Segundo os especialistas em vida saudável eu morri em 1672

 Morri em 1672

Não bebo há quase três décadas (parei em 1994), parei de fumar tem 9 anos(2013), e evito comer "porcarias"- que, em geral, são deliciosas.

Andei fazendo umas contas e fiquei abismado! Pela quantidade de álcool que já bebi, de cigarros que fumei e de "porcarias" que comi, eu morri há uns 350 anos, segundo os especialistas em vida saudável, que são, na verdade, especialistas em estragarem o nosso prazer de viver. Pelas contas deles este Barão, embora tenha nascido em 1956, morreu em 1672, bem antes de nascer, pois. E sem nunca ter ficado doente. Saco!

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Fabio Assunção dá exemplo de grandeza e dignidade ao falar de seu alcoolismo

Uma bela atitude do Fábio, que em momento algum se vitimizou ou tentou censurar  a música. Alcoolismo é um doença, e causa maior de grande parte das tragédias familiares brasileiras, acidentes de trânsito e outras mazelas que nos afetam.

Parabéns, Fábio Assunção!

Só por hoje, sempre...

O medo tem medo da luz

Aceitar o que não posso modificar. Modificar o que posso. Enfrentar meus medos. Um por um. Um dia de cada vez. O medo paralisa. Traz angústia... Ansiedade... Insegurança... Infelicidade... Tentei fugir do medo através do álcool. Minha vida virou um inferno e o medo me venceu por um bom tempo.
Aceitar... Não se conformar. Aceitar e enfrentar para mudar. Controlar o medo confrontando-o. Não ter medo do medo. Fantasmas não existem. Só os criados pelo medo. Enfrentar o medo, sem medo, é exorcizar seu espírito. Iluminar a escuridão interior. O medo tem medo da luz!

Se ainda houver caminho no fim do túnel

Muitos se perderam pelo caminho dos sonhos. Eu fui um deles. Do  caminho que sonhamos juntos, nada sobrou, a não ser a dor de ver sonhos virarem pesadelos. Do mundo fraterno que sonhamos juntos, ao mundo fratricida que vivemos hoje. O mundo do eu, do egoísmo extremado, do vencer a qualquer custo, como se vencer fosse só acumular dinheiro, carros, imóveis... 
Me perdi pelo caminho do sonho da liberdade infinita. Perdi-me em noites vazias de amores fúteis regadas a álcool. Perdi-me  tanto, que me perdi de mim, errei o caminho da volta. Caí em buracos repletos de dores profundas. Acabei só, perdido no breu do longo túnel da solidão. E, na escuridão do túnel, no desespero da desesperança, uma mão, suave e carinhosa, pousou em meus ombros, me apontou um novo caminho, e disse: "Caminhe por ali..."
E desde então, um dia de cada vez, vou seguindo o caminho da esperança, da compaixão pelo outro que sofre, da generosidade justa. Da paz de espírito.
Hoje, quando tropeço, olho pra cima e pra frente. O inferno, o meu inferno, vai ficando, dia após dia, mais distante...

Três drogas são liberadas no Brasil: álcool, fumo, e políticos corruptos com foro privilegiado

Três drogas são liberadas no Brasil: álcool, fumo, e políticos corruptos com foro privilegiado (protegidos pelo Ibama, quer dizer, pelo STF).

Se assim é, deveriam liberar é tudo!

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Perdi um amigo

Perdi um amigo.
Alma generosa mas atormentada.
Perdeu-se no álcool e nas drogas.
Overdose de excessos, que foi.
Que encontre a paz...
Que nunca teve em vida.
( para Orestes)

Sou um sobrevivente

Sou um sobrevivente.

D'eu mesmo,

De minhas insanidades,

Em excesso todas:

Álcool, cigarro, sexo, vazios e solidões.

Vivia feito louco com ansiedade de vida.

Mais vida...

E me perdi nos copos e corpos da louca vida.

Mas sobrevivi.

Sem álcool, sem cigarro...

Só por hoje, sempre.

Passagem- Bruno Junger Mafra

PASSAGEM

Árvores mortas 
e o silêncio da noite
há a rua de ter um final , eu bem sei
assim como o ato de caminhar
com o corpo no álcool e a alma na merda

talvez devesse parar agora
em vez de com palavras
agredir a quem amo
e a mim mesmo mais do que ninguém

sou feito de contradições que nem decifro
não digiro as palavras que aprendo a manejar
e nem me dou por vencido ( velha teimosia )
apesar de há muito já ter perdido

com um olho na distância
sinto a madrugada insinuar entre cores
os faróis da manhã
mais um dia se foi e eu sobrevivo
sem expectativa do outro que vem

confuso e maquinal , acendo
o sexagésimo cigarro do dia
depois beijo o ventre da aurora
e durmo
o velho sono dos injustos

- Bruno Junger Mafra - "A Valsa Esquecida" , p. 127

Quando digo sim querendo dizer não

Cada vez que digo sim

Querendo dizer não

Morro um pouco em meu coração.

Fiz o verso baseado na frase que me disse um querido amigo. Um homem humilde que conheceu o inferno do alcoolismo e chegou a virar mendigo. Hoje, há mais de 25 anos sem beber, é um excelente pai de família, amigo, trabalhador e ainda arranja tempo para ajudar outros alcoólatras que ainda sofrem.

Quero um ano infinito

Não!

Outro ano novo...

... Não!

São tão repetitivos,

os novos anos.

Muita comida, muito álcool,

bastante hipocrisia...

Tudo ao brilho e som de fogos.

Quero um ano infinito,

tomado de paz, sabedoria e silêncio.

Se vocês não desistem de mim, eu não tenho o direito de desistir da minha vida!

O prédio, um velho teatro desativado. Decadente e mal-cuidado, mas com o a entrada e o corredor limpos. Numa pequena sala dos fundos, um grupo formado por cerca de 25 pessoas começam mais uma reunião de Alcoólicos Anônimos. A Oração da Serenidade: Concedei-nos, Senhor, a Serenidade necessária 
para aceitar as coisas que não podemos modificar, 
Coragem para modificar aquelas que podemos, 
e Sabedoria para distinguir umas das outras.

Um homem é chamado para dar seu depoimento: “Bom dia, companheiros! Meu nome é Jair e comecei a beber com oito anos. Meu pai abandonou minha mãe e quando eu tinha oito anos ela morreu...  Nasci em Campos. Na época tinha um circo por lá. Comecei a fazer pequenos trabalhos pro pessoal do circo,  em troca me davam comida e cachaça, que eu ia nos botecos comprar pra eles.Mesmo bebendo trabalhei a vida toda. Consegui me casar e tenho um casal de filhos. O rapaz tá com 28 anos. É formado em advogado e já tem até carro! É meu maior orgulho! Mas se afastou de mim por causa de minhas bebedeiras... A menina não fala comigo tem anos. Hoje tenho 53 anos, conheci o AA tem seis anos. Mas ainda não conseguiu ficar mais de um ano direto sem beber! Sei que é doença, que não devo, não posso e não quero mais beber... Mas, pra mim é muito difícil. Me dá uma coisa e volto pro inferno! Perco tudo o que consegui nos meses que fiquei  aqui com vocês... Volto pras ruas, viro mendigo novamente! Penso em desistir... Mas não posso mais! Lembro da sala, do carinho dos companheiros, dos meses que fiquei sem beber e volto! Aqui sou tratado como gente e uma hora esse Poder Superior vai me dar a graça de não recair mais! Se vocês não desistem de mim, eu não tenho o direito de desistir da minha vida! Muito obrigado por terem me ouvido e muitas 24 horas para todos!

Um homem em luta por sua sobriedade, por sua dignidade. Só por hoje, sempre.

Meu amigo está morrendo

Meu amigo está morrendo.

Coração imenso, maior que o mundo. Profissional brilhante.

Mas, dependente químico.

Tentou... Tentou... Tentou... Mas nunca conseguiu ficar limpo por muito tempo.

Álcool. Cocaína... Álcool e cocaína.

Diabético. Cinquenta e três anos.

Primeiro a adicção levou-lhe o dinheiro, depois a família, depois os bons trabalhos, depois os melhores amigos- os poucos que lutavam ao seu lado e o alertavam que caminhava rumo  ao abismo. Em vão.

Briguei com ele por  recusar tratamento.

Em coma, parece que irreversível. Hemodiálise. Se escapar, as pernas perdidas.

Uma vida... Um amigo, até o fim. Triste fim.

Aécim diz que só experimentou maconha quando tinha 18 anos e é contra a boemia... E eu sou o Papa!

 O senador Aécio  Neves, candidato do PSDB á Presidência do Brasil, afirmou em uma entrevista que experimentou maconha aos 18 anos e parou por aí. Disse mais, o Aécim, afirmou que é contra a boemia!, é isso mesmo que leram... O Aécim é contra a boemia!

Quanto à maconha eu acredito no que disse, fumou aos 18, não gostou;  experimentou Pepsi, não gostou; experimentou Coca e adorou! Questão de gosto, o saber saborear, saber cheirar...  Mas ser contra a boemia!?

Do jeito que a coisa está indo, o nosso querido Aécim  vai acabar afirmando que vivia na noite de Ipanema apenas para converter à vida monástica, jovens e alegres mulheres perdidas pela rudeza da vida fácil que levam. Soube até que algumas das que foram salvas pelo Aécim em suas infinitas noites de boemia cristã  no Rio, viraram freiras carmelitas e estão internadas na Centaurus, antro de perdição sexual de Ipanema, que Aécim transformou em um rigoroso monastério.

Ah, e nunca bebeu, o Aécim, sempre foi radicalmente contra o álcool. E quem disser o contrário é um mentiroso contumaz. É alérgico a drogas desde a mais tenra idade, o Aécim, principalmente álcool e cocaína. O Homem é tão pudico que suspeita-se que seja até virgem.

A lamentar, como de costume, a insidiosa campanha movida contra tão puro, alvo e limpo ser-humano pelo grupo de comunistas alcoólatras, viciados em cocaína e pervertidos sexuais que dominou o Brasil  com o intuito sórdido de destruir a família brasileira. Mas não deterão o Aécim, que em sua fraterna humildade cristã, sempre repete o ditado bíblico:

 "Pois tu és pó, e ao pó retornarás.” — Gênesis 3:19

 

A entrevista do Aécim está no Brasil Post

 

 

Sou um perdedor nato

Vencer...

Vencer...

Vencer...

Não desistir jamais

Dizem-nos todos os dias

Pois eu desisto sempre

E de muita coisa

Sou um perdedor nato

Perdi para o álcool

Perdi para o fumo

Perdi até o rumo

E só o reencontrei

Depois que desisti

E aceitei que perdi

Só assim

Só por hoje

Venci...