17 de junho de 2022

É coveiro, sim- Ruy Castro

 “É COVEIRO, SIM

Em 2020, no auge da Covid, Jair Bolsonaro preferia passear de jet ski a visitar os hospitais abarrotados e solidarizar-se com os profissionais que arriscavam a vida. Enquanto brasileiros morriam por falta de oxigênio, Bolsonaro imitava uma pessoa lutando para respirar. Já então eram-lhe oferecidas vacinas, que ele desprezava em função da cloroquina. E, quando os cemitérios tiveram de abrir covas rasas para comportar milhares, ele celebrou essa tragédia com uma frase: "E daí? Não sou coveiro".
Agora Bolsonaro terá de ser coveiro. Está diante de dois mortos que o mundo não deixará insepultos: o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips. Queira ou não, são seus mortos, assassinados pelos exploradores, traficantes e pistoleiros a quem ele entregou a Amazônia. Por "ele", leiam-se Bolsonaro ele mesmo, seu cínico vice-presidente Hamilton Mourão, presidente decorativo do Conselho Nacional da Amazônia, e o ex-ministro Ricardo "Boiada" Salles.
Bruno e Dom foram mortos a tiros, esquartejados, possivelmente incendiados e enterrados na floresta. Não se sabe a que se reduziram seus corpos —ou "remanescentes humanos", como foram chamados pelas autoridades. É insuportável imaginar que dois seres humanos, até há pouco na plenitude de suas forças e virtudes, sejam neste momento material de laboratório e, pior ainda, em Brasília, não muito longe do homem que os responsabilizou pela própria morte chamando-os de "aventureiros" e "excursionistas".
Seja o que tiver restado deles, mesmo que uma unha, terá de ser entregue às suas famílias e sepultado — Bruno, aqui mesmo, e Dom, quem sabe em seu país. Era o que Bolsonaro mais temia: a prova física do crime. A partir de agora, ninguém mais, em qualquer parte, poderá dizer que o desconhece.
Os coveiros da Covid eram heróis. O coveiro da Amazônia pode ser chamado de muita coisa — você escolhe.”
RUY CASTRO - FSP 16.06.2022

16 de junho de 2022

Bolsonaro, o herege fascista, diz que Cristo “não comprou uma pistola porque não tinha naquela época"

 Bolsonaro, o herege fascista

Jair Bolsonaro, reunido com evangélicos no Palácio do Planalto, afirmou que Jesus Cristo “não comprou uma pistola porque não tinha naquela época”.
Não me surpreende em nada o coice herético do asno fascista disparado em pleno Corpus Christi, data do sacrifício divino, sagrada para os católicos.
Bozo, meu onagro fascista favorito, existiam vários outros tipos de armas "naquela época". O Império Romano, por séculos dominou a região onde Cristo nasceu e viveu exatamente pela força das armas. Jesus , se quisesse, poderia ter-se utilizado de qualquer uma delas, mas escolheu a "arma" do amor ao próximo, coisa que você nem imagina o que seja...
Aqui uma lista das armas utilizadas pelo Império Romano: https://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Armas_romanas

A declaração de Bolsonaro está em O Antagonista- A pistola de Cristo

13 de junho de 2022

De uma coisa tenho certeza: o cérebro do Bozo nunca foi oxigenado!

 Pessoas podem 'viver sem oxigênio, mas jamais sem liberdade', diz Bolsonaro.

De uma coisa tenho certeza: o cérebro do Bozo nunca foi oxigenado!
🥸🥳🧐🤓😎

12 de junho de 2022

Irritando um "urubuminion"

  Fui caminhar e, quando estava fazendo uns alongamentos, me aparece um dos bilhões de pacatos e ordeiros torcedores do Invencível Mengão. Daqueles formados pela telinha da Globo nos anos 80 e 90 do século passado e que tem a mais absoluta certeza que o futebol só passou a existir depois do surgimento do Zico- que, na cabeça do "urubuminion", jogou infinitamente mais que Garrincha e Pelé... juntos!

Depois de irritá-lo bastante, tomei meu rumo... Um dos prazeres da vida, da minha, ao menos, é desmontar as "verdades absolutas" de fanáticos de qualquer espécie. Sim, sei que não vou mudar a opinião deles, até porque a fé é mais forte que a razão. Pensar cansa e gera dúvidas. Mas irritar um fanático, além de ser uma tarefa fácil, é uma delícia!

😁😁😁😀😀😀💭💭💭😂😂😂😅😅😅😇😇😇😄😄😄


8 de junho de 2022

"Nota de Bolsonaro" sobre o desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira

 "Nota de Bolsonaro" sobre o desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira

Todo mundo pode sumir na Amazônia! E no caso dos defensores da vagabundagem indígena, tá claro que foram os comunistas que arrumaram uma onça e uma sucuri para comerem os dois vermelhos ateus e botarem a culpa em meu governo cristão.
Jair Messias Bolsonaro

Obs: A nota do Bozo foi um ironia que eu criei, mas baseada no que ele pensa e diz.
💩💩💩💣💣💣💀💀💀😛😛😛😈😈😈

7 de junho de 2022

Castro castrou ânimo da torcida do Botafogo

 Castro castrou ânimo da torcida do Botafogo

A "botafogada" cometida pelo Alvinegro na derrota para time meio-bomba do Goiás, de virada, e no estádio do Botafogo, caiu como uma tempestade de neve em nossa torcida.
Para além do árbitro, que permitiu que o time goiano batesse à vontade durante todo o jogo, nosso técnico, Luís Castro, quer implantar um esquema de jogo sem ter os jogadores necessários para que a coisa funcione.
Jogar o tempo todo pressionando o adversário é para times que têm elenco para fazer isso. Liverpool e Manchester City têm, o Botafogo, apenas uns milhares de quilômetros atrás de ambos, não.
O que temos de melhor no ataque? A velocidade de Victor Sá e Erison, que ainda conta com uma força física descomunal. Os dois ficam "encaixotados" no esquema do Castro, e mesmo tendo maior posse de bola, o time cria poucas chances e fica aberto aos contra-ataques de nossos adversários. Ontem (06), mesmo perdendo, o Goiás continuou jogando atrás e venceu com 2 gols feitos em contra-ataques.
Na minha opinião, o Botafogo deveria reforçar o meio-campo, que marca pouco, e deixar apenas Erison e Victor Sá mais avançados.
Se vierem mesmo reforços de peso no meio o ano, pode-se mudar o esquema, mas com o atual elenco jogar como quer o Castro é suicídio...
Só pra constar: o Botafogo está a apenas 2 pontos da zona de rebaixamento e nossa próxima partida será contra o Palmeiras, em São Paulo.

6 de junho de 2022

A banalização do mal no Brasil

 A banalização do mal

“Um cidadão normal, chamado Genivaldo, foi gasificado num porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal no Estado de Sergipe”, disse Denis Rosenfield.
“O espetáculo do horror introduz a morte violenta patrocinada pelo Estado, cuja função – convém sempre lembrar – consiste em proteger a vida e o patrimônio dos cidadãos. Hobbes já dizia que essa é sua função essencial, sem a qual a sociedade recairia num estado de selvageria, denominado por ele de guerra de todos contra todos. A justificativa inicial utilizada pelo arbítrio foi a de um ‘mal súbito’ sofrido pela vítima, expressão que só pode ser considerada como uma piada macabra. Mal, sim, existe, mas o de uma sociedade que começa a se acostumar com tal tipo de arbitrariedade. Súbito, sim, o descaramento e a ausência de compaixão (…).
O Brasil vive um período particularmente delicado, pois estas formas de ‘morte social’ passam a ser tidas por normais. Nem a compaixão se faz mais presente nas ações governamentais. Se o Estado não se impõe, protegendo os malfeitores e relegando os policiais honestos e conscientes, é porque se encaminha para formas autoritárias. Trata-se, na verdade, de um jogo político com a morte. A sociedade não pode pactuar com tal tipo de ‘brincadeira macabra’”.
Denis L. Rosenfield (1950), é gaúcho de Porto Alegre. Tendo-se graduado em Filosofia no Rio Grande do Sul, concluiu o doutorado na Universidade de Paris I (Panthéon-Sorbonne), em 1982. Integrou o Corpo Docente da Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tendo sido coordenador desse programa, entre 1985 e 1987. Nessa Universidade, foi o editor da Revista Filosofia Política.
Observação do Barão:
Denis Rosenfield não é de "esquerda".