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16 de julho de 2020
23 de junho de 2019
Temos uma vida e mortes várias
Temos uma vida e morte várias. Passamos a vida morrendo: de ódio, de amor, de raiva de preguiça de dor, de alegria, de cansaço, de saudade...
Morre-se de tudo um pouco todo dia. Até de felicidade, morremos. Mas um dia a verdadeira morte chega e nos leva... E não morremos mais. De nada.
Morre-se de tudo um pouco todo dia. Até de felicidade, morremos. Mas um dia a verdadeira morte chega e nos leva... E não morremos mais. De nada.
11 de outubro de 2014
Acidente na ponte Rio-Niterói mata morto
Um trágico acidente ocorrido sábado passado na ponte que liga Niterói ao Rio provocou uma situação deverás inusitada: uma moça entrou na pista pela contramão e atingiu um rabecão que vinha no sentido de Niterói transportando um de cujus devidamente morto. No acidente, a moça que dirigia o veículo que invadiu a pista contrária ficou ferida, assim como sua acompanhante. O motorista do rabecão e seu ajudante também se machucaram, mas sem gravidade. Ao chegar no local do acidente, a perícia constatou que o falecido- que havia sofrido um infarto fulminante-, desta vez sofreu um grave traumatismo craniano e, devido à gravidade do ferimento, faleceu novamente, antes mesmo da chegada dos paramédicos. Morreu na hora, o pobre do defunto!
Defuntinho azarado esse...29 de junho de 2013
24 de fevereiro de 2013
Arrependimentos
sim, tenho arrependimentos na vida:
me arrependo de não ter amado
mais;
de não ter sofrido mais dores
de amores;
de não ter sido mais generoso
que fui;
de ter beijado menos
que deveria;
de ter abraçado menos
que gostaria;
de ter chorado menos
que necessito;
de ter lutado menos
que poderia;
de ter ajudado mais
os que nada possuem;
de ter peitado mais
os poderosos e sua hipocrisias;
de ter errado muito
deveria ter errado muito mais;
mas ainda há tempo...
a morte ainda não veio.
2 de fevereiro de 2013
O que sei sobre a mente
Ilustração de Ricardo Kuraoka |
É que nada mais mente
Como a mente
Mente a mente desavergonhadamente
Ideologicamente mente a radical mente
Mentirosamente mente a demente mente
Até verdadeiramente mente a mente da gente
Somente não mente a mente ainda decente de uma criança
O homem mente
A mulher mente
A vida mente
Até sermos eternamente morte
Que não mente...
15 de junho de 2012
Formamos um belo trio
tem uma formiguinha
bem pequenina
passeando solitária
em meu braço esquerdo
eu também vago solitário
pelos braços esquerdos da vida
nasci com a vocação do contra-corrente
de achar que a vida tem solução
tudo vão
a solução está na morte
mas como não ando pensando em morrer
ao menos por estes dias
vou dar um passeio em uma calçada
do lado esquerdo da rua
eu
minha amiguinha formiga
e toy
meu fiel companheiro
formamos um belo trio...
bem pequenina
passeando solitária
em meu braço esquerdo
eu também vago solitário
pelos braços esquerdos da vida
nasci com a vocação do contra-corrente
de achar que a vida tem solução
tudo vão
a solução está na morte
mas como não ando pensando em morrer
ao menos por estes dias
vou dar um passeio em uma calçada
do lado esquerdo da rua
eu
minha amiguinha formiga
e toy
meu fiel companheiro
formamos um belo trio...
20 de maio de 2012
O tempo que passa
O tempo que passa
Nos perpassa de dor
Primeiro nos leva a inocência
Depois a infância
Mais pouco
E se foi o primeiro amor
Indo anos mais
Leva-nos o pai
E tempo que se esvai
Lá se vai a mãe
E outro amor
Viramos acúmulo de dor
De amigos não ver mais
Tempo de saudade
É o que nos resta com a idade
E o tempo que nos torturou
Passa a se chamar experiência
A inocência que a vida me levou
A infância que perdi
A juventude que passou
O amor que acabou
A vida que se esvai
A morte que se aproxima
O último dos fins
Chamam de experiência
Pois sim...
Nos perpassa de dor
Primeiro nos leva a inocência
Depois a infância
Mais pouco
E se foi o primeiro amor
Indo anos mais
Leva-nos o pai
E tempo que se esvai
Lá se vai a mãe
E outro amor
Viramos acúmulo de dor
De amigos não ver mais
Tempo de saudade
É o que nos resta com a idade
E o tempo que nos torturou
Passa a se chamar experiência
A inocência que a vida me levou
A infância que perdi
A juventude que passou
O amor que acabou
A vida que se esvai
A morte que se aproxima
O último dos fins
Chamam de experiência
Pois sim...
16 de maio de 2012
Eu quero um último amor
Eu quero um último amor
para acalentar-me a dor
dos amores que no tempo se perderam
mas deixaram brasas que queimam
o coração de saudade intermitente
Eu quero um último amor
para dizer Eu te Amo
vida que vivi a esmo
procurando um não sei que
do pedaço que me falta
no excesso que sou
Eu quero um último amor
para me consolar na hora da partida
e virar saudade em seu coração partido
Eu quero um último amor
que derrame uma lágrima
despedindo-me da vida
que vivi "errada"
sem meio
só começo
paixão
tumulto
e fim...
para acalentar-me a dor
dos amores que no tempo se perderam
mas deixaram brasas que queimam
o coração de saudade intermitente
Eu quero um último amor
para dizer Eu te Amo
vida que vivi a esmo
procurando um não sei que
do pedaço que me falta
no excesso que sou
Eu quero um último amor
para me consolar na hora da partida
e virar saudade em seu coração partido
Eu quero um último amor
que derrame uma lágrima
despedindo-me da vida
que vivi "errada"
sem meio
só começo
paixão
tumulto
e fim...
20 de abril de 2012
7 de abril de 2012
Só a morte poderá nos salvar
Vivemos em um mundo cada vez mais rápido,
breve, muito breve, saberemos os fatos
dantes deles acontecerem:
nõa haverá passado, ou presente,
só futuro presente e passado,
não haverá História d'antanho,
narraremos o advir.
Estamos perdendo a memória passada
para a velocidade das coisas,
não saboreamos mais nem a desgraça,
engolimos tudo, sem tempero, sem têmpera,
seremos todos Big Macs, insossos.
Robôs de nossa ambição, duramos cada vez mais,
vivemos cada vez menos.
Como pode alguém viver sem paixão,
sem a dor de uma saudade?
Só a morte poderá nos salvar- se, no porvir, ainda
nos restar o direito de morrer...
breve, muito breve, saberemos os fatos
dantes deles acontecerem:
nõa haverá passado, ou presente,
só futuro presente e passado,
não haverá História d'antanho,
narraremos o advir.
Estamos perdendo a memória passada
para a velocidade das coisas,
não saboreamos mais nem a desgraça,
engolimos tudo, sem tempero, sem têmpera,
seremos todos Big Macs, insossos.
Robôs de nossa ambição, duramos cada vez mais,
vivemos cada vez menos.
Como pode alguém viver sem paixão,
sem a dor de uma saudade?
Só a morte poderá nos salvar- se, no porvir, ainda
nos restar o direito de morrer...
3 de abril de 2012
Ivo, o iconoclasta I
O Grito-Edvar Munchen |
Vamos dividir as opiniões de Ivo por assuntos e hoje ele nos falará sobre religião:
"Temos diversas religiões no mundo, cada qual com seu Deus, ou deuses e dogmas, o que prova que são apenas criações do espírito humano em busca de explicação para o sentido da vida. O homem, por medo da morte, precisa ser consolado, somos frágeis e medrosos perante à finitude individual, nosso ego não suporta a impotência de sabermos que somos mortais, então criamos "Paraísos Imaginários", eternidades perfeitas para nos consolar e nos dar um Norte de esperança na morte. Em verdade nós, a humanidade, somos uma mistura de prepotência e medo. E as religiões lidam com isso, nos submetem a um poder superior e nos consolam diante de nosso finitude nos prometendo a eternidade, afagando nossa arrogância.
Eu, quando morrer, quero ser enterrado e que conste em minha lápide o seguinte epitáfio: Aqui jaz um morto, mas não precisam me lembrar!"
2 de abril de 2012
Sobre nada ou tudo...
O nada é só isso:
Um homem nada na praia!
O nada metafísico não existe,
é apenas criação demente de nossa mente,
que, como sabemos, mente.
A matéria sempre existiu,
é anterior ao espírito, que é novo,
criação do homem.
O Universo( s ) sempre esteve aí,
se transformando, nada ( ? ) é para sempre,
tudo se transforma, morre, explode, renasce.
Esta é a grande aventura do homem,
descobrir sempre e mais o que já existe,
em uma jornada sem fim. Se algum dia tiver fim,
encontramos o nada e mergulhamos nele.
Um homem nada na praia!
O nada metafísico não existe,
é apenas criação demente de nossa mente,
que, como sabemos, mente.
A matéria sempre existiu,
é anterior ao espírito, que é novo,
criação do homem.
O Universo( s ) sempre esteve aí,
se transformando, nada ( ? ) é para sempre,
tudo se transforma, morre, explode, renasce.
Esta é a grande aventura do homem,
descobrir sempre e mais o que já existe,
em uma jornada sem fim. Se algum dia tiver fim,
encontramos o nada e mergulhamos nele.
25 de março de 2012
23 de março de 2012
Chico Anísio e o direito de morrer em paz
Ando acompanhando o sofrimento do grande Chico Anísio, ídolo da vida inteira, e me lembro do sofrimento de minha mãe em uma CTI no último mês de sua vida. Precisamos urgentemente rever a ética que envolve a questão da morte. O direito de morrer tem de ser legalizado. O Estado é laico e não pode se pautar por padrões religiosos e sobre minha vida ou minha morte tenho de ser livre para escolher os caminhos que quero seguir.
O que não dá para aceitar é ver pessoas em um sofrimento sem fim para poderem chegar ao fim. Ronald Dworkin, filósofo do Direito, define assim a questão: "Levar alguém a morrer de uma maneira que outros aprovam, mas que para ele representa uma terrível contradição de sua própria vida, é uma devastadora e odiosa forma de tirania".
Vejam o o caso do Chico, o mais genial de nossos humoristas, um homem que passou a vida nos fazendo rir, será que ele não tem o, este sim sagrado, direito de morrer dignamente? Ele não está mais lutando pela vida, estão o mantendo vivo, prolongando seu sofrimento até o fim inevitável. Destino de todos nós.
O direito de morrer deve ser tão sagrado como o direito de viver. Que os religiosos sigam os dogmas de suas religiões, direito deles, mas não imponham aos outros sua maneira de viver e morrer. E que os médicos não se arvorem em deuses aumentando o sofrimento de pacientes desenganados, que lhes deem conforto e paz para partirem sem sofrimento. Sem falar na indústria de postergação da morte que vemos hoje. Um dia a mais sofrendo em um CTI é uma grande fonte de lucros pra certos médicos-empresários. Vampiros!
O Chico, por toda a alegria que nos proporcionou, definitivamente, não merecia passar o que está passando.
O que não dá para aceitar é ver pessoas em um sofrimento sem fim para poderem chegar ao fim. Ronald Dworkin, filósofo do Direito, define assim a questão: "Levar alguém a morrer de uma maneira que outros aprovam, mas que para ele representa uma terrível contradição de sua própria vida, é uma devastadora e odiosa forma de tirania".
Vejam o o caso do Chico, o mais genial de nossos humoristas, um homem que passou a vida nos fazendo rir, será que ele não tem o, este sim sagrado, direito de morrer dignamente? Ele não está mais lutando pela vida, estão o mantendo vivo, prolongando seu sofrimento até o fim inevitável. Destino de todos nós.
O direito de morrer deve ser tão sagrado como o direito de viver. Que os religiosos sigam os dogmas de suas religiões, direito deles, mas não imponham aos outros sua maneira de viver e morrer. E que os médicos não se arvorem em deuses aumentando o sofrimento de pacientes desenganados, que lhes deem conforto e paz para partirem sem sofrimento. Sem falar na indústria de postergação da morte que vemos hoje. Um dia a mais sofrendo em um CTI é uma grande fonte de lucros pra certos médicos-empresários. Vampiros!
O Chico, por toda a alegria que nos proporcionou, definitivamente, não merecia passar o que está passando.
22 de março de 2012
17 de março de 2012
Recado aos "normais"
Quando alguém me anuncia:
"Eu sou normal!"
Começo logo a rir,
quem pode ser normal
em um mundo tão louco, injusto e desigual?
Os tais normais são, em geral,
apenas conformistas, cujo horizonte não vai além da fronteira de suas narinas,
que são incapazes de sentir o cheiro da paixão,
vidinha sem emoção,
seguindo regras, etiquetas, falsidades, falsos moralismos.
A vida, senhoras e senhores normais, é muito mais vasta,
vocês não sabem o prazer de uma paixão exacerbada,
a entrega sem limites,
a saudade desesperada na ausência.
Quem tem de ter equilíbrio é trapezista!
A vida é isso: prazer e dor!
Que passa...
Na morte teremos paz eterna,
normais e loucos.
"Eu sou normal!"
Começo logo a rir,
quem pode ser normal
em um mundo tão louco, injusto e desigual?
Os tais normais são, em geral,
apenas conformistas, cujo horizonte não vai além da fronteira de suas narinas,
que são incapazes de sentir o cheiro da paixão,
vidinha sem emoção,
seguindo regras, etiquetas, falsidades, falsos moralismos.
A vida, senhoras e senhores normais, é muito mais vasta,
vocês não sabem o prazer de uma paixão exacerbada,
a entrega sem limites,
a saudade desesperada na ausência.
Quem tem de ter equilíbrio é trapezista!
A vida é isso: prazer e dor!
Que passa...
Na morte teremos paz eterna,
normais e loucos.
16 de março de 2012
Mortes
Bem no fundo do cemitério os coveiros, enfadados, jogam terra sobre o caixão barato. Ninguém a acompanhar. Morreu como viveu. Incógnito. Um zé nada. Nem uma saudade deixou...
Estava exultante, o homem. Iluminava felicidade. Havia feito amor com a mulher de sua vida. Chega em casa pega sua arma e atira contra sua cabeça. No bolso da calça um bilhete: "Nunca mais serei tão feliz! Adeus!"
A liberdade é feliz! Por isto é tão difícil conquistá-la. Proferiu estas palavras e morreu. Enfim livre...
Sempre fora desaforado. Chega ao céu, encontra-se com Deus e vai logo disparando: " O Senhor não tem vergonha de ter criado uma zona como a Terra?!"
A viúva: " Só era bom de cama, o traste!"
O padre pergunta ao moribundo: - "Qual o seu último desejo, peça com fé que Deus há de realizá-lo!"
- "Viver!" Vira-se e morre.
Estava exultante, o homem. Iluminava felicidade. Havia feito amor com a mulher de sua vida. Chega em casa pega sua arma e atira contra sua cabeça. No bolso da calça um bilhete: "Nunca mais serei tão feliz! Adeus!"
A liberdade é feliz! Por isto é tão difícil conquistá-la. Proferiu estas palavras e morreu. Enfim livre...
Sempre fora desaforado. Chega ao céu, encontra-se com Deus e vai logo disparando: " O Senhor não tem vergonha de ter criado uma zona como a Terra?!"
A viúva: " Só era bom de cama, o traste!"
O padre pergunta ao moribundo: - "Qual o seu último desejo, peça com fé que Deus há de realizá-lo!"
- "Viver!" Vira-se e morre.
1 de março de 2012
26 de fevereiro de 2012
Para uma amiga
Você vai renascer
Sua alma há de voltar a ser clara
Linda mulher
Alma de criança
Que se perdeu na dança
De uma loucura indômita
Vomite a insanidade
Um dia de cada vez
Retorne à claridade
D'alma livre
Chega de escuridão
Você nasceu para iluminar
O mundo e todo mundo
Estenda as mãos ávidas de vida
E diga: Eu posso! Eu quero! Eu vou!
Só por hoje...sempre...
Beijo neste coração que hoje
Sofre e chora
Mas breve vai voltar a sorrir e amar
Vida...bela e clara...
Sua alma há de voltar a ser clara
Linda mulher
Alma de criança
Que se perdeu na dança
De uma loucura indômita
Vomite a insanidade
Um dia de cada vez
Retorne à claridade
D'alma livre
Chega de escuridão
Você nasceu para iluminar
O mundo e todo mundo
Estenda as mãos ávidas de vida
E diga: Eu posso! Eu quero! Eu vou!
Só por hoje...sempre...
Beijo neste coração que hoje
Sofre e chora
Mas breve vai voltar a sorrir e amar
Vida...bela e clara...
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