Mostrando postagens com marcador estado. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador estado. Mostrar todas as postagens

3 de abril de 2011

Primeira-Ladra de merenda escolar já está solta

Pois é...umas das acusadas de ROUBAR- desvio é o cacete!- verbas da merenda escolar no estado de Alagoas, a primeira-ladra do município de Limoeiro de Anadia, Heloísa Maria Cruz Ferro, já foi solta, nunca mais vai ser presa, o processo vai se arrastar por anos e tudo fica por isso mesmo.
Enquanto não considerarmos, primeiro, roubo de dinheiro público como roubo e não  desvio e tal crime passar a ser inafiançável, a roubalheira continuará correndo solta pelo país.
Esta semana vou fazer um levantamento dos escândalos- só os maiores- de roubo de dinheiro público nos últimos 10 anos e vocês verão que nossa justiça só funciona para pobres e, com preferência, negros. Enquanto os ladrões e ladras de Alagoas compravam ração para cachorro e bebiam uísque com o dinheiro ROUBADO da merenda escolar, as crianças comiam biscoitos e em outras escolas a merenda só era fornecida durante 15 dias. E estão todos livres, leves, soltos, como seus antecessores de ladroagem.
A notícia completa está em Folha.com
image0011

31 de março de 2011

Venha aprender como ficar rico hoje

Nós somos realmente um país surreal, como ando querendo ficar rico sem esforço e não sou político e muito menos apaniguado de algum deles, o que, no mínimo, me renderia um cargo de confiança(???????...) em um ministério ou estatal qualquer, resolvi entrar em um desses sites que ensinam a ganhar em algumas das dezenas de loterias bancadas por um Estado cuja Constituição diz que o jogo é proibido e fiquei surpreso, nós somos pobres porque queremos, os caras garantem 100% de probabilidade de acerto se comprarmos os pacotes oferecidos por eles, são generosos os estelionatários em voga, e socialistas, pois tendo o segredo em mãos, o dividem com todos nós por um preço módico. Deve ter muito otário que compra, caso contrário não estariam anunciando.
E achei um que ensina como ganhar no Jogo do Bicho, que como sabemos é uma contravenção penal, mas funciona em cada esquina, graças ao bom coração($$$$) de nossas autoridades, mas o melhor é que o site ameaça de prisão quem copiar o conteúdo sem ser cliente deles :
ATENÇÃO: O acesso ao site é exclusivo do cliente, se o conteúdo for acessado por outra pessoa que não seja o cliente o acesso ao site e ao seu conteudo será bloqueado definitivamente. A cópia de nosso conteúdo para terceiros prevê até quatro anos de PRISÃO, conforme Lei Nº10.695.
Vendem um produto que ensina a jogar em um jogo proibido por lei e ameaçam com a lei...
Sorte do Kafka que ele não era brasileiro, se fosse, em vez de A Metaformose, no máximo teria escrito Eu Desisto e em seguida dado um tiro na cabeça.
Quem quiser ficar milionário com rapidez sem ser político é ó ir em Segredos da Loteria

jogodobicho-1

29 de março de 2011

No Brasil em vez de meritocracia temos a canalhocracia

O governo suspendeu novos concursos públicos e a nomeação dos já aprovados em concursos anteriores por medida de economia. Eis o que é nosso Estado patrimonialista, os que se eforçaram, estudaram e estão estudando e, ao menos teoricamente, são mais preparados para exercer suas funções, teriam que ter suas vagas preservadas, mas não, que se danem. Pergunto: alguém viu o governo cortar algum dos chamados cargos de confiança que, em geral, servem para dar empregos a vagabundos apaniguados de políticos ? Claro que não, ao contrário, já criaram mais uma secretaria com status de ministério, a da Aviação Civil, e junto com a medida-provisória-eterna que a criou já constavam umas cento e poucas sinecuras para serem distribuidas aos partidos da chamada base aliada.
No Brasil em vez de meritocracia temos a canalhocracia. Mas é "assim mesmo"...Saco!

189223_171256609591794_100001223697515_452512_551890_s

26 de março de 2011

Carregamos o sofá para sermos traídos em outra sala

Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas, nós, brasileiros, escrevemos torto por linhas mais tortas ainda, somos feito a piada do sujeito que pega sua mulher no sofá com outro e resolve o problema retirando o sofá da sala. Todo dia leio artigos sobre o excesso de burocracia e ingerência do Estado na vida dos cidadãos e geralmente o artigo termina pedindo menos presença do Estado; do outro lado o pessoal da esquerda, que sacraliza o Estado. Uma discussão equivocada, na modesta opinião deste que vos escreve estas linhas, nosso problema é outro: temos Estado demais onde não se precisa dele e de menos onde ele se faz necessário.
O caso da lei da Ficha Limpa é emblemático, cria-se mais uma lei porque como temos excessos de leis e ritos burocráticos em nosso morosa (in)justiça, os processos levam anos para serem concluídos, quando o são, ficando os transgressores impunes, ora deveríamos nos mobilizar para exigir uma ampla e profunda reforma na ESTRUTURA do Estado brasileiro, que está carcomida pela corrupção. Exemplo: Políticos e funcionários públicos teriam que ser julgados em prazos rigorosamente estabelecidos em lei, punindo-se exemplarmente os magistrados que não cumprissem os prazos estabelecidos, quem lida com o bem público e comete falcatruas, prejudicando o conjunto da população tem de ser julgado com rapidez e rigor. O resto é mais burocracia-onde já temos em excesso-, e carregar o sofá para sermos traídos em outra sala.

estado-ideal-capitalismo

24 de março de 2011

Ficam com o bônus e enfiam os ônus em nosso ânus

A maior virtude da maioria esmagadora de nossos políticos é que são defensores extremados de seus valores, e por isso imcompreendidos pela maioria da população. São honestíssimos e valorosos defensores de suas mordomias; de seus aumentos pecuniários; do emprego público para seus áulicos; de um caixa 2...3...4...
O Estado vira uma empresa deles, onde se apropriam dos bônus e os ônus enfiam em nosso ânus. Saco!


"Roubei" lá do Com Texto Livre
                          

11 de março de 2011

Misturei tudo, tsunami, terremoto e Estado corrupto

Algumas rápidas considerações sobre o terremoto devastador que se abateu sobre o Japão:
A- Em momentos assim vemos como o culto ao individualismo é uma burrice inominável, só existimos como espécie por sermos solidários, desde tempos imemoriais. Ainda há tempo para que resgatemos o velho e sábio ditado que diz ser "a união que faz a força."
B- Aqui no Brasil uma grande enchente mata mais gente que um terremoto de grandes proporções, seguido por uma tsunami devastadora. Nossos governantes são criminosos e usam desculpas esfarrapadas para se eximirem de suas responsabilidades. O Estado brasileiro é corrupto, suas estruturas estão corroídas por ineficiência e compadrios seculares e existe para proteger os seus e não a sociedade. Só mais um exemplozinho: o ex-deputado José Genoíno, que até hoje não conseguiu explicar convincentemente como escapou de ser assassinado pelos militares na Guerrilha do Araguaia, quando todos os seus companheiros foram torturados e mortos, é réu no STF no processo do chamado Mensalão e foi nomeado assessor do ministro da defesa Nélson Jobim, por ironia  ex-presidente do próprio STF. Ah, o Genoíno recebe Vinte Mil Reais de pensão como ex-deputado, e nós temos de trabalhar um monte de anos para receber o teto do INSS, uma mixaria. E ainda dizem que somos iguais perante a lei.
C- Nós, o povo, somos criminosos por omissão ao aceitarmos um Estado ineficiente com uma das maiores cargas tributárias do mundo. Têm funcionários de estatais( no BNDES tenho certeza) que recebem quinze, dezesseis salários por ano. Fora participação nos lucros e outras mordomiazinhas menores.
Quando conseguirmos juntar os pontos, se conseguirmos um dia, não restará pedra sobre pedra e teremos uma verdadeira tsunami social nestes "tristes(e corruptos!) trópicos."
189223_171256609591794_100001223697515_452512_551890_s

10 de março de 2011

Algumas questões sobre o politicamente correto


1- Eu sou a favor do casamento entre homossexuais não por gostar ou desgostar deles, mas por ser um direito individual de cada um viver com quem quiser, o Estado não tem o direito de interferir nas escolhas individuais de cada um. E a Constituição diz que todos são iguais perante a lei. Cumpra-se!
2- Eu tenho o direito de gostar ou não gostar de quem quiser, inclusive de gays, negros, albinos, anões, cegos, gordos, magros, putas, alemães, ruivos, louras, gagos, flamenguistas, políticos ladrões, desculpem, políticos, ladrões, é problema meu, o que não tenho é o direito de discriminar, pelo mesmo motivo acima, a Constituição diz que somos todos iguais perante a lei. Cumpra-se!
3- O Estado é laico e não pode ser pautado por moralismos religiosos; que em seus templos, igrejas, sinagogas, terreiros, mesquitas, centro espíritas... preguem o que quiserem, é direito de cada um, o que não podem é impor suas visões religiosas, ainda que majoritárias, ao resto da sociedade, pelo simples motivo de nossa Constituição dizer que todos são iguais perante a lei. Cumpra-se!
4- Se cumpríssemos o que a Constituição diz, em uma única frase estaríamos economizando bilhões de reais. Sem falar no tempo gasto em redigir estatutos, leis, decretos e portarias que, em geral, não são cumpridos e ficam nos entulhando de mais burocracia e boquinhas nas tetas do Estado. A Constituição diz que educação e saúde, de qualidade, são obrigação do Estado, se exigíssemos o cumprimento das duas e mais  o da igualdade perante a lei, 90% de nossos problemas estariam resolvidos, mas não gostamos do óbvio, gostamos é de parafernálias burocráticas que servem para favorecer algumas minorias, inclusive à esquerda. Saco!
gotico gay

8 de março de 2011

Prefiro estado de coma a Estado corrupto

Eu tenho estado:
de espírito
d'alma
mal
bem
mais ou menos
de coma
prefiro todos eles
até os que não são bons estados
ao Estado de privilégios e corrupção
que se tornou o Estado brasileiro.
BTdude_wtf_you_doing_birds

Um novo símbolo para nosso Estado

SINB 5
Eis aí  uma cobra de cinco cabeças, que devia ser o símbolo de nosso Estado: patrimonialista; corrupto; ineficiente; voraz e burocrático. Tá bom, já é veneno suficiente para nos matar, de raiva!

1 de março de 2011

Eu, um juiz e o Chico Buarque


" No judiciário, que deveria pautar-se pela seriedade e modéstia, o uso desenfreado de veículos oficiais de representação simboliza apenas prestígio e poder, desservindo a causa da justiça; malfeitos em processos licitatórios ainda são a tônica pelo país afora; disputas por cargos altamente rentáveis encimam o interesse público; denúncias de desvios, corrupção e fortunas construídas da noite para o dia no setor público fazem parte do cotidiano. Até quando?"
" Há que se tornar efetiva a República; concretizemos princípios da Constituição Federal que impõem moralidade administrativa, a probidade e a legalidade como fundamentos do estado de direito"
Os parágrafos acima são partes de um artigo não meu, de um oposicionista ferrenho ou de um radical de esquerda, são palavras candentes de um juiz federal, Ali Mazloun, de São Paulo.
É o que estou careca de dizer aqui:  Nós vivemos em um estado de direito onde o Estado não é direito !
Como somos um país em que as pessoas acreditam em cargos e posições e não em ideias, talvez as palavras de um juiz federal surtam algum efeito. Aqui as coisas funcionam assim: se eu ou outra pessoa não famosa escrevermos um belo texto ou poema, ninguém se importa; agora se for uma bela porcaria mas levar a assinatura de um famoso qualquer, todos babam...Genial!!! Fantástico!!! Deslumbrante!!!
É o caso do Chico Buarque, de quem sou fã incondicional, do compositor, em minha opinião, junto com Noel Rosa, o maior dentre os maiores; como romancista, apenas mediano, com boa vontade, mas se ele escrever um romance usando apenas as palavras merda e bosta do início ao fim, a mídia vai aplaudir e veremos elogios por todos os lados: " Que bosta genial!" "Que merda fantástica!"
Ai...ai...Sem saco. Saco!
o erro e a verdade

27 de fevereiro de 2011

Faça o que mando mas não faça o que faço

Ser governo, no Brasil, é exigir do povo que faça tudo que o próprio governo não faz: ser honesto; pagar seus compromissos em dia; respeitar às leis e a Constituição; evitar se endividar; ser racional e só gastar o que tem; trabalhar de segunda a sábado; não roubar... É o maior exemplo do velho ditado do "faça o que mando, mas não faça o que faço."
Nós vivemos em um Estado de direito, onde o Estado não é direito.
180921_178566012186688_100000998700630_382323_7535266_n

15 de fevereiro de 2011

E ainda temos coragem de contar piada de português

Hoje, ao menos na parte da manhã, não tem Mestre Lebrão e Tango, o orangotango baiano, tomaram um porre ontem à noite e estão sem condições de trabalho.
Encontrei foi Chu A. Quim na padaria, agora cedo, e o chinês impertinente veio logo com sua perguntinhas dificeis de responder.
- Joseíre, ontem fui numa repartição pública, levei horas para ser atendido e achei interessante a plaquinha que tinha lá ameaçando de prisão quem desacatar funcionário público. Me explique, Joseíre, a Constituição de vosso país não diz que todos são iguais perante à lei?
- Diz, Chu- respondo.
- E funcionário público não é gente como nós?
- É...bem, ao menos deveria ser- respondo já meio puto.
- Eles não são pagos com o dinheiro dos impostos que a população paga, Joseíre?
- Sim, são, Chu, diga logo o que quer saber que tenho mais o que fazer- respondo, já ansioso para me livrar do china.
- É que fiquei a pensaíre, se a lei é a mesma para todos por que uma para privilegiar os funcionários do Estado, e se eles são pagos com dinheiro dos impostos cobrados da população, são empregados dela, aí, Joseíre, dei-me conta que vosso belo país é o único lugar que conheço onde empregado ameaça patrão! E vocês adoram contar piadas de português....
- Vai à merda, Chu!- saio, puto, mas sendo obrigado a concordor com o Chu A. Quim.

chrg0920
Chu A. Quim
                                                                         

12 de fevereiro de 2011

A procuradora e a empregada

Mais uma vergonha para nosso pobre país, vou reproduzir apenas uam parte do texto, a vergonheira toda vocês podem ler no Luis Nacif Online, vejam as palavras do antropólogo Roberto da Matta:
“Somos um país de senhoritos, não carregamos nem mala”, diz o antropólogo Roberto DaMatta, autor do livro Fé em Deus e pé na tábua. DaMatta associa a violência no trânsito brasileiro a nossa desigualdade. Usamos o carro como instrumento de poder e dominação social, um símbolo do “sabe com quem você está falando?”.
“Dirigir um carro é na verdade uma concessão especial, porque a rua é do pedestre”, diz DaMatta. Mas nós desrespeitamos o espaço público. “No caso da procuradora e da empregada, juntamos uma pessoa anônima com uma impunível”, afirma. O Estado é usado para fortalecer o personalismo, a leniência e para isentar as pessoas de responsabilidade física. Em sociedades como a nossa, onde uns poucos têm muitos direitos e a grande massa muitos deveres, Lucimar nem sabe que pode e deve lutar.”

Enquanto não aprendermos que somos nós que sustentamos o Estado e que funcionário público é empregado do povo, absurdos como este continuarão ocorrendo. Lamentável!


                                                     poder_2_0

6 de fevereiro de 2011

Fisiológico de direita, de centro e de esquerda

Ai...ai...como a história se repete aqui no Brasil, nossa História, parodiando Marx, é uma grande tragédia encoberta por uma série de farsas, que não raro viram comédias. Ando lendo alguns blogs da turma da esquerda- uns ótimos, por sinal-, e fico rindo das curvas que fazem para justificar a aliança do PT com o PMDB, mais precisamente com o grupo do senador José Sarney. O que não percebem é que fazem exatamente o mesmo discurso que a direita fazia para justificar acordos com grupos fisiológicos comandados por...Zé Sarney!
O homem é um fenômeno, já foi fisiológico de direita, de centro e agora é fisiológico de esquerda. Tudo bem, entendo a necessidade de acordos para a tal governabilidade, mas que não se perca de vista que Sarney é o que sempre foi: um homem que coloca os seus interesses acima de qualquer coisa, o poder é o que lhe importa. Venha da direção que vier, lá está o Zé, impávido para fazer os acordos que facilitem a ele e aos seus manter privilégios e sinecuras que desfrutam na arcaica e obesa estrutura do estatismo pátrio.
Não sei, mas a Dilma já deu sinais claros que é menos tolerante com o fisiologismo que Lula, o que é muito bom e, aos poucos, vai tomando as rédeas do governo e impondo seu estilo, vão se estrepar os que acham que ela vai ser apenas um ventríloquo do Lula, não vai mesmo. E quando puder vai meter o pé na bunda fisiológica de muita gente. Quem viver verá!



http://jboscocartuns.blogspot.com/                        



13 de janeiro de 2011

O governador descobriu o óbvio ululante

O governador do Rio, Sérgio Cabral, em quem votei, declarou que a permissividade dos poderes públicos, que permite construções em áreas de risco é responsável pela tragédia que assola, mais uma vez!, o Estado. Bingo!!! O homem é um gênio, descobriu o óbvio ululante, como diria Nelson Rodrigues. Interessante é que ele está entrando no quinto ano como governador do Estado e só agora descobriu tal obviedade. Sugiro que crie uma Secretária do Óbvio. Botou a culpa nas prefeituras, ou seja a atual tragédia é municipal, sim, eles burocratizam suas mazelas: temos as tragédias- omissões soaria melhor- federais, estaduais e municipais, assim ninguém é culpado, pois os prefeitos dirão que a culpa é do governo estadual que não liberou as verbas, o mesmo dirá que a responsabilidade é do governo federal que contingenciou a liberação dos recursos e ano que vem, mais mortes, as mesmas desculpas e quem morreu...bem...morto está!

Quando vão inaugurar alguma obra eles estão sempre juntos, governador, prefeito e, se a obra for grande,  o Presidente da República,a Presidenta, agora, mas quando é desgraça, mais das vezes, provocadas por suas omissões, aí amigos, sabem como é, filho feio não tem pai. E no Brasil, se nem vivo é de reclamar, imagina morto. Vida que segue...para quem tem sorte.



                                                 Tragédia anunciada- Antonio Lacerda/EFE
Tags: 
                                                                 

Nós e nossos governantes somos assassinos

E a tragédia anunciada se repete, agora é anual, com centenas de mortos na região serrana do Estado do Rio, ano passado foi aqui em Niterói. A omissão do poder público é imperdoável e indesculpável, não me venham com o lenga-lenga de sempre de dizer que foi inesperado, as chuvas foram maiores que o esperado e que tais, hoje tem-se meios de prever com alguma segurança a incidência delas.

O problema é outro: incúria administrativa, desinteresse, omissão, falta de vergonha, irresponsabilidade...enfim, um sem fim de adjetivos para nossas autoridades. Vou repetir mais uma vez: no Brasil temos Estado demais onde não se precisa dele e de menos onde ele é mais necessário. Vejam a briga de foice entre PT e PMDB por cargos no novo governo e entenderão o que digo, temos 37 ministérios, uma vergonha inominável, o governo federal dispõe de cerca de 47.000 dos chamados cargos de confiança para nomear seus apaniguados a seu bel-prazer, nos estados e municípios a situação é a mesma, a maioria dos políticos têm ONGs de fachada para desviar dinheiro público, no judiciário o nepotismo corre solto, no legislativo é regra e aí faltam verbas para a saúde, a educação, a contenção de encostas, ou seja, para que o Estado cumpra sua obrigações constitucionais; nossos governantes são culpados por boa parte das mortes e nós também, por aceitarmos que usem o dinheiro de nossos impostos de maneira irresponsável.

Enquanto não aprendermos, nós brasileiros, que o Estado é propriedade nossa, o povo, e não dos burocratas que nos governam, pagaremos um caminhão de impostos para sustentar vagabundos, enquanto a saúde pública, a educação, o saneamento básico ficam relegados a segundo plano.

Mas, enquanto os que morrerem forem os de sempre, pobres, vai ficando tudo por isso mesmo. Eles seguem nos espoliando e nós seguimos nos omitindo.

Estão gostando do BBBaBBBacas do Brasil 2011? Tá ótimo né, bastante baixaria...tá certo...aproveitem...


Itaipava após a chuva que devastou a Região Serrana do Rio de Janeiro (Foto: Aluizio Freire/G1)
                                                               

9 de janeiro de 2011

Os pardais comeram o arroz e fizeram ninho com sacos

O caso que vou contar ocorreu em Bom Jesus, cidade de meu amigo Saint-Clair- em verdade ele é de Carabuçu, progressista distrito de Bom Jesus, um carabucetense da gema-, que dista 13km de São José do Calçado, onde veio ao mundo, ou estreou, como dizem os baianos, o genial escriba que aqui vos escreve com sapiência e denodo.
 Anos atrás a Secretaria de Agricultura do Estado do Rio resolveu, como forma de fomentar a produção agrícola do Estado, comprar antecipadamente a safra dos produtores. Como não dispunha de locais onde estocar os produtos, alugava galpões nas cidades. Em Bom Jesus, alugaram um galpão de seu Quininho e lá deixaram cerca de 2 mil sacos de arroz. O responsável pela guarda dos produtos eram os próprios proprietários dos galpões. Pois muito bem, o arroz ficou estocado no galpão de seu Quninho por um bom tempo e não apareceu ninguém para levar o produto.
Meses depois aparecem dois fiscais da Secretaria por lá, vão até a casa de seu Quininho, se identificam, e pedem que ele os leve até o galpão onde estava armazenado o arroz, imediatamente seu Quinho os leva e, para surpresa dos fiscais, quando abrem o galpão, não havia nada lá dentro, nem um mísero saco de arroz. Espantado, um deles vira-se para seu Quininho e indaga:
- Ué...cadê o arroz?!
Seu Quininho, com a seriedade que o avançado dos anos lhe dera, responde impassível:
- Meu filho, vocês demoraram tanto a vir aqui pegar o arroz que os pardais comeram tudo!
Atônito com a resposta, mas sem se dar por vencido, o fiscal pondera:
- Mas se comeram tudo, ao menos os sacos vazios deveriam ter ficado, e não vejo nenhum aqui?
Mais sério ainda, seu Quininho retruca:
- Os sacos, ora os sacos...os sacos os pardais levaram pra fazerem seus ninhos!
E mais não disse, nem lhe foi perguntado.


                                                                           

8 de janeiro de 2011

Friedrich Marx, Karl Engels e Rosa Mônaco, uma confusão dos diabos

Já estou sentindo falta, não recebi nem um e-mail de corrente religiosa no presente ano, nem mesmo dos alimentos milagrosos, veio só um, da graviola, mas esse é repetido. O raio da fruta cura qualquer tipo de câncer, é tão poderosa que se der um copo de suco da disgramenta a um defunto falecido de câncer até duas horas após o óbito, ele desdefunta e volta ao mundo dos vivos, mais vivo que nunca. O quê? E eu lá  sei como fazer para defunto tomar suco. O e-mail não explica.

Totó me ligou lá de Calçado, agora encasquetou que vai virar um intelectual de esquerda politicamente correto, disse que já está lendo toda a obra de Friedrich Marx e Karl Engels, além de Rosa Mônaco- ele é pela liberação feminina. Ainda tentei argumentar que ele havia misturado os nomes, que o correto é Friedrich Engels, Karl Marx e Rosa Luxemburgo, como sempre, levei esporro, disse que sou burrinho e quem sabe das coisas é seu amado mestre, o Edson, além de meu amigo Saint-Clair, que aliás descobriu como foi inventado o crediário, se quiserem saber vão lá no blog dele, é só clicar aqui: Asfalto e Mato, e vão dar direto na infausta descoberta. Eu quase passei mal de tanto rir; voltando ao Totó, além dos três intelectuais acima citados, nosso neomarxista está lendo O Estado e a Revolução do Lênin e me disse estar pensando em escrever um livro sobre o Estado brasileiro, o título será: Brasil- um Estado sem solução, é...o Totó anda me surpreendendo a cada dia...

Rosa Luxemburgo
                                                                         

4 de janeiro de 2011

Me chamaram de Mainardi às avessas

É deverás interessante o " preocupamento" de nossa grande imprensa em exigir que Lula saia de cena, todos batem na mesma tecla, mas por que deveria ele sair de cena? O FHC não vive pela aí dando entrevistas e publicando artigos no Globo e outros jornais; o Sarney; o Collor e agora o Itamar, todos igualmente ex-presidentes, não são senadores da República? Deveriam exigir a renúncia dos três e aconselhar o FHC, que durante todo o governo Lula não se furtou em criticar seu sucessor, a também sair de cena. Mas não, só o exigem do Lula, por que será?


Recebi uma crítica- pertinente, diga-se de passagem- de uma pessoa muito querida dizendo que estava me tornando um mainardi ao contrário e me tornando repetitivo, ela tem uma boa dose de razão, mas me irrita ver análises feitas a partir de preconceitos e não de falhas do governo, que ficou devendo na melhora da educação de base, na saúde, em não implantar uma nova política de transporte público em nossas  metrópoles, em ter sido por demais tolerante com nosso secular patrimonialismo; mas foi o governo que provou que quando o Estado quer pode melhorar a condição de vida de milhões de pessoas que viviam na miséria com políticas sociais relativamente simples e baratas em relação ao que o Estado arrecada e, pior, desperdiça. Mudou nosso maneira de achar que problema social é caso de polícia, não, não é, os verdadeiros casos de polícia continuam impunes, que são os crimes de colarinho branco, feitos, geralmente, por doutores, brancos, que roubam o Estado descaradamente e nada acontece, somos tão coniventes que a imprensa nem de roubo chama, diz que é desvio de dinheiro público, desvio é o cacete! É roubo, o pior deles,  e ficam impunes, pois temos uma justiça que é feita para proteger poderosos e punir exemplarmente- com os rigores da lei!- ladrões de galinha. Alguém aí se lembra do Arruda? Pois é, foi tudo gravado...e não tem ninguém preso. Nem vai ter!




                                                                                        

2 de janeiro de 2011

Depois da Putabras, mais uma estatal: a Fantasmobras

Ai...ai...uma funerária de Medellín, na Colômbia, resolveu fazer um censo dos fantasmas que habitam o lugar. Taí, gostei da ideia e vou logo sugerindo à Dilma para criar uma nova estatal que abarque todos os funcionários fantasmas de nosso fantasmagórico patrimonialismo, mas todos mesmos, os do legislativo, do judiciário e do executivo, além dos estaduais e municipais, teremos a maior empresa do Brasil, quiçá do mundo: a Fantasmobras!

Como tudo no Brasil é melhor e mais organizado que nos outros países, nossos fantasmas são vivos, vivíssimos, tão vivos que recebem do governo e, assombrosamente, não trabalham, ou se trabalham ninguém vê, deve ser isso, não vemos os pobres labutar, são seres invisíveis e obram- eu disse obram e não roubam- nas sombras de padrinhos poderosos que usam dinheiro público para fazerem favores privados. Ao menos, com todos concentrados na Fantasmobras, saberemos quanto o país desperdiça de dinheiro de nossos impostos para sustentar à súcia de fantasmas que nos assombram. Garanto que vai muito mais do que se gasta com o Bolsa-Família, por exemplo. Somos tão criativos, os brasileiros, que criamos uma nova capital e antes de povoá-la de pessoas, a enchemos de fantasmas, todos públicos, é claro!
É o que digo sempre, a direita diz que temos Estado em excesso, a esquerda diz que temos pouco, eu, que sou burrinho e teimoso feito um jumento, digo que ambas estão erradas: temos Estado demais onde não se precisa- 37 ministérios é um achincalhe!-, e de menos onde ele é mais necessário: saúde e educação- primária e secundária, por favor!
O resto são fantasmas para inglês ver e a gente pagar...