intuito de construir uma estátua em homenagem à libidinosa equina. O projeto só não foi aprovado por unanimidade na Câmara por não ter entrado em votação. O padre, secundado por suas matronas, ameaçou excomungar a todos e a homenagem, mais que justa- digo eu, foi cancelada. Uma pena...
Voltemos à Chucha: bem, não há muito mais o que dizer, só me resta explicar a origem do apelido... Calma!..., estou tentando encontrar as palavras, afinal este é um espaço pudico e devotado às famílias.
Seguinte, dizem que a Chucha quando estava laborando em sua nobre profissão, na hora do vapt-vupt,do rala-rala, bem, vocês entenderam, gritava: Chucha mais! Chucha mais! Chucha mais!
É isso...
Eis a história da Chucha, a original.

18 de outubro de 2012

Quitando uma dívida do Jilozinho com Totó

Aconteceu de novo e, como sempre, sobra para minha incauta pessoa, Totó me ligou de São José do Calçado ao alvorecer do dia
-  Você tá me devendo "duzentos real" e quero receber hoje, sem falta, seu safado!- berra Totó com sua voz esganiçada.
- Porra, Totó, que raio de dívida é essa!?
- O Jilozinho tá descolocado e emprestei "cenzinho" a ele, como ele não pode me pagar transferi o débito dele com minha pessoa para sua pessoa, que é amigão da pessoa dele. E não aceito reclamação, quero receber minha bufunfa!
- Mas que porra é essa?! Se o Jilozinho te deve cem como quer receber duzentos, virou agiota, Aristides?- ingado.
- Agiota é seu cu! Eu jamais cobraria juros de um amigo e você é meu amigão, assim como o Jilozinho. Vou explicar que você é muito burrinho: se você vai pagar o débito do Jilozinho com meu ser, na verdade está mandando dinheiro para ele, como sou tão seu amigo quanto ele tenho os mesmos direitos e também quero meus cem. A Constituição apátrida garante a fisionomia de direitos- eu suspeito que ele quis dizer que a Constituição da pátria garante a isonomia...- , a Dolores me explicou tudinho e você não me engana mais, pode depositar a merreca se não vou me aborrecer com você! Tchau...
Eu mereço...eu mereço...

São José do Calçado ( ES ), a mais bela cidade do mundo
                                                                                   



13 de outubro de 2012

Notícias de Calçado: o pé-de-manga do Lineu está com o mal de Alzheimer

Totó me ligou hoje cedo de São José do Calçado para me contar as novidades da terrinha:
- Toinha, seu viadão gay!
- Bom dia ,Aristides, tudo bem?
- Bom dia  tá é seu cu, como posso estar bem com o Mengão nessa situação escalafobética!?
-Sei...
- Sabe porra nenhuma! Tô ligando pra te dizer que o pé-de-manga da casa do Lineu caducou de vez, tá até de mal com um tal de Alzheimer, sabe quem é?
-Não, não tive a honra de conhecer, mas me explica isso direito?
- Tive com o Lineu e ele me disse que o pé-de-manga da casa dele, aquele antigo, onde a gente ia roubar manga, tá caduco de tão velho e esse ano deu abacaxi, banana, jabuticada e até abóbora e ficou de mal com o raio desse tal de Alzheimer que não consigo descobrir quem é, daqui de Calçado não é, se fosse eu conhecia. Toinha,eu acho que o Lineu tá mentindo, que ele já passou na Ponte Rio-Niteroi quando ela era de madeira e tocando uma boiada é verdade,eu já vi o retrato, nas essa do pé-de-manga, sei não...abacaxi, banana e jabuticaba pode até ser, são frutas, mas abóbora? Mangueira não pode dar legume,nem a  do Lineu, né não?
- Não sei, Totó, do Lineu a gente pode esperar tudo, embora ele não seja de mentir...pouco!



                                                      

5 de outubro de 2012

O Impasse

Não sei se sabem, mas nas pequenas cidades do interior do Brasil é muito comum, ou era, hoje, com a liberação sexual, as coisas são mais fáceis, jovens- e alguns não tão jovens-, fazerem sexo com animais. Lá em Calçado não era diferente, éguas e cabritas eram as preferidas da rapaziada.

Itabirinha era uma bela potranca de crinas longas e douradas, ancas firmes, trote garboso;resumindo, um "avião" da espécie equina. Com tais atributos era a favorita da molecada. Já estava tão acostumada com o pessoal que quando eles chegavam- trazendo sempre uma espiga de milho, uma cenourinha- ela se dirigia espontaneamente à cama, ops, ao barranco, digo eu, e a orgia começava. Às vezes dava briga na organização da fila,com o tempo ficou estabelecido que os mais velhos e , geralmente mais fortes, iriam primeiro. Nada que Darwin não explique; a parte sexual, talvez Freud...

Badi era um negão afrodescendente de seus metro e noventa, fala mansa, chegado a uma pinga, e tido na cidade como possuidor do maior pênis ( caralho, caralho! ) da região, fato que será comprovado no seguimento de nossa narrativa.

Sabendo que a molecada ia sempre após às aulas ao encontro de Itabirinha, Badi resolveu fazer sua visita orgiática mais cedo,pois era um pouco mais velho e tinha vergonha de fazer sexo em público. Um homem recatado o nosso Badi.Pegou umas espigas de milho, um cabresto e uns pedaços de corda- não, seus maldosos, não é nada de sadomasoquismo, apenas precaução pois estava sozinho e tinha de amarrar as pernas da égua- e partiu ao encontro de Itabirinha.

Badi, por azar, ao chegar ao seu destino não encontrou Itabirinha. Resignado, abre o embornal, pega a garrafa de pinga, toma um gole e começa a se retirar quando avista Consolo, o burro da prefeitura. Não, não era o prefeito, era o burro, que recolhia o lixo da cidade. O lixo, antigamente, era recolhido em carroças puxadas por burros.

Badi para, pensa , toma outro gole, a líbido lá em cima e resolve que vai ser o Consolo mesmo. O pobre do burro era manso e foi logo cativado pelo Badi com uma espiga de milho, e logo meteu o cabresto em seu pescoço e se dirigiu ao barranco, onde amarrou as pernas do incauto burro. Quando deu pela coisa Consolo já estava imobilizado e à mercê da sanha sexual do Badi.

Badi bebeu mais um gole de pinga e se posicionou para iniciar o...o...estupro...não há outro termo, do pobre equídeo. Aqui, meus amigos, deu-se o impasse que ficou nos anais(?) do folclore calçadense: quando Badi já havia penetrado metade de sua estrovenga no ânus( ânus é cu, mas não uso termos chulos aqui, que saco! ), Consolo, que era burro mas não era besta, usou o último recurso do qual dispunha: trancou o rabo...Badi, assustado,tentou bater nas ancas dele,piorou, quanto mais batia, mais o burro apertava. Deu-se, então, o grande impasse, Badi pensava de um lado: "Se o desgraçado abrir eu tiro"; Consolo, por sua vez, pensava de lá: "Se eu relaxar ele enfia tudo". E assim ficaram por cerca de duas horas, até a chegada da molecada que vinha atrás de Itabirinha.

Durante anos Badi sofreu as consequências de sua estabanada aventura sexual, pois além das gozações infindáveis, tinha de suportar Consolo, que continuou trabalhando, puxando sua carroça, e quando via Badi relinchava bem alto e, mostrando os dentes, jogava a cabeça para trás como que dizendo ao Badi: Vem...desgraçado...